Homem passa um ano vivendo como um peru para provar que eles não são tolos

LuisaoCS

Homem passa um ano vivendo como um peru para provar que eles não são tolos

Existe um mito muito popular na gringolândia de que perus são animais extremamente estúpidos, capazes de se afogarem com os pingos da própria chuva. Bem, o naturalista Joe Hutto decidiu viver um ano de vida como um peru para provar que isso é errado. Ao contrário, ele diz que os perus nascem com uma "compreensão inata da ecologia" e têm um vocabulário complexo para se comunicar uns com os outros.

Hutto, um etólogo que vive na Flórida, sempre foi interessado em um fenômeno chamado imprinting, em que aves e animais jovens se identificam com o primeiro objeto em movimento que encontram como se fosse sua mãe. Assim, quando um fazendeiro local deixou uma tigela cheia de ovos de peru selvagem à sua porta, Hutto vislumbrou uma oportunidade que não podia recusar.


Homem passa um ano vivendo como um peru para provar que eles não são tolos

Começou sua experiência científica, optando por ser o peru mãe. Hutto colocou os ovos em uma incubadora e esperou que eclodissem. Quando as rachaduras começaram a aparecer, ele teve que agir rápido, já que o imprinting ocorre apenas nos primeiros momentos após a eclosão. Ele colocou seu rosto bem próximo aos ovos e quando o primeiro peruzinho saiu ele notou o imediato estabelecimento de um vínculo no rápido contato visual.

- "Algo muito ambíguo aconteceu naquele momento", disse ele

Uma vez que os peruzinhos foram identificando sua mãe, começaram suas responsabilidades. Ele nunca poderia deixá-los sozinhos por um instante, era um compromisso de 24 horas por dia. Hutto ficava com eles desde o amanhecer quando desciam de seu poleiro até escurecer quando então se recolhiam, caso contrário eles poderiam abandonar o ninho e e até morrer.

Hutto diz que realmente não teve muito o que ensinar para os perus, já que são bastante instintivos sobre muitas coisas, como os insetos que podiam comer e os que eram venenosas. Enquanto se familiarizava, tratando os 25 perus selvagens na mão, percebeu em cada um deles inflexões diferentes que tinham significados específicos.

Em entrevista à revista New Scientist, Hutto disse que, enquanto todo o projeto começou como um experimento científico, rapidamente passou a significar muito mais para ele.

- "Achei que era impossível evitar um envolvimento muito pessoal, portanto, certos empirismos científicos e desprendimento foram imediatamente perdidos no processo", disse ele. No processo, ele aprendeu que os perus são criaturas inteligentes e independentes que vivem no "fio da navalha bem afiada da sobrevivência" que lhes é devido por causa da domesticação.

Via | PBS.


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