O amor é mesmo para sempre?
Lá pelo início de 2008, falávamos sobre como o amor dura no máximo 4 anos, baseado em um estudo de cientistas da Universidade de Unam.O curioso sobre o assunto é que as pessoas que estão em um estado de verdadeira paixão não gostam muito de falar sobre o assunto No melhor dos casos), ou insultam quem se aventura a fazer elucubrações (no pior). mas não adianta ter um piti, apesar do predizem os poetas, o amor não é mesmo para sempre.
Bem, ao menos o amor quimicamente puro, se permitirem a licença. Outra coisa é que, depois que o amor neuroquímico caduca , um casal "pode" continuar unido e feliz, ainda que não necessariamente sob o manto do amor senão de muitos outros sentimentos similares, como o carinho, a camaradagem, a cumplicidade, o tesão e outros. Bom, isto é sempre verdade se obviamos os mutantes. Porque há mutantes que sim podem se apaixonar para sempre.
Os profissionais da área detectaram, na maioria de relações de casamento em longo prazo, uma fase inicial de amor romântico e apaixonado que costuma durar de 9 meses a 2 anos. É uma fase inicial, na qual nosso julgamento está um pouco distorcido pelos fluxos neuroquímicos, e talvez deveriam mudar algumas leis para adequar-se a esta realidade, já que isso: já que em alguns país estipulam uma espera entre 6 a 24 meses para conceder um divórcio.
Mas antes falava de uma série de mutantes que pouco devem ter entendido: são pessoas que podem se apaixonar para sempre pelo mesmo parceiro. A maioria de nós, depois desse lapso de apaixonite inicial, segundo os escâneres cerebrais, já não mostramos uma ativação intensa do centro dopaminérgico da ATV (a dopamina é liberada pelos neurônios situados na área tegumentar ventral - ATV). Mas algumas pouquíssimas pessoas seguem emparelhadas e assegurando que sua paixão é idêntica à do primeiro dia, o circuito do prazer da ATV segue sendo ativado com força ao ver o rosto do ser amado.
A razão de que existam estes casos tão particulares não é muito clara: dependeria do tipo de pessoa pela qual nos apaixonamos? Talvez seja uma sorte encontrar a metade da laranja perfeita? Ou será que já possuímos alguém biologicamente determinado?
Uma equipe do Albert Einstein College of Medicine encabeçada pela neurobióloga Lucy Brown fez um estudo com homens e mulheres desta classe, os X-Men-Lovers, nos quais fizeram escâneres cerebrais enquanto contemplavam uma fotografia do rosto da pessoa amada.
Como tarefa de controle, e depois de uma atividade de distração para deixar que a paixão resfriasse, os voluntários deviam olhar a fotografia de um conhecido do mesmo sexo e da mesma idade que seu amado, mas que não lhes despertava nenhum sentimento em especial. Naturalmente, este estudo era puramente correlacional: não demonstrava que as regiões que se ativavam ou desativavam eram subjacentes à sensação da paixão. Também devemos nos perguntar até que ponto estes resultados se devem unicamente ao sentido da visão.
Contudo, as mudanças cerebrais que acompanhavam a visão do rosto do ser amado eram extraordinariamente coerente com os relatórios elaborados pelos voluntários. O detalhe é que estas mudanças verificadas no cérebro ativaram uma região bem similar àquela ativada como resposta à cocaína ou a heroína, permitindo concluir a incapacidade de julgar com objetividade à pessoa amada por causa da desativação do córtex pré-frontal, um dos centros da capacidade de discernimento, e à desativação dos pólos temporais e da união parietotemporal, as regiões do córtex que intervêm na cognição social.
O problema é que os estudos realizados com escâner cerebral não permitem determinar se as diferenças observadas na ativação cerebral dos homens e das mulheres se devem a influências socioculturais, a diferenças genéticas ou epigenéticas ou ambas as coisas.
Via | David J. Linden em The Compass of Pleasure.
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Comentários
Um dia, os cientistas, fuçando um pouco aqui, fuçando mais um pouco ali, insistindo em fuçar mais acolá, irão acabar por descobrir ( ou admitir ) que realmente existe algo além da carne, além do córtex cerebral, além de mudanças cerebrais... algo como... como... como algo que não é formado por céluas, moléculas ou átomos... algo que vai além, além de nossa percepção física, além da barreira do que é visível pelos olhos físicos, algo que mesmo sem se ver, sem se medir, sem se pesar, sem massa, sem pulso, sem cheiro, sem pressão, continua a existir...
Então os cientistas descobrirão ( ou entenderão ) boquiabertos que existe o espírito! a alma! e, mais adiante se indagarão de onde vem a alma, como se formou, para onde vai?
E então, finalmente então, os cientistas descobrirão com um salto para trás e de boca aberta e olhos arregalados, que finalmente Deus existe !!!
Ele existe!!! Sim, existe!!!
E então dirão: como é possível existirem ateus?
E passarão a estudar esse espécime raro para entender melhor seu mecanismo de crença. ( ou, a falta de crença)
É incrível como os cientistas se negam a admitir a existência de um espírito, de uma alma. Como se o ser humano fosse apenas carne, osso, músculos e nervos... enfim, células.
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