Correlação não implica causalidade
Apesar de que seja uma das advertências mais repetidas, sobretudo no âmbito da ciência, também constitui um dos erros ou ilusões cognitivas mais frequentes. Referimos-nos ao teste de causalidade proposto por Clive Granger que visa superar as limitações do uso de simples correlações entre variáveis: "correlação não implica necessariamente causalidade" (relação de causa e efeito).
A confusão entre a correlação e causalidade é fator base de muitas confusões e concepções equivocadas. A correlação, isto é, a ligação entre dois eventos, não implica necessariamente uma relação de causalidade, ou seja, que um dos eventos tenha causado a ocorrência do outro. Em poucas palavras, o que descreve esta advertência é que se dois fatos se produzem ao mesmo tempo ou parecem estar relacionados entre si, isso não significa necessariamente que um dos fatos seja a causa do outro.
Um clássico exemplo é a homeopatia e o "para mim funciona": o paciente toma homeopatia, sua patologia melhora e o paciente infere que a causa de sua melhora foi a homeopatia, quando poderia ter sido qualquer outra coisa, como por exemplo, uma simples remitência espontânea.
Neste artigo mostramos alguns exemplos de até que ponto podemos chegar a conclusões disparatadas se estabelecemos esta classe de relações com dados estatísticos, como, o mostrado no cabeçalho, que os filmes de Nicolas Cage evitam os acidentes de trânsito.
Gastos dos EUA em ciência e suicídios
Consumo de queijo e morte por enroscar-se nos lençóis
Taxa de divórcios no estado do Maine e consumo de margarina
Consumo de mussarela e doutorados em engenharia civil
Além desses casos apresentados, no site Spurious Correlations é possível criar outros gráficos clicando nos nomes dos conjuntos de dados.
Minha vizinha, a cada vez que sai com sombrinha o sol mostra sua cara.
Via | Spurious Correlations.
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Comentários
Seria uma correlação positiva se a sua vizinha morasse em Curitiba.
Ia usar a sombrinha todos os dias.
Foi categorizado como... Humor?
Muito foda este artigo. Eu li algo parecido no livro Freaknomics, onde os autores usam métodos matemáticos para descobrir falsas relações entre eventos, e chegam a conclusão por exemplo, de que a queda na criminalidade em NY se deve mais a permissão do aborto 18 anos antes, do que a política de tolerância zero, e que organizacionalmente, o Tráfico de drogas se parece com o MaCDonnalds.
Obrigado Euzim
Em todos os casos está com a mesma imagem.
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