Se formos enterrados vivos, morreremos pela falta de oxigênio?
Seguramente, muitas pessoas que viram filmes como Kill Bill ou Enterrado Vivo, ou que leram obras de terror gótico de Edgar Allan Poe, já devem ter se perguntado o que realmente aconteceria se por acaso acordássemos no interior de um caixão enterrado nas entranhas da terra. Morreríamos pela falta de oxigênio?
Sinto comunicar que morreríamos muitíssimo mais rápido do que contam as novelas góticas de terror, mas que não seria necessariamente pela falta de oxigênio, senão por outro motivo. Consegue adivinhar?
A falta de oxigênio é importante, é verdade, mas no processo da respiração há outros gases implicados, como o dióxido de carbono. Quando respiramos, convertemos o oxigênio inalado em dióxido de carbono, que liberamos ao ambiente. O problema é que o dióxido de carbono, em excesso, é tóxico, como bem sabem os mergulhadores, que treinam nem tanto para respirar corretamente quanto para eliminar bem o dióxido de carbono.
Isto é, o pobre enterrado vivo sobreviria à morte muito antes pelo excesso de dióxido de carbono acumulado pela respiração do que pela falta de oxigênio: o enterrado vivo mata-se devido a seu próprio processo de respiração.
Felizmente, antes que isto ocorra, o enterrado vivo provavelmente perderia os sentidos porque o cérebro fica sem o oxigênio necessário para seguir funcionando normalmente.
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