Após a soma espermatozóide e óvulo, e a troca de material genético entre ambos, inicia-se o maior espetáculo da vida, dentro do corpo da mulher - a formação do embrião. Por um certo período de tempo ocorrerá uma série de eventos e etapas, envolvendo fenômenos tremendamente complexos e delicados - células irão multiplicar-se, crescer, diferenciar-se, até que resulte em um novo ser humano.


Durante todo o processo ligações complexas entre a mãe e o embrião desenvolvem-se para formar a placenta. O tecido que conecta a mãe ao feto não é uma barreira impenetrável, mas uma fronteira seletiva, que permite a passagem de nutrientes e fatores necessários ao desenvolvimento do feto. Sendo assim, células podem cruzar a placenta, em um tráfego bidirecional durante a gestação humana normal.

Mas isso não é novidade, a novidade é que as células trocadas persistem no organismo receptor, residindo em diversos órgãos, especializando-se em vários tecidos e tornando-se parte integral do corpo do indivíduo, sim, pela vida inteira. E as células fetais permanecem no sangue periférico materno por muitos anos após a gestação.

Você não é só você, você carrega em si um pouco da sua mãe - há células maternas na maioria dos seus órgãos - neurônios da sua mãe em seu cérebro. Uma quebra do dogma de que somos feitos unicamente a partir de nossas células embrionárias. Apesar de ser um campo de pesquisa novo, a idéia é surpreendente, simplesmente fascinante.

Via | espiral.

Nenhum comentário ainda!