Cientistas pesquisam se a antimatéria cai para cima
A antimatéria ainda é uma substância bastante misteriosa para os cientistas. Para cada tipo de partícula, como elétrons ou prótons, temos seus antagonistas positrons e antiprotons, com cargas elétricas opostas, e quando a matéria e a antimatéria se encontram, se anulam.
Agora, um grupo de cientistas se pergunta se a antimatéria é regida pelas mesmas normas que a matéria e se é afetada pela gravidade, ou pelo contrário exibe anti-gravidade, caindo para cima em vez de para baixo.
A maioria dos físicos supõe que a antimatéria deveria se comportar de forma similar à matéria quanto à gravidade, mas ninguém ainda fez um teste de deixar a antimatéria cair para ver o que acontece. Por esta razão, pesquisadores da Universidade da Califórnia Berkeley e o experimento ALPHA no CERN realizaram uma pesquisa para tentar medir o efeito da gravidade na antimatéria.
ALPHA (Antihydrogen Laser Physics Apparatus) permite capturar antiprotons e combiná-los com antielétrons para formar átomos de antihidrogênio, que depois podem ser armazenados por alguns instantes em uma armadilha magnética para que sejam observados antes que se desintegrem. Os cientistas notaram que em algum instante, estes antiátomos escapavam ou eram liberados desta armadilha magnética. Nesse momento, experimentavam queda livre sem estar sujeitos a nenhuma outra força que não fosse a gravidade. Usando detectores fora do ALPHA poderiam determinar se o antihidrogênio vai subir ou baixar, ou se a força exercida pela gravidade será igual à que se observa na matéria.
Os primeiros dados coletados pelos físicos não permitem chegar a uma conclusão clara com respeito a se caem para cima ou para baixo, mas querem estudar melhor o assunto quando o experimento volte a funcionar em 2014. O ALPHA não foi desenhado especificamente para medir isto, de modo que realizarão algumas melhorias que permitiriam entregar informação mais precisa.
Por agora, o experimento serve para provar que é possível fazer medições sobre como a gravidade afeta os antihidrogênios, e com as melhoras o ALPHA talvez possa responder finalmente esta pergunta.
Via | ArsTechnica.
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