Todos sabemos que para que a pele humana fique bronzeada é necessário que seja exposta durante vários dias ao sol. O problema deste processo é que a exposição prolongada aos raios ultravioletas (UV) solares, além de bronzear, pode causar danos ao DNA das células da pele. Agora uma equipe de pesquisadores da Universidade de Brown (EUA) identificou uma forma bem mais rápida de conseguir a pigmentação da pele. Segundo publicam os pesquisadores na revista Current Biology, os resultados da pesquisa poderiam afetar o desenvolvimento dos protetores solares no futuro.

- "Nosso trabalho demonstra que um receptor de UV permite às células da pele detectarem e responderem de imediato à luz UV", explica Elena Oancea coautora do estudo. Esta resposta imediata acontece em matéria de segundos depois de ser exposto à luz UVA , que representa ao redor de 95% da radiação ultravioleta na superfície da Terra, enquanto os raios UVB somam o restante 5%.

A equipe de Oancea descobriu que a exposição de células da pele humana produtoras de pigmento aos raios UVA conduz à síntese temporã da melanina em um processo que implica na liberação de cálcio. Também observaram que a resposta da pele depende da rodopsina, uma molécula sensível à luz que também é encontrada na retina do olho.

- "Tanto os olhos como a pele -os dois únicos órgãos constantemente expostos à radiação solar- utilizam mecanismos moleculares muito parecidos para decifrar a luz", esclarece Oancea.

Os autores sugerem que a produção de melanina antecipada, que só acontece pela ativação da rodopsina, proporciona uma primeira linha de defesa contra a luz ultravioleta. Se isto for realmente assim, "esta via e sua capacidade de proteção devem ser levados em conta no desenvolvimento e uso de protetores solares de amplo espectro", sublinha a pesquisadora.

Via | Daily Mail.

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