A estupidez da multidão à hora de tomar decisões

LuisaoCS

A estupidez dá multidão à hora de tomar decisões

Plataformas de informação como Wikipédia ou sistemas democráticos de governo se baseiam na "sabedoria dá multidão" como premissa máxima. E isto é acertado na maioria dos casos: decisões tomadas por muitos são usualmente melhores que aquelas tomadas por poucos ou um. Não entanto, um novo estudo realizado pela Universidade do Estado do Arizona (EUA) revela uma interessante vertente disto.

Os resultados revelam que, enquanto as multidões podem sim ser sábias quando se trata de tomar decisões difíceis ou arriscadas, são muito piores quando os indivíduos devem escolher entre duas opções nas quais uma delas é vastamente superior à outra. Em outras palavras: quando a decisão é fácil, os grupos podem ser bastante estúpidos.


Para o estudo os pesquisadores utilizaram formigas, dada sua propensão a trabalhar em grupo. Os insetos foram incumbidos com uma tarefa de buscar uma nova casa (algo muito parecido a uma atividade humana). Especificamente, tinham que mudar de sua casa existente para uma nova, e como opção colocaram dois troncos ocos de árvore: um mais escuro do que o outro. E para as formigas quanto mais escuro melhor.

As formigas, após checarem as duas opções e de recrutar suas colegas, escolheram o menos escuro. Algumas formigas decidiram-se pela casa inferior e o resto delas simplesmente aceitaram. O mesmo experimento foi realizado com dois troncos em que a diferença era mínima; um era melhor do que o outro, mas por detalhes mínimos. Neste caso as formigas sim escolheram a melhor casa, já que a confusão popular não era tão marcada.

Por outro lado, quando as formigas agiam individualmente sempre tomaram a melhor decisão já que não tinha ninguém que as levasse por mau caminho. Assim, é possível inferir como a tomada de decisões de indivíduos supera à dos grupos uma vez que a diferença entre duas opções é marcante.

O paralelismo mais evidente com os seres humanos poderia ilustrar quando compramos a edição mais popular de um livro, por exemplo, em vez de comprar uma evidentemente melhor, mas menos famosa. Deixamos-nos levar pelas decisões que tomaram aqueles antes de nós.

- "Com frequência deixamos-nos enganar pelos outros", apontou Sasaki, líder deste estudo.

Via | The Atlantic.


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