Cientistas reanimam com sucesso cérebros mortos de porcos
Segundo um artigo publicado no MIT Technology Review, uma equipe de pesquisadores conseguido reanimar com sucesso os cérebros de porcos mortos. O neurocientista Nenad Sestan anunciou como ele e sua equipe na Universidade de Yale utilizaram um sistema de aquecedores, bombas e sangue artificial para restabelecer o funcionamento parcial dos cérebros de mais de 100 porcos decapitados. Uma meta na pesquisa neurocientífica que propõe não poucos dilemas éticos.
O sistema empregado, conhecido como BrainEx, não restaura por completo a consciência dos cérebros, mas este avanço poderia marcar o começo de uma nova etapa na tecnologia de extensão da vida. A equipe de cientistas está buscando financiamento para seguir pesquisando medidas para manter os cérebros vivos por tempo indefinido e fazer tentativas para restaurar a consciência.
Por conseguinte, um eletroencefalograma nos cérebros dos porcos mostrou ondas planas, o que sugere que os porcos foram reanimados ao estado comatoso em vez de algo parecido à consciência. Contudo, milhares de milhões de células cerebrais individuais pareciam normais e saudáveis.
Estas possibilidades poderiam levar a práticas de pesquisas questionáveis no futuro. Neste sentido, Sestan e 16 colegas publicaram um artigo na Nature em que propõem algumas inquietações e perguntas éticas: "Que proteções devem ser outorgados aos organóides cerebrais?", "Como os cientistas deveriam dispor de organóides cerebrais ao final dos experimentos? - organóide é o tecido cerebral produzido a partir de células-tronco em um laboratório-.
Agora que estamos abrindo caminho para limites nunca antes suspeitados é hora de que comecemos a tratar de responder a estas e outras perguntas.
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