Bactéria alquimista assegura sua sobrevivência convertendo seu meio em ouro

LuisaoCS

Bactéria alquimista assegura sua sobrevivência convertendo seu meio em ouro

A sobrevivência e a força paralela que complementa a evolução, é capaz de empurrar os seres vivos a mecanismos surpreendentes que aumentam suas probabilidades de perdurar. Tal é o caso da Delftia acidovorans, uma bactéria que protege a si mesma nada menos que convertendo seu meio em ouro, uma estratégia que tem algo de artístico e de hermético ao dissimular-se entre o que outros consideram valioso ou vistoso.

O microorganismo realiza esta operação por meio de uma série de químicos que desintoxica os íons de ouro transformando-os em nano partículas de ouro inofensivas que se acumulam no exterior das células da bactéria. Cabe mencionar que isto também é possível porque a Delftia acidovorans vive na superfície de depósitos de ouro onde os íons dissolvidos poderiam matá-la.


A substância segregada pela bactéria leva o nome de delftibactin A, que se encontra perfeitamente sincronizada tanto com o meio quanto com as mudanças necessárias na estrutura química do ouro para suprimir a toxicidade de seus íons, o qual se torna possível com o aumento das partículas iônicas de 25 a 50 nanômetros de extensão.

Nathan Magarvey, pesquisadora da Universidade de McMaster que se encontra em Hamilton, Ontário, responsável pela equipe que descobriu o singular comportamento da bactéria, pensa que esta ou as moléculas que segrega poderiam ter alguma utilidade na indústria da extração mineira.

Experimentando com a bactéria, descobriram que eliminando o gene responsável da sintetização do delftibactin A conduz inevitavelmente à morte do organismo ou, no melhor dos casos, a sua sobrevivência nas piores condições, exposto como fica ao cloreto de ouro.

Via | New Scientist.


Notícias relacionadas:

 

Comentários

Nenhum comentário ainda!

Deixe um comentário sobre o artigo











Comentários devem ser aprovados antes de serem publicados. Obrigado!