O enigma das pessoas que dormem entre 4 e 6 horas sem que isso afete sua saúde

LuisaoCS

O enigma das pessoas que dormem entre 4 e 6 horas sem que isso afete sua saúde

Em termos gerais considera-se que o tempo apropriado de sono para o ser humano é de 8 horas, pouco mais ou pouco menos, mas nunca longe desse limite. Conquanto sabe-se que, no passado, este período não era tão rigoroso e costumavam dormir menos com espaçamentos ao longo do dia, nos últimos séculos se assentou a prática de dividir a vigília e o sono, com a fixação de dita temporalidade.

Contudo, a generalização não se impõe sobre a exclusividade. Há tempos sabe-se que existem pessoas capazes de dormir uma média de 4 horas diárias sem que isso afete sua saúde da maneira permitindo que tenham vidas de maiores lucros (esse foi o caso, por exemplo, de Winston Churchill e Margaret Thatcher). Segundo certas estimativas 1% da população beneficia-se desta anormalidade que, como veremos, poderia estar relacionada com uma mutação genética.


Faz alguns anos, Ying-Hui Fu, geneticista da Universidade da Califórnia em San Francisco, encontrou-se com um par de mulheres, mãe e filha, cujo lapso de sono era usualmente de 6 horas por dia. Fu, que então estudava os efeitos da privação de sono no ser humano, analisou com mais detalhe os genes destas mulheres e descobriu que ao menos um deles mostrava uma variação incomum. O cientista replicou esta mutação em ratos de experimentação e, efetivamente, os animais também começaram a dormir menos, sem que isso tivesse efeitos evidentes em sua saúde geral.

Pouco depois, seguindo os resultados de Fu, o também geneticista Allan Pack, da Universidade da Pensilvânia, analisou o material genético de 400 pessoas até que encontrou uma mutação parecida à das mulheres de Fu mas em dois irmãos gêmeos. Ainda que Pack não encontrou a mesma mutação no gene DEC2, sim observou outras parecidas que lhe levaram a concluir que talvez não seja uma única mudança o que provoca a resistência à privação de sono, senão que talvez seja uma soma de variantes o que gera esta qualidade. Assim mesmo, por tratar de uma condição genética, é possível também que seja hereditária.

Este par de estudos e outros experimentos afins sugerem a origem genética de dito comportamento, enigmático e talvez inclusive invejável.

Via | Quartz.


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