Cientistas revelam método para criar celulose nanocristalina usando bactérias, água e luz
Há alguns meses, engenheiros da divulgaram um estudo que resultou na descoberta de um novo material: a celulose nanocristalina, um material obtido através do processamento da polpa de celulose comum, e que tem uma resistência parecida ao do Kevlar, é biodegradável, conduz eletricidade e é mais forte que o aço.
- "É a versão natural e renovável dos nanotubos de carbono, mas com uma fração de seu preço", afirmam os especialistas.
Pese a que há certas dificuldades para chegar a ser produzido em escala industrial -há apenas duas fábricas no mundo capazes de elaborar celulose nanocristalina, também conhecida como nanocelulose, que estimam que será uma indústria que moverá US$ 600 bilhões no ano 2020-, as últimas descobertas sugerem que poderíamos produzir celulose nanocristalina em massa utilizando só água e luz solar.
O assunto é que conquanto a celulose é o polímero orgânico mais abundante da Terra, muito poucos organismos vivos são capazes de sintetizá-la e segregar celulose em sua forma original de nanoestruturas de microfibras (o que seria a celulosa nanocristalina), separando-as de outros polímeros da madeira como a linina e a hemicelulose.
No entanto, cientistas americanos anunciaram que encontraram um novo método para produzir nanocelulose utilizando algas geneticamente modificadas da família de bactérias que produzem o vinagre, o chá de Kombucha e a nata do coco. Em contraste, conquanto o método atual é relativamente econômico, requer de muitos recursos pois deve ser realizado um trabalho intenso de compressão da celulose.
Um dos autores do estudo, Malcolm Brown, professor de biologia na Universidade do Texas em Austin, afirmou ao apresentar os resultados de seu estudo que este é um grande passo para atingir "um das descobertas mais importantes da botânica", pois consiste em um método muito amigável com o meio ambiente e extremamente eficiente, onde só são requeridos certas algas, água e luz solar.
As algas geneticamente modificadas, conhecidas como cyanobacterias, são completamente auto-suficientes e produzem sua própria comida da luz solar e da água, absorvendo dióxido de carbono da atmosfera e oferecendo uma forma bastante inovadora de produzir o precioso material. Lamentavelmente, os autores do estudo estimam que esta descoberta poderia só ser adotada de forma industrial entre uns cinco dez anos.
Via | The Verge.
Notícias relacionadas:
Comentários
Estamos diante de uma corrida, quem produzirá a nanocelulos e sua exploração comercial em grande escala economicamente viável. Laboratórios do mundo inteiro já comprovaram sua eficácia, importância e sua aplicação multiuso, que revolucionara toda cadeia produtiva industrial. Estou atento, mesmo não figurando no páreo dessa disputa.
Deixe um comentário sobre o artigo
Comentários devem ser aprovados antes de serem publicados. Obrigado!