Pesquisadores australianos constroem um transistor com somente sete átomos

LuisaoCS

Uma imagem do modelo do dispositivo de pontos quânticos que mostra um buraco central onde sete átomos de fósforo estão incorporados.

Um grupo de pesquisadores australianos da Universidade de Nova Gales do Sul conseguiu levar ao extremo a miniaturização de transistores, construindo um componente completamente funcional com somente sete átomos, convertendo-se assim no menor dispositivo eletrônico que existe no mundo.


Apesar de seu reduzidíssimo tamanho, quatro nanômetros (um nanômetro é a milionésima parte de um milímetro), o transistor realiza satisfatoriamente sua função eletrônica. Mas as autênticas possibilidades deste feito não se limitam à construção de aparelhos eletrônicos cada vez menores, senão que são um primeiro passo para a construção de computadores quânticos ultra rápidos e com uma potência de cálculo capaz de ridicularizar os mais poderosos supercomputadores atuais.


Equipe de Pesquisa da UNSW
Da esquerda para direita: Floris Zwanenburg; Martin Fuchsle Michelle Simmons e Suddhasatta Mahapatra.

Os pesquisadores utilizaram um microscópio de efeito túnel para substituir com toda precisão sete átomos de silício em um cristal do mesmo material por outros sete átomos de fósforo. O resultado foi um dispositivo incrivelmente pequeno mas capaz, não obstante, de regular a entrada de corrente elétrica.

Em 2009 outra equipe de pesquisadores (também australianos) descobriu um transistor de somente um átomo que aproveitava as estranhas propriedades da mecânica quântica para, por exemplo, permitir os elétrons passar através de um único átomo de fósforo. No entanto, aquele transistor se revelou muito difícil, quase impossível, de ser manipulado ou integrado em um sistema elétrico, enquanto o transistor de sete átomos apresentado agora é perfeitamente manipulável em nossa escala de tamanho e integrável em componentes elétricos convencionais.

Um único transistor não faz um computador completo e o caminho que resta para conseguir um que seja operacional é ainda longo e penoso. De qualquer forma este é um primeiro grande passo da demonstração prática de que é possível produzir componentes em uma escala atômica e integrá-los em circuitos lógicos ou em qualquer outro tipo de dispositivo eletrônico. Bem vindo ao futuro!

Via | Universidade de Nova Gales do Sul.


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Comentários

Isso é impressionante, pois abre um leque de possibilidades que vai revolucionar a indústria seja ela da area eletromecanica, medicina ou aeronautica. Com certeza muitos componentes poderão ser mais baratos para o consumidor.

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