Programa da Universidade de Nevada cura 50% de crianças autistas
Muito pouco ainda é conhecido a respeito dos transtornos do espectro autista, mas recentemente, um psicólogo da Universidade de Nevada, contribuiu substancialmente para a área de conhecimentos que os pesquisadores de todo mundo estão edificando para tratar de desmistificar, prevenir e tratar a misteriosa doença.
- "O autismo é uma deficiência única do desenvolvimento", afirma Jeffrey Hustler, professor assistente de psicologia da Universidade, que recentemente completou um estudo de seis anos do tecido cerebral que, pela primeira vez, forneceu evidências físicas do excesso de conectividade de curto alcance na camada externa do córtex cerebral naquelas pessoas com transtornos de autismo. - "Isso cria muito ruído no cérebro, e gera uma maior densidade de conexões sinápticas, 20% a mais."
Ainda que a hipótese sobre a existência deste excesso de conectividade de curto alcance tenha sido formulada anteriormente, Hutsler é o primeiro em examinar mostras de tecido post-mortem, com provas físicas da doença.
Sua pesquisa foi publicada recentemente na revista Brain Research. Diz que seu estudo apoia os tipos de tratamentos que a Universidade está oferecendo em seu Programa de tratamento do autismo infantil, com a intervenção precoce de terapias condicionais.
- "Isto é o que ocorre na camada do córtex cerebral, que é uma das últimas em se desenvolver, e muitas destas conexões são refinadas após o nascimento, até os 4 anos", explicou Hutsler. "À medida que interagimos com o meio ambiente, estas conexões são também apuradas."
Segundo Hustler, as pessoas com autismo costumam estar separadas de seu ambiente e a interaçã com o meio onde vive, ou a sua ausência, pode interferir no processo de refinamento destas conexões neuronais. Por isso a intervenção precoce com terapia comportamental durante os anos pré-escolares pode ajudar a esculpir ou apurar este processo.
Trabalhando sobretudo com crianças de 2 a 5 anos de idade, os tutores do Programa de tratamento do autismo infantil passam um mínimo de 30 horas à semana, um a um com cada criança pelo menos durante dois anos. Os tutores, estudantes graduados e não graduados que estão sob a supervisão de professores, se baseiam na análise de comportamento aplicado, utilizando técnicas de reforço positivo que fortalecem a interação e o comportamento adequado, diminuindo desta maneira a conduta inadequada.
O programa é muito efetivo, praticamente todos os participantes mostram uma melhoria e 50% mostram uma recuperação total da doença, o que significa que não se distinguem de seus colegas quando entram na escola primária, segundo o diretor do programa, Patrick Ghezzi.
- "A pesquisa nestas áreas é chave para prover o entendimento desta desordem à base científica e tem envolvimentos tanto locais como internacionais no tratamento do autismo", afirma. Ghezzi alegra-se de ter Hutsler, quem uniu-se à Universidade em 2006, como parte da equipe de psicologia e pesquisa do autismo da Universidade, dizendo:
- "Hutsler está na fronteira da pesquisa no campo da biomedicina."
Via | Universidade de Nevada.
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Comentários
Meu filho e um lindo e inteligentíssimo autista asperg.
Nunca desisti de sua cura completa.
Hoje tem treze anos e cursa a escola normal com grande destaque em algumas matérias ,preciso porém ajustá-lo socialmente .
Sou muito determinada e tenho feito por ele mais do que os profissionais conseguem,estou disposta a tentar alternativas diferentes para o seu completo sucesso profissional no futuro.
Preciso de mais informações.
muita grata pela atenção .
Mãe.
Muito obrigada por esta notícia. Você não sabe como me ajudou.
Que Deus te ajude!
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