Edward Snowden enviou uma "carta aberta ao povo brasileiro", publicada hoje na Folha de São Paulo. Segundo indica o jornal, o ex funcionário da NSA buscaria refúgio em nosso país, considerando que obteve asilo na Rússia só por um ano e que o prazo acabará em meados de 2014.

- "A NSA e outras agências espiãs dizem-nos que para nossa própria segurança, pela segurança da Dilma, pela segurança da Petrobrás, revogaram nosso direito à privacidade e entraram em nossas vidas. E fizeram isso sem perguntar a ninguém se podiam fazê-lo", assinala Snowden na carta.

- "Estes programas nunca foram sobre terrorismo: são sobre espionagem econômica, controle social, e manipulação diplomática. São sobre poder", assegura. - "Alguns senadores brasileiros estão de acordo e pediram minha ajuda com suas investigações de suspeitas de crimes contra cidadãos brasileiros. Tenho expressado minha vontade de ajudar, onde seja apropriado e legal, mas infelizmente o governo dos EUA está trabalhando muito duro para limitar minha capacidade de fazê-lo", assinala a missiva.

Existe uma iniciativa no senado para pesquisar as atividades da NSA no Brasil, que incluíram o monitoramento de chamadas telefônicas e e-mails da Dilma, e da Petrobrás.

- "Até que um país me de asilo político permanente, o governo americano seguirá interferindo com minha capacidade de falar", afirmou Snowden, que reiterou que estava consciente dos riscos quando decidiu vazar a informação aos meios de comunicação.

- "Fui para a frente das câmeras com os olhos abertos, sabendo que minha decisão custaria minha família e meu lar, e que arriscaria minha vida. Estive motivado pela convicção de que os cidadãos do mundo merecem entender o sistema no qual vivem", diz a carta.

- "O preço por minha liberdade de expressão foi meu passaporte, mas eu faria tudo de novo: não serei eu a ignorar a criminalidade pelo bem da comodidade política. Prefiro ficar sem estado do que sem voz", disse.

Snowden assinalou que a reação do Brasil ante seus vazamentos é "inspiradora".

- "Há três semanas, o Brasil levou o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas a reconhecer pela primeira vez na história que a privacidade não termina quando as redes digitais começam, e que a vigilância em massa de inocentes é uma violação dos direitos humanos", concluiu.

Via | Folha.

Tá legal 3 anos atras
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Por: Evelyn? 17 Dez, 2013 - 22:24:03