Quantas horas devemos trabalhar para pagar uma hora de luz?

LuisaoCS

Quantas horas devemos trabalhar para pagar uma hora de luz?

Há muitas atividades diárias que somos incapazes de fazer no escuro. Não porque vamos bater a cabeça ao não ver algum obstáculo senão porque simplesmente parecem inconcebíveis de assim serem feitas. Por exemplo, eu sou incapaz de fazer uma refeição as escuras: as poucas vezes que me vi obrigado a tentar fazê-lo, mesmo com a ajuda de uma vela, fiquei à beira da depressão.

Agora tentem imaginar nossas vidas no breu completo, talvez iluminados somente pela luz de uma fogueira. Nesse sentido, a luz é um pequeno milagre do cotidiano que, apesar das contínuas elevações de preço, custam bem pouco -ainda que a tarifa de energia elétrica brasileira seja uma das mais caras do mundo-. Sobretudo se comparamos com outras formas de luz artificial que já foram experimentadas em alguns séculos.


Imaginemos, pois, quanta luz artificial seria possível obter com uma hora de trabalho a um salário de 25 reais por hora, segundo cálculos (adaptados) do divulgador Matt Ridley presumindo o custo do KW/h em 20 centavos:

  • Lampião de azeite de sésamo (1750 a. C.): 24 horas de luz por hora de trabalho.
  • Vela de sebo (1800): 186 horas de luz por hora de trabalho.
  • Lampião de querosene (1880): 1.400 horas de luz por hora de trabalho.
  • Lâmpada incandescente (1950): 6.300 horas de luz por hora de trabalho.
  • Lâmpada fluorescente compacta: 16 mil horas de luz por hora de trabalho.

Isto é, hoje em dia basta trabalhar uma hora para dispor de quase dois anos de luz artificial ininterrupta de uma lâmpada fluorescente compacta de 8 Watts para fazer o que queira.

Imaginem como isto evoluirá quando todos usarmos diodos emissores de luz (LED), que já são 10 vezes mais eficientes que as lâmpadas incandescentes. Conquanto ainda os LED continuam um pouco caros, logo isso pode mudar de situação.

O cálculo de Ridley foi feito com pouco rigor científico, mas está pouco distante da realidade. Ademais, as estatísticas de iluminação citadas anteriormente nem sequer levam em conta a maior comodidade e limpeza da luz elétrica moderna comparada com as velas ou o querosene: o uso de um simples interruptor, a ausência de fumaça, o cheiro, bem como a diminuição do risco de incêndio.

Via | O otimista racional.


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Comentários

Luisão,não seria "breu"?!

:)

Sem jantares à luz de velas. Pouco romântico.
Quando a conta chega não acho que seja tão barata, ainda mais num país que pode/deveria ser auto suficiente em energia por causa do imenso investimento em usinas termoelétricas dos últimos anos. Ainda não estamos livres dos apagões.

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