Novo escâner portátil de câncer é rápido, preciso e não é caro
Devo confessar que fiquei com vontade de intitular diferente, algo como "Saiba em uma hora se tem câncer", mas a verdade é que hoje não estou com vontade de ferir nenhum tipo de suscetibilidade e nem provocar ninguém. Mas no final das contas este gadget efetivamente é assim:
Cientistas da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, desenvolveram um escâner de ressonância magnética nuclear de bolso que tem altíssima precisão (96%, contra o 84% das biopsias tradicionais). E só custa US$200 (330 reais).
O dispositivo opera com anticorpos e partículas imantadas que detectam as células cancerígenas, para depois isolá-las e retirá-las com uma seringa. Ademais, só requer uma diminuta amostra de tecido e uma aplicação para o smartphone para ler os resultados, cujo diagnóstico fica pronto em menos de uma hora.
Então ganha-se em economia, rapidez e precisão. Notável. Este tipo de tecnologia, se permitirem que seja certificada e massificada para a detecção de várias outras doenças, poderia chegar a prevenir uma enorme quantidade de mortes por diagnósticos tardios e errados.
A tecnologia vem elevando a qualidade de vida das pessoas porque consegue de uma forma ou outra diminuir os altos custos relacionados com o bom padrão de vida existente no passado. De forma diretamente proporcional muitas profissões vão se tornando obsoletas, ou pelo menos se tornam mais comuns e simples em sua aplicação. Mas até agora não havíamos presenciado a tecnologia com aplicações ou dispositivos que podiam popularizar as ciências médicas.
E essa novidade é muito boa, sabe por quê? As pessoas com baixa renda teriam a chance de diagnosticar uma doença em seu período inicial para não padecerem em filas de espera que, no SUS, podem ter um prazo de mais de dois anos para serem atendidas, em geral por um médico estressado que também passou os dois últimos anos fazendo o mesmo tipo de atendimento e recebendo uma "merreca" do Estado para fazê-lo. Maldito sistema!
Quem se fode? O paciente, que, em geral, quando tem sua doença diagnosticada, descobre que está em seu estado terminal; melhor que tomar remédio é esticar a mortalha e encomendar a sepultura.
Por outro lado temos aqueles que podem pagar e vejam só a diferença: o vice de Lulla, José Alencar, tem câncer há mais de 10 anos e já fez mais de trocentas e vinte e duas cirurgias. Não estou agourando a sua morte (nem desejo), mas estou exemplificando o que a diferença social pode fazer com o sistema de saúde.
Eu tenho um sonho... (podem apostar que isso se tornará realidade a médio prazo), que gadgets diagnosticarão uma doença do corpo e já receitarão o medicamento e a medida necessária, afinal não é preciso ser médico ou farmacêutico (que meu pai me perdoe) para fazer uma tabela de quais medicamentos devem ser receitados para cada doença e quais são as interações medicamentosas que podem fazer mal ou bem.
Via | Gizmodo.
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