FBI fecha MegaUpload e prende várias pessoas por crimes de pirataria
Em uma notícia de último minuto, o conhecido site MegaUpload fechará suas portas após ser pesquisado pelo FBI. Sete empregados da companhia estão sendo acusados de múltiplos crimes de pirataria, e quatro já foram presos na Nova Zelândia, segundo informou o Wall Street Journal.
As acusações incluem conspiração para chantagem sistematizada e infração criminosa de direitos autorais. A medida do FBI inclui a coordenação com várias agências ao redor do mundo em busca de registros bancários e servidores da empresa.
Neste momento, o site MegaUpload e seus derivados não estão funcionando. O serviço é utilizado por outros sites para distribuir conteúdos, que serão afetados por esta ação.
MegaUpload é um dos sites frequentemente apontados com o dedo como promotor da pirataria e está no olho do furacão da indústria de conteúdos há anos. Recentemente esteve no centro da polêmica ao criar um vídeo promocional com diversos artistas que incentivavam o uso do site, vídeo que foi bloqueado no YouTube pela Universal. Por este tema, a companhia encontra-se no meio de um litígio contra o estúdio.
Segundo a acusação interposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, MegaUpload é responsável por ao menos US$500 milhões em perdas para os donos de copyright. A demanda chama MegaUpload de "uma organização criminosa mundial, cujos membros estão envolvidos na infração do copyright e lavagem de dinheiro em massa".
O DoJ assinalou que este "é um dos maiores casos de copyright criminoso dos Estados Unidos e ataca diretamente o uso de armazenamento público de conteúdos e sites de distribuição por facilitar crimes de propriedade intelectual".
De acordo à investigação, o MegaUpload gerou mais de US$175 milhões com a pirataria.
De alguma maneira, MegaUpload redigiu um comunicado muito otimista ante esta situação, declarando que "a grande maioria do tráfego da internet do Mega é legítimo, e estamos aqui para ficar. Se a indústria de conteúdos quiser tirar alguma vantagem de nossa popularidade, estaremos felizes de entrar em diálogo. Temos algumas boas ideias".
Os acusados pelo DoJ são:
- Kim Dotcom (37), fundador da MegaUpload Limited residente em Hong Kong. Diretor e dono de Vestor Limited, que tem ações em todos os sites "Mega". É um dos presos na Nova Zelândia.
- Finn Batato (38), chefe de marketing da companhia, residente na Alemanha.
- Julius Bencko (35), designer gráfico residente na Eslováquia.
- Sven Echternach (39), chefe de desenvolvimento de negócios residente na Alemanha.
- Mathias Ortmann (40), fundador e CTO da empresa, residente na Alemanha.
- Andrus Nomm (32), programador de software e chefe da área de desenvolvimento de software, residente na Turquia e Estônia.
- Bram van der Kolk (29), supervisor de programação e estrutura de rede, residente na Holanda.
Não fazem menção do CEO da empresa, o rapper Swizz Beats, que é casado com a cantora Alicia Keys e é professor na NYU.
Via | AP.
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