A chave da paz mundial poderia estar em nosso cérebro
Um fascinante estudo publicado pela Fundação Espanhola para a Ciência e a Tecnologia pode mudar todo o que pensamos sobre a violência e a empatia. Tudo iniciou na Universidade de Valência, onde uma equipe de pesquisa buscava as zonas do cérebro envolvidas na empatia por médio de imagens por ressonância magnética funcional. O que descobriram foi incrível: os circuitos cerebrais que processam a empatia e a violência parecem ser os mesmos. Isto significa que a empatia não só combate a violência senão que, quanto mais empáticos somos, menos violentamente reagimos a qualquer situação.
Esta não é a primeira vez que encontram este tipo de relação binária no cérebro. Tempere Grandin, pesquisadora da Universidade do Colorado, afirma que a maioria dos mamíferos parecem incapazes de sentir medo e curiosidade ao mesmo tempo, o que pode indicar que a presença de um comportamento inibe o outro. O mesmo foi demonstrado em pesquisas a respeito do fluir ("flow"), o que parece oposto ao comportamento "brigar ou fugir". Como explica Steven Kotler em seu livro Rise of Superman, a rajada de adrenalina que acontece como resposta em piloto automático a situações de estresse extremo é o contrário do estado de fluência, no qual o cérebro se encontra em sua criatividade máxima e pode tranquilamente pensar a resolução de um problema.
Ainda que a pesquisa esteja em suas primeiras etapas, o que sugere é que a evolução entrelaçou em uma mesma trama nervosa uma capacidade de resposta instintiva e antisocial, e outra mais social e razoada. Isto quer dizer que, se treinamos o suficiente nossa capacidade para sermos empáticos, responderemos a cada vez menos violenta e prejudicialmente aos problemas que nos apresentam.
Em poucas palavras, a ciência está provando no laboratório a capacidade de sermos empáticos com os demais e gerar caminhos para conseguir a paz que tanto precisamos.
Via | Forbes.
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