O porquê das palavras curtas e longas

LuisaoCS

O porquê das palavras curtas e longas

Em 1935 George Kingsley Zipf, um linguista da Universidade de Harvard, afirmou que a magnitude das palavras tende a uma relação inversa, ainda que não necessariamente proporcional, com o número de ocorrências. Em outras palavras, as palavras mais curtas são utilizadas com mais frequência que as longas. Agora, pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) demonstraram uma melhora substancial à lei de Zipf.


Estes pesquisadores descobriram uma propriedade universal da linguagem humana: as palavras mais frequentes tendem a ser curtas, já que tornam a comunicação mais eficiente que usando palavras longas. Isto é devido à pressão da eficácia comunicativa, tal e qual Zipf conjurou. Não seria prático perguntar a todos em um jantar de natal se querem um prato de sopa usando uma palavra de 15 letras para a preposição "de".

No "Brown University Standard Corpus", texto de 1960 que contém ao redor de dois milhões de palavras de texto, a palavra "of" é a quarta mais usada. Por outro lado, a palavra "the" é a palavra escrita mais usada na língua de Shakespeare, seguida de outras como: "be", "on", "have", "with" e "some"; todas elas palavras muito curtas.

No entanto, cientistas cognitivos do MIT revelaram uma melhora substancial da lei de Zipf. Demonstraram que, em 10 línguas, a previsibilidade do que uma pessoa diz é mais influenciado pelo comprimento da palavra que a frequência com a qual essa pessoa a usa. Isto é assim porque o comprimento de uma palavra é inversamente proporcional à quantidade de informação que contém.

Desta forma, o objetivo da pesquisa era relacionar a teoria da frequência das palavras de Zipf com a previsibilidade de uma palavra e seu comprimento.

Utilizando uma base de dados enorme, os pesquisadores estudaram todas as possíveis combinações de duas, três e quatro palavras com objetivo de estimar como sua utilização pode ser previsível. Conhecendo isto poderiam determinar se o contexto e a previsibilidade são mais determinantes que a frequência de uso, no tamanho da palavra.

Suas conclusões foram que a frequência com as quais usamos as palavras é um melhor contextualizador que o comprimento destas. Tal e qual afirma Steven Piantadosi, uns dos pesquisadores do MIT:

- "Surpreendeu-me que encontrássemos este efeito em tantos idiomas: checo, holandês, inglês, português, francês, espanhol, sueco, etc. Pensava que as diferenças na morfologia, estrutura das palavras, etc. poderiam modificar este fato."

Via | National Science Foundation.


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Comentários

Vossa Merce... era bem grande no inicio... Vossemerce.... não diminui muito... Vosmice.... Caiu bastante.... Você.... não dou muito tempo... Cê
Quanto mais usada a palavra, mais ela vai se adaptando a oralidade :)

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