Estudante recopila 35 milhões de perfis do Google para alertar sobre a facilidade de acesso
Matthijs R. Koot, estudante da Universidade de Amsterdã, realizou um curioso experimento com o fim de demonstrar os perigos aos quais está exposto o usuário com a informação que fica indexada nas páginas do Google. Ele compilou em um mês e com apenas um IP fixo, uma base em massa dos perfis do Google, 35 milhões salvos em 35GB, entre os quais se encontram nomes, endereços de e-mail, conversas no Twitter ou informação biográfica e trabalhista dos usuários da rede. Koot guardou toda a informação em uma base de dados particular.
Recordamos o caso que aconteceu no Facebook no ano passado, momento no qual um pesquisador demonstrou a facilidade para obter 100 milhões de perfis dos usuários com suas URLs. Esse foi o motivo que levou o Facebook a modificar a indexação de suas páginas. Atualmente, este tipo de ações ou pesquisa na rede social estão proibidas.
Não é o caso do Google, que, ainda que permita escolher entre a privacidade ou não de seus perfis, até agora permite o livre ao acesso dos arquivos das URLs dos perfis sem proibição contra a indexação das listas. Os engenheiros da companhia não colocaram filtros nem limites ao acesso de dados. Para Koot, a facilidade com o qual recopilou esta informação é um perigo, já que qualquer pessoa ou entidade poderia realizar uma ação similar com outro tipo de finalidade.
Para evitar interpretações erradas, tanto o quanto uma possível violação nos termos de serviço da companhia, a pesquisa foi enviado ao Google que respondeu prontamente, ainda que não tenha dado a resposta esperada à pergunta proposta por Koot. Google apoia-se em que cada um dos dados são públicos e autorizados e em que os perfis se encontram assim para que os usuários possam utilizá-los em seu motor de busca.
A pesquisa não tem outro fim que alertar sobre a facilidade de acesso de qualquer pessoa a informação que provavelmente deveria ter algum filtro. Apesar de que exista uma paranoia sobre o assunto, o eterno debate na rede sobre a privacidade que deve existir para o usuário continua. Ontem mesmo o The Guardian propôs um filtro que amparasse os usuários no Twitter e Facebook sobre os dados que aparecem sobre eles.
Uma forma de resolver tudo isso seria que as configurações de todas as redes sociais fossem privadas como padrão. Mas por outro lado seria um grande contrassenso, perderia todo o sentido da rede cujo objetivo é o de troca de informações, dados, música e fotos. Talvez por isso ache tão tolo aqueles tipos que ficam irados por que você manchou sua estatística de visualização de perfil no Orkut. Ignorância tem limite.
Via | The Register.
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