NASA iniciará busca de Universos Paralelos
Quando a NASA enviar o AMS-02 ao espaço em 27 de Feb de 2011, o astrofísico Sam Ting, principal pesquisador do experimento com o Espectrômetro Magnético Alfa-2, espera que possa proporcionar dados que demonstrem a existência de universos paralelos compostos de anti-matéria, descoberta que poderia verificar algumas teorias e responder a perguntas básicas a respeito de como o Universo se formou.
O Espectrômetro Magnético Alfa-2 (AMS-02) é um detector de partículas físicas de última geração, construído, testado e operado por uma equipe internacional integrada por 60 institutos de 16 países e organizados sob o auspício do Departamento de Energia dos EUA. De acordo com Ting, o experimento já está coletando dados enquanto espera sua data de lançamento.
Programado para voar a bordo do último voo da nave espacial Endeavour, na missão STS-134, o AMS-02 será o primeiro espectrômetro magnético utilizado no espaço, e buscará através dos raios cósmicos, a existência de partículas exóticas, como a anti-matéria e matéria escura. A experiência será instalada no exterior da Estação Espacial Internacional (ISS) e não requererá de caminhadas espaciais para sua instalação.
Enquanto há uma série de coisas que Ting espera descobrir, ele acha que as questões mais interessantes são aquelas que os cientistas nem sequer ainda formularam. Sabe-se que as partículas que o experimento de 7.5 toneladas está atualmente registrando apresentam algumas de suas qualidades alteradas ou eliminadas pela natureza abrasiva da atmosfera terrestre. Este problema será resolvido após 26 de fevereiro quando o AMS-02 for instalado em seu novo lar. A partir desse momento, espera-se que o experimento abra novas janelas à física de partículas e que provoque uma revolução em nosso entendimento do universo.
Ting espera que o AMS-02 proporcione dados que demonstrem a existência de universos paralelos compostos de anti-matéria. Também se espera que a experiência descubra partículas com cargas magnéticas e elétricas que serão exatamente o contrário das partículas ordinárias. Estas descobertas poderiam verificar certas teorias e responder a perguntas básicas a respeito de como o universo se formou, como a de Burt Ovrut, professor de física de alta energia na Universidade da Pensilvânia e pioneiro do uso da Teoria M para explicar o Big Bang, sem a presença de uma singularidade.
Ovrut e seus colegas suspeitam que existem dois universos separados por um pequeno espaço de 10 a 32 metros. Não teria comunicação entre os dois universos a exceção da atração gravitacional de nosso universo paralelo, que poderia cruzar o pequeno espaço. A teoria de Orvut poderia explicar o efeito da matéria escura nas zonas do universo que são mais pesadas do que aparentam; e se for demonstrada, os problemas persistentes que rodeiam o Big Bang -a partir de quando começou, o que causou, e como?- seriam substituídos por um eterno ciclo cósmico, onde a energia escura já não é uma quantidade desconhecida e misteriosa, senão que a força gravitacional extra que interage entre os dois universos.
Até o AMS-02, o estudo dos raios cósmicos limitou-se à medição da luz recebida por telescópios como o Hubble. Este experimento representa a primeira vez que as partículas cósmicas carregadas poderão ser estudadas no frio vazio do espaço, longe da influência de distorção da turbulenta atmosfera da Terra. O AMS-02 também representa a esperança de averiguar do que é feita a matéria escura. Atualmente acredita-se que este material é a "cola" que mantém universo unido.
Via | NASA.
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