O homem mais solitário do mundo
Acham que ele tem pouco mais de 40 e vive no estado de Rondônia. Ninguém sabe seu nome, mas é conhecido como "homem do buraco". É o último sobrevivente de uma tribo desconhecida e seu primeiro avistamento data de 1996. Onze anos depois, a Funai decretou que ninguém se aproximasse a menos de 31 quilômetros dele. Mas antes de ser um "forever alone" por lei, o homem do buraco escolheu sê-lo por vontade própria.
Em meados dos anos noventa várias expedições tentaram estabelecer contato com o indígena, mas ele sempre reagia com medo e hostilidade. A última tentativa resultou em um ferimento de flecha no peito. Após este incidente o Governo decidiu deixá-lo finalmente em paz e estabeleceu um "perímetro de segurança" para assegurar-se de que ninguém se aproximasse. De uma das últimas expedições conservam-se as únicas imagens do homem do buraco, que foram gravadas pelo cineasta Vincent Carelli que foram incluídas em seu documentário Corumbiara.
O instante exato em que uma tribo faz seu primeiro contato com o homem branco
Este é certamente um dos mais sensíveis e bacanas documentários já realizados a respeito. Filmado pelo jornalista de vida selvagem Jean Pierre Dutilleux em 1976, mostra o primeiro encontro do homem branco com a tribo dos Toulambis, em Papua-Nova Guiné. A curiosidade e o receio de ambos os protagonistas é simplesmente incrível e latente. Ainda que Jean Pierre se mostre receptivo e não faça nenhum movimento brusco, a qualquer momento existe a possibilidade de que se armem e ataquem a expedição.
Justin Hall-Tipping: liberando energia da rede
Se necessário, de o play e escolha as legendas de seu idioma
No ano 2000 Justin Hall-Tipping teve uma epifania ao contemplar como um bloco de gelo de um tamanho superior aos 14.000 km2 (quase do mesmo tamanho de Timor-Leste) se desprendeu da Antártida para o oceano. Então captou em toda sua magnitude o problema do aquecimento global, processo que nos empurra para uma irrefreável necessidade de energia.
Justin é na atualidade o conselheiro delegado da Nanoholdings, uma empresa que trata de dar soluções aos problemas energéticos de amanhã com materiais que agora parecem exóticos, mas que poderiam chegar a ser completamente normais em poucas décadas.
Por que tratamos de manter o calor do outro lado da janela no verão, e retê-lo no interior de nossas casas no inverno, quando a própria janela recoberta com nanotubos de carbono pode fazê-lo sem a necessidade de calefação ou refrigeração?
Não percam esta palestra que Justin Hall-Tipping fez em julho passado em Edimburgo, Escócia. Impagável o episódio final, no qual conta que leva em sua carteira há quase duas décadas uma foto que revolveu consciências por todo o planeta, e que segundo conta a história fez que seu autor, Kevin Carter, acabasse por se suicidar.
O mito das energias renováveis
Dawn Stover escreveu há alguns dias um artigo no The Bulletin of the Atomic Scientists sumamente realista (alguns dirão também que desmoralizante) sobre os mitos que rondam as assim chamadas energias renováveis; trata-se de um extenso texto muito recomendável que resumo brevemente.
O autor sustenta que desgraçadamente muitos idealizam esta forma de geração energética dando ênfase em que "a energia assim gerada é obtida de coisas que nunca esgotarão" (este é literalmente o modo em que o Ministério de Energia estadunidense a define em um site destinado a informar as crianças), em contraposição aos chamados não renováveis que são obtidos de coisas que se acabarão como o petróleo, carvão, gás natural ou urânio.
Chimp Heaven e santuários onde animais vivem como reis
Há lugares que só parecem existir em um ambiente de ficção científica no qual os animais dominaram a humanidade (como no filme Os Planetas dos Macacos), no entanto, existem locais dedicados a estes animais onde realimente reinam em paz. É o caso, por exemplo, do Chimp Heaven, um refúgio criado por um grupo de primatologistas encravado na Ilha de Ngamba, em Uganda.
Seus residentes são chimpanzés aposentados. Artistas retirados e cobaias que passaram toda sua vida enclausurados em laboratórios, a mercê de toda classe de experimentos médicos, como o ensaio de novos medicamentos. Nesta área de 200 hectares de pastos, bosques e recantos naturais, os chimpanzés vivem como reis e uma equipe de profissionais qualificados devolve-lhes com justiça o que todos lhes devemos.
Um dos maiores mercados de computadores do mundo, logo será um dos líderes na produção de e-lixo
Quanto vale um PC antigo? Como descartar corretamente meu PC velho? Será que vale a pena vendê-lo ou reciclá-lo? Prático e cômodo é jogá-lo direto no lixo. Problema resolvido. Isso é o que milhões de pessoas fazem em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, a cada ano, são jogados fora 206 milhões de produtos de informática e 140 milhões de celulares. O brasileiro também joga computador na lixeira. Na verdade, o Brasil tornou-se um dos maiores mercados de computadores do mundo, e já é o país emergente que mais gera lixo eletrônico per capital a partir de PCs. Como o número de computadores vendidos a cada ano subiu em milhões em um curto período de tempo, esperamos uma enorme quantidade de lixo eletrônico para os próximos anos.
Lugares que podem desaparecer da Terra
Barreira de Corais da Austrália
Nosso mundo está mudando rapidamente. Muitos lugares podem desaparecer da face da Terra. Veremos alguns e as razões. Começando pela Grande Barreira de Corais, na costa nordeste da Austrália. Uma região exuberante, que consiste no maior sistema de recifes de corais do mundo. A mudança climática é a maior ameaça aos corais. Nos últimos anos, a temperatura crescente das águas provocou o branqueamento dos corais e obrigou certas espécies marinhas a deixarem o local. O turismo em massa e à poluição, declinaram a qualidade da água, prejudicando muitas partes do recife.
Triplicar a produção agrícola sem a derrubada de uma única árvore
Os investimentos em tecnologia intensiva e pesquisas estão entre os principais fatores que proporcionaram um enorme avanço na produtividade agrícola do Brasil. Mostrando que a ampliação de áreas agrícolas por meio da derrubada de matas está ficando cada vez menos necessária para o agronegócio brasileiro. A realidade mostra que há algum tempo o setor tem capacidade de superar o rigor da preservação ambiental previsto no atual e no novo Código Florestal com a elevação da produtividade, que já supera 150% em algumas lavouras.
O novo guerreiro do arco-íris leva o selo de sustentabilidade
Restos do Rainbow Warrior
Há quarenta anos, um grupo de ativistas ambientais partiu do Canadá, em uma pequena e velha embarcação pesqueira com planos de bloquear testes nucleares dos Estados Unidos no Ártico. Desde então, os navios têm ajudado a salvar as baleias, a impedir o descarte de lixo radioativo no oceano ou mesmo bloquear remessas de madeira ilegal. A história do maior movimento ambientalista do mundo está ligada ao mar desde suas origens.
A reciclagem de papel é realmente uma atividade ecologicamente correta?
A ideia que geralmente as pessoas tem sobre a reciclagem do papel é a seguinte: vou comprar papel reciclado para que não devastem tantos bosques, e assim contribuirei positivamente com o meio ambiente. Mas isto é verdadeiro? Realmente a reciclagem de papel tem um impacto menor no meio ambiente? A resposta não é tão fácil como parece.
Por exemplo, se o que queremos é salvar árvores, o efeito parece ser o oposto, segundo Joseph Heath, professor da Universidade de Toronto, e outros analistas. Seu razoamento é o seguinte: há tantas vacas no mundo porque a gente come vacas; se a gente deixasse de comer tanta carne, teria menos vacas, não mais. O mesmo pode ser aplicado às árvores.