O Gênesis científico
A versão humorística do Gênesis por Michael Shermer na qual nos dá uma visão aproximada do que ocorre quando se tenta criar um mashup do criacionismo com as descobertas científicas. A verdade é que a história, ainda que uma grande piada, se torna bem mais plausível que a contada pelo velho livro rasgado pela ICAR.
Novo estudo afirma que pessoas inteligentes são menos propensas a crer em Deus
A ideia não é entrar no debate ciência-religião que dura milhares de anos e pelo menos a curto prazo não terá acordos, mas este estudo de psicologia sem dúvidas fará bastante barulho em ambos os lados, já que segundo a análise de Richard Lynn, cientista e professor emérito de psicologia da Universidade de Ulster, as pessoas com um maior quociente intelectual são menos propensas a crer em Deus.
O professor Lynn argumentou sua conclusão com base no decréscimo das crenças religiosas no século XX de forma inversamente proporcional ao aumento da inteligência média, entre outras causas, por uma maior preparação da sociedade em relação à de outras épocas. Também destacou que a diminuição da prática religiosa durante o século passado em 137 nações desenvolvidas esteve diretamente relacionada com o aumento da inteligência média.
Religiosos colocam ateus e violadores no mesmo saco
Pesquisadores das universidades de British Columbia e Oregon publicaram recentemente um estudo no qual asseguram que as pessoas com firmes crenças religiosas tendem a desconfiar dos ateus bem mais que de outros grupos, religiosos e não, como seguidores de outros credos (judeus, muçulmanos, etc.), feministas ou homossexuais. Curiosamente, o único grupo do qual os religiosos desconfiam tanto quanto dos ateus é o dos violadores. Do outro lado, no entanto, os ateus mostram-se bem indiferentes em julgar a confiança sobre pessoas religiosas.
Power Balance a ponto de falir
A não ser que apareça um investidor muito tonto a salvá-los, a empresa responsável pela criação das PowerBalance logo se declararia em falência já que terão que pagar 57 milhões de dólares em indenizações a um grupo de consumidores nos Estados Unidos que processaram à companhia por publicidade enganosa.
A PowerBalance é uma fraude, simples, grosseira, mas uma fraude na qual caíram milhares (milhões?) de patinhos pessoas a base de um efetivo esquema de marketing enganoso pagando a alguns famosos conhecidos por não prezar por seu caráter, especialmente esportistas (como Rubinho), que declaravam supostos benefícios físicos ao usar a pulseirinha de plástico vagabundo. Por 90 reais o holograma milagroso de poliéster prometia um melhor desempenho tanto nos esportes como no dia a dia.
Os três pontos céticos de Russell que poderiam revolucionar a vida humana
Bertrand Russell foi um filósofo, matemático, escritor britânico e, sobretudo, foi um grande cético. Por exemplo, foi o criador da analogia chamada o Bule de Chá de Russell, cuja função é mostrar que a dificuldade de desmentir uma hipótese não torna esta verdadeira, e que não compete a quem duvida desmenti-la, mas quem acredita nela é que deve provar sua veracidade. Outra versão mais atual da mesma é a religião do Monstro de Espagueti Voador.
Por que os crentes não escutam os argumentos que criticam sua crença?
Algumas pessoas esclarecidas creem em coisas raras porque estão treinadas para defender crenças às quais chegaram por razões pouco inteligentes. Mas o seguinte experimento que vou referir trata mais de pessoas normais que professam algum tipo de fé e que não estão especialmente prontas para defendê-la. Então preferem não escutar. Simplesmente não escutam para impedir a entrada em sua mente de pontos de vista que lhes seriam inconvenientes. Algo parecido à reação infantil:
- "Nãnãninãnãná, não estou escutando nada... nãnãninãnãná..."
A experiência foi realizada na década de 60 pelos cientistas cognitivos Timothy Brock e Joe Balloun. A metade dos participantes no experimento eram religiosos, e a outra metade, ateus. Ambos os grupos ouviram uma mensagem gravada que atacava o cristianismo.
A ignorância é a mãe do atrevimento
Apesar de que a Teoria da Evolução de Darwin seja uma das teorias mais sólidas, inteligentes e coerentes da história da ciência, ainda existem alguns coletivos que se negam a aceitá-la como verdadeira, mesmo que de forma parcial, se amparando no criacionismo (os menos lidos) ou no desenho inteligente (os que leram um pouco mais). Este artigo é dedicado para o segundo grupo, pois depois das estupidezes que li hoje mesmo no NDig, suspeito que o pessoal do primeiro requer de uma instrução prévia muito bem elaborada que explique a inexistência de seres míticos como Papai Noel, Boitatá e Seu Sete da Lira, ou simplesmente tenha deixado de escutar os razoamentos externos de seu próprio cérebro.
Um paradoxo de fé
Todas as verdades e dogmas promulgadas pelas religiões, muitas vezes, estão em oposição direta entre si ou, o que pode ser bem mais grave, com o que está escrito em seus próprios textos sagrados. Temos vários exemplos que são muito populares, alguns relacionados com a igreja católica, possivelmente por ser a majoritária. O grande problema é que os religiosos costumam ser evasivos, quando questionados sobre os dogmas que expõem sua fé ao ridículo. Quando não excomungam, citam frases feitas roubadas de algum capítulo da Bíblia, que em geral, não acrescenta nada ao assunto.
Mas hoje queria deixar de lado os dogmas mais populares para resgatar um que me parece especialmente interessante, já que contrapõe conceitos que são primordiais para qualquer crente na fé católica.
Ceticismo? Tudo tem seu momento...
Conta a história que durante o reinado do terror da Revolução Francesa, certa manhã as execuções começaram com três homens: um rabino, um padre católico e um cético racionalista.
O rabino foi o primeiro em subir ao patíbulo. Ali, em frente à guilhotina, perguntaram-lhe se queria dizer suas últimas palavras. E o rabino gritou ao público:
- "Creio no único e verdadeiro Deus, e ele me salvará", após isso, o verdugo colocou-o em posição sob o fio, ajustou a trava sobre seu pescoço e puxou a corda para libertar a lâmina do terrível instrumento. A pesada folha de metal desceu rasgando o ar. Mas então, de maneira abrupta, parou com um "crack" a poucos centímetros do pescoço do condenado. O rabino vendo que continuava vivo exclamou efusivo:
Levanta-te e anda sobre a brasa
O truque de caminhar com os pés nus sobre um manto de brasas ardentes é mais velho que andar para a frente, inclusive houve época que era desafio de crianças arteiras em festas juninas. Com o tempo, algum tonto decidiu que deveria se transformar em uma demonstração de fé e pronto! Foi o bastante para seguir maravilhando crédulos ao longo e ao largo do mundo
Ainda que o carvão ardente atinja uma temperatura de superfície próxima aos 500 ºC, a condutividade térmica do carvão é muito baixa, o que evita que transfira muita temperatura aos pés. De modo que basta com caminhar com decisão para não se queimar. No entanto, há um limite: o leito de brasas não pode ter uma extensão maior que cinco metros.