As últimas semanas foram intensas para a WikiLeaks: desde que começou o cablegate, perdeu seu domínio e servidor, cortaram suas fontes de financiamento e até prenderam seu fundador, Julian Assange. Conquanto a informação já está a salvo, graças a centenas de espelhos em todo mundo, como é possível manter futuramente este modelo que revela os segredos e as sujeiras do poder?

A partir de segunda-feira, os criadores de OpenLeaksesperam dar esta resposta. Formados por dissidentes do Wikileaks, que não se alinhavam com o estilo direto imposto por Assange. A ideia é continuar com a mesma filosofia da WikiLeaks, mas evitando a perseguição por parte dos governos (?).

Seus fundadores, que preferem permanecer no anonimato, contaram ao DN.se que este novo site também será um vínculo entre os informantes e o público. A diferença principal é que OpenLeaks não publicará a informação diretamente, senão que a cederá a diferentes meios para que estes a analisem e distribuam.

O objetivo é que a organização, comparável a uma agência de notícias, se converta em um intermediário neutro e sem agenda política definida. Desta maneira, também evitam o foco do vazamento em si, para o que verdadeiramente importa: o conteúdo da cada um dos cabos.

Os criadores destacam que, pelo jeito que o projeto foi desenvolvido, a responsabilidade pelo material recairá sobre quem o publique finalmente. Ademais, acham que a irritação dos políticos ante cada revelação feita pelos meios tradicionais, será menor que o gerado hoje por WikiLeaks, ainda quando os dados sejam do mesmo tenor.

Na minha opinião, espero queimar a língua, é só mais um grupinho com inveja do rebuliço causado por Assange, buscando criar um clone da Wikileaks. Se não vão divulgar os dados diretamente, tudo fica como antes no quartel de Abrantes, pois é notório que a mídia convencional sempre se manteve alinhada com o poder econômico, afinal é dali que financia seus altos custos. Posso estar enganado, mas vai ser mais uma entre tantas que vai trocar informação confidencial (silêncio) por dinheiro.

Via | CNET.

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