Há milhares de anos, o ser humano é ciente de que os animais podem predizer um desastre que está a ponto de ocorrer. Em 1997 técnicos da Universidade da Califórnia estudaram que os elefantes são capazes de detectar a debandada de uma manada de qualquer animal a uma distância de até 48 quilômetros, o que se supõe que isto pode servir para detectar os tremores que precedem um terremoto.

Os estudos revelam que os terremotos liberam impulsos eletromagnéticos que podem ser detectados pelos animais, motivo pelo qual a ideia de que os animais podem ser capazes de detectar estes fenômenos guarda bastante credibilidade.

Depois do grande tsunami do Oceano Índico de julho do 2004, há relatórios que asseguram que elefantes, búfalos e outros animais saíram correndo para as terras mais altas antes da tragédia. "Corram para as colinas, fujam para as montanhas!"

Em abril de 2009, o terremoto de L'Aquila, em Abruzzo, na Itália, matou 308 pessoas e causou um prejuízo de milhões. Mas um grupo de seres vivos buscou um lugar seguro e se salvou dias antes da catástrofe: uma colônia de sapos, que previu o terremoto com antecedência, abandonou o lago em que vivia. A explicação para essa habilidade de prever terremotos mistura biologia e química. Quando alguma superfície terrestre está sob intensa pressão -o que antecede um terremoto de médio ou grande porte-, os solos da região registram algumas mudanças em sua composição química. Essas mudanças, ao que parece, são detectadas por alguns animais, que sabem interpretar o sinal como uma ameaça perigosa.

As agências espaciais da Alemanha e Rússia estão colaborando no Projeto Ícaro, que tem como missão colocar detectores em aves e morcegos para tentar averiguar comportamentos pouco habituais antes que aconteça um terremoto.

Via | BBC.

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