Provando um repelente para tubarões
Encontrar uma substância que mantenha os tubarões afastados sempre foi um objetivo dos pesquisadores durante anos. As primeiras provas foram realizadas durante a Segunda Guerra Mundial, quando os exércitos tratavam de minimizar as baixas de marinheiros e pilotos que ficavam na água durante dias. Em todo este tempo testaram repelentes elétricos, magnéticos e até com pólen de flores, e alguns se mostraram
bastante efetivos. Mas parece que não há nada que dissuada mais a um tubarão que o cheiro de outro tubarão... morto.
Conhecendo este princípio, trabalharam durante muito tempo em uma fórmula para reproduzir este cheiro, usando variantes do cobre. No ano 2000, um estudante chamado Eric Stroud elaborou um composto a partir de tubarões mortos que emitia o mesmo sinal químico que provoca com que se afastem das proximidades do cadáver de outro exemplar de sua mesma espécie.
Este repelente químico é envasado em pequenos tubos e mostra-se bastante eficaz nos testes, como este recente do programa Oceans da BBC que mostra Philippe Cousteau Jr e Tooni Mahto mergulhando em águas infestadas de tubarões nas Bahamas para testá-lo. Este foi o resultado:
Como visto no vídeo, os tubarões demoram poucos minutos para se afastarem do local e deixarem os mergulhadores em paz, enquanto o resto de peixes permanecem tranquilos. Felizmente, os técnicos do laboratório de Oak Ridge, em New Jersey, conseguiram obter a mesma substância de forma sintética, de maneira que não será necessário sacrificar nenhum tubarão na fabricação do repelente.
A substância pode ser útil para mergulhadores ou marinheiros em caso de naufrágio. O produto é resultado da fórmula erro vezes tentativa e pouco se sabe sobre os princípios dos feromônios que obrigam os tubarões a sair em retirada -e se sabem, também não publicaram porque são um laboratório comercial-, os pesquisadores ainda não testaram a efetividade da substância com todas as espécies de tubarões e ao mesmo tempo, seguem trabalhando com dispositivos elétricos e magnéticos para encontrar o repelente perfeito: quantos menos ataques, melhor para os humanos e também para a sobrevivência dos tubarões.
De qualquer forma, o mais seguro por enquanto é ficar longe de locais onde haja tubarões por perto. Em 2005, um repelente elétrico muito vendido entre os surfistas da Austrália foi questionado, porque em alguns casos resultou ter um efeito bem contrário com os tubarões brancos: o campo elétrico em realidade atraia sua atenção.
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