Cientistas descobrem segundo código genético escondido no DNA
O código genético foi descoberto em 1955. 58 anos depois volta a nos surpreender dramaticamente. Os cientistas achavam que só existia um código genético que regia o corpo humano, o qual se dedica a escrever informação a respeito das proteínas do organismo, desde como são criadas até as propriedades de cada uma. Mas pesquisadores da Universidade de Washington acabam de descobrir um segundo código genético no DNA, o que se encarrega de indicar às células como controlar os genes.
Isto permite estabilizar certas características das proteínas, entender como estão compostas e assim poder utilizá-las corretamente. Este código não havia sido visto devido a que está bem embaixo do primeiro, pelo que estruturalmente é invisível.
- "Por mais de 40 anos assumimos que as mudanças no código genético do DNA só afetavam a forma em que as proteínas são feitas", disse Dr. John Stamatoyannopoulos, líder da equipe que descobriu este segundo código.
- "Agora sabemos que esta assunção básica ao ler o genoma humano nos fez perder a outra metade do panorama. Estas novas descobertas sublinham que o DNA é um incrivelmente poderoso dispositivo de armazenamento de informação, que a natureza soube explorar por completo das formas mais inesperadas", afirma Stamatoyannopoulos no estudo publicado na revista Science.
O código genético utiliza 4 bases nitrogenadas (a estrutura mais básica) para formar um mix total de 64 códons (a estrutura elaborada) com os quais se determinam os aminoácidos que compõem uma proteína específica. Pois bem, os cientistas da Universidade de Washington descobriram que alguns códons têm 2 leituras diferentes: uma para o sequenciamento de proteínas e outra para o controle dos genes em questão. Estas instruções a respeito do controle genético seriam importantes para permitir que as proteínas funcionem de forma otimizada e se desenvolvam como corresponde.
Sem lugar a dúvidas esta descoberta abre novas formas para interpretar o genoma humano, o desenvolvimento e diagnóstico de doenças e seus futuros tratamentos. Mas, as perguntas que não querem calar é, quão seguros podemos estar hoje em dia de nossos conhecimentos com respeito ao corpo humano? Como influi esta descoberta às atuais terapias genéticas e diagnósticos disponíveis no mercado?
Via | Science World Report.
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