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Debate científico... mas onde está vendo um debate?

LuisaoCS

Debate científico... mas onde está vendo um debate?

Quando falamos de jornalismo ou de grupos de debate em rádio e televisão, uma das frases que mais me incomodam, e que infelizmente mais costumam usar, justamente os que menos deveriam, é que "existe um intenso debate científico" sobre tal e coisa e coisa e tal...

É curioso, mas a maioria das vezes, esta estúpida frase costuma aparecer em temas sobre as quais, paradoxalmente, existe um maior consenso científico como a evolução, a chegada do homem à Lua ou a origem antrópica da mudança climática.

Com respeito a este último assunto existem uma infinidade de vozes negacionistas que sempre acrescentam alguma pulga atrás da orelha dos mais incautos do tipo "a questão não está tão clara" ou "ainda estão debatendo" ou "os cientistas não entraram em um acordo". Tolices baseadas na mais absoluta ignorância (ou desprezo) da literatura científica recente.

Por isso me encantou encontrar um gráfico realizado por James Lawrence Powell que convido a todos a esfregar pela cara do próximo que vomite alguma das frases anteriores. Atento aos dados que calarão mais de uma boca desbocada:

Dos últimos e mais recentes estudos sobre mudança climática, ao todo 2.258 artigos publicados em respeitadas revistas científicas com revisão por pares, desde novembro de 2012 até dezembro de 2013, e com um total de 9.136 autores diferentes só um nega a origem antropogênico da mudança climática, ou seja 2.258 artigos escritos por 9.136 autores, só um é negacionista.

Ademais para que possa esfregar com propriedade estes dados na cara do negacionista da vez, o autor do gráfico oferece seu espetacular trabalho de compilação por completo, os 2258 artigos, nesta folha de dados.

De modo que, já sabe o que dizer na próxima vez que alguém falar sobre debate científico sobre as causas da mudança climática. Mas de que debate estão falando?


Eu quero dar à luz um golfinho - Um projeto conceitual para os seres humanos gerarem sua própria comida por Ai Hasegawa

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Eu quero dar à luz um golfinho - Um projeto conceitual para os seres humanos gerarem sua própria comida por Ai Hasegawa

A designer japonesa Ai Hasegawa visualizou o projeto mais bizarro e seguramente polêmico dos últimos tempos. Para resolver o problema da fome, a crise de espécies em extinção e nossa avidez para reproduzir-nos, Ai propõe dar a luz golfinhos mediante placentas sintéticas, e depois, se for o caso, consumir sua carne.

O projeto imagina um ponto no futuro no qual os humanos ajudarão às criaturas em perigo de extinção por meio da tecnologia avançada da biologia sintética. Uma "placenta golf-humana" que permite que uma mulher possa dar a luz um golfinho e assim se tornar mãe adotiva de uma espécie em perigo de extinção.

- "Para além disso", aponta em seu site, - "Os gourmets poderão desfrutar do luxo de comer um animal raro feito por seu próprio corpo".


Observando a mudança climática com dados científicos

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O programa de conservação da Biosfera (IGBP), Globaia e a Fundação das Nações Unidas prepararam esta visualização que mostra o estado de saúde de nosso planeta a partir dos dados científicos coletados por sensores, sondas e documentos históricos.

Entre outras coisas podemos ver as estranhas anomalias na temperatura da superfície, a camada de gelo dos pólos, as áreas que serão inundadas, um maior risco de furacões, ciclones e tufões...

Nosso lar é só esta pequena esfera azul em que vivemos e ainda não sabemos sequer como ir a outro, se é que talvez exista um razoavelmente perto.


Antibióticos no meio ambiente poderiam estar criando super-bichos

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Antibióticos no meio ambiente poderiam estar criando super-bichos

Recentemente, a professora de doenças infecciosas Julie Ellis realizou uma pesquisa onde estudou o excremento de centenas de corvos nos Estados Unidos buscando bactérias. O que encontrou foi a evidência de que os animais selvagens estão desenvolvendo uma resistência aos antibióticos. O mais estranho de tudo é como antibióticos receitados a seres humanos e ao gado podem chegar aos intestinos de pássaros selvagens.

- "Nós documentamos a resistência às drogas derivadas de humanos em lugares onde não deveria estar: na vida selvagem e no meio ambiente", comentou Julie para o Environmental Health News. A resistência que encontrou nos corvos foi especificamente à vancomicina, que é usada para tratar um número de doenças entre as quais estão a pneumonia e a meningite humanas.


Empresa britânica converte cinzas dos mortos em discos musicais

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Empresa britânica converte cinzas dos mortos em discos musicais

A empresa britânica And Vinyly descobriu uma fórmula muito particular de criar uma lembrança das pessoas falecidas: usa suas cinzas para produzir discos de vinil personalizados. Para uns, uma lembrança peculiar muito original; para outros, algo macabro.

O produto foi denominado comercialmente como "Rest in vinyl". Um pacote básico que inclui um máximo de 30 discos com as cinzas do morto, custa pouco mais de 6 mil reais, um preço menor que um enterro tradicional no Reino Unido. Também é possível utilizar as cinzas de animais mortos e com a mesma tarifa.


O Pantanal

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Nosso Pantanal, localizado principalmente no interior do Mato Grosso do Sul, é uma das maiores áreas úmidas tropicais do mundo, mas também estende-se em partes da Bolívia e do Paraguai. Ali podemos encontrar vários ecossistemas sub-regionais, cada um com características hidrológicas, geológicas e ecológicas distintas.

Cerca de 80% das planícies do local ficam submersas durante as estações chuvosas, nutrindo uma coleção surpreendente de diversidade biológica de plantas aquáticas e ajudando a sustentar uma densa variedade de espécies animais. Este curta incrível foi realizado durante uma destas estações de inundação pela Amprods.


Aspecto da Antártica sem a camada de gelo

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Aspecto da Antártica sem a camada de gelo

A British Antartic Survey (BAS), o centro do Reino Unido encarregado de realizar pesquisa científicas no continente gelado, recopilou os milhões de medições geofísicas relativas à elevação da superfície e a espessura da camada de gelo que durante anos foram senso realizados pelos satélites ICESat e a missão Operation IceBridge da NASA e criou Bedmap2, o mapa topográfico mais detalhado até agora sobre a Antártica.


Presidente da Nestlé acha que a água não é um direito, deveria ter um valor de mercado e ser privatizada

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Presidente da Nestlé acha que a água não é um direito, deveria ter um valor de mercado e ser privatizada

Na última segunda, vi com certo ceticismo um extrato de vídeo de Peter Brabeck-Letmathe, chefe executivo e ex CEO da Nestlé, onde assegura que o acesso à água não tem por que ser um direito humano, senão, todo o contrário: a água deveria ser tratada como qualquer outro bem alimentício e ter um valor de mercado estabelecido pela lei da oferta e da procura. Só desta maneira, aponta, empreenderíamos ações para limitar o consumo excessivo que acontece na atualidade.

Se a dinâmica econômica de nossa época caracteriza-se por algo, provavelmente seja pela privatização, pela tentativa de conversão de tudo, absolutamente tudo, em uma mercadoria, em um objeto susceptível de ser comprado e vendido, produzido e eliminado, quase sempre por uma minoria que se arroga a propriedade dos meios que fazem possíveis todos estes processos.

Mas para além do sentido estritamente material desta tendência -que, por outra parte, na realidade nunca é "estritamente material"-, surgem atitudes cujo sinal comum é a voracidade, essa ambição desmedida na qual a brecha entre a exploração e obtenção de ganhos econômicos chegou a níveis possivelmente intoleráveis.

Como prova disto temos o depoimento de Peter Brabeck-Letmathe, diretor executivo da Nestlé, uma das maiores empresas de alimentos processados do mundo. Em 2005, como parte do documentário "We Feed The World" (uma exploração do diretor austríaco Erwin Wagenhofer sobre a origem dos alimentos e bebidas que chegam a nossas mesas), Brabeck-Letmathe disse, sem empacho nem reservas, que o acesso à água potável não teria por que ser considerado um direito humano e sim, pelo contrário, que deveria ter um valor que permitisse ser comercializada. Logo depois do salto você pode ver o fragmento do documentário onde o empresário qualifica de extremistas as ONGs que defendem que a água deve ser um direito fundamental do ser humano:


Como um urso em sua cova

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Como um urso em sua cova

O Instituto de Pesquisa de Vida Silvestre Wildlife Research Institute (WRI) está realizando o estudo mais detalhado sobre o urso negro (Ursus americanus). Um ambicioso programa que se centra na melhora da convivência entre pessoas e ursos em um meio cada vez mais urbanizado.

Também é um projeto educativo que proporciona informação a mais de cem milhões de pessoas a cada ano através da televisão, rádio, livros, revistas, exposições em museus e pela internet. Um exemplo desta divulgação são as duas webcam onde é possível ver ao vivo à ursa Lily com seus dois filhotes e a sua irmã menor Jewel também com suas duas crias. Ademais é possível seguir suas andanças no twitter na conta @bearstudy.


Pintura de água revelada com gotas de tinta

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Clément Beauvais, um criador multifacetado usa seus talentos tanto como um artista como diretor para apresentar uma nova original campanha de mídia intitulada Water & Ink para a Solidarités International, uma ONG humanitária dedicada a ajudar vítimas de guerra ou desastres naturais. Para esta campanha específica, criada em colaboração com a agência de publicidade BDDP Unlimited, Beauvais aborda o tema da água contaminada usando apenas água e tinta para visualmente exemplificar a mensagem da campanha: apesar da natureza incolor e insípida da água, é a principal causa de morte silenciosa no mundo devido à inacessibilidade das pessoas à água potável.

O vídeo da campanha começa com um close-up de Beauvais fazendo caminhos invisíveis de água, e uma vez que termina, o artista usa um conta-gotas para pingar gotas de tinta que revelam a pintura de água oculta. A tinta enche a água e se espalha como uma corrente elétrica, girando e ampliando ameaçadoramente. O objetivo metafórico da campanha de vídeo é paralelo à função interpretativa da tinta na pintura, expondo a chamar a atenção para uma ameaça invisível que afeta milhões de pessoas todos os anos em todo o mundo.


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