O cão converteu-se no melhor amigo do homem por causa da alimentação
Depois de comparar o genoma dos cães domésticos com o dos lobos, de quem é provável que se separaram evolutivamente há mais ou menos uns 10.000 anos em algum lugar da Ásia, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Uppsala (Suécia) descobriu que a domesticação do cão só foi possível devido a uma evolução de seu aparelho digestivo que lhe permitiu ingerir uma dieta rica em amido, mais parecida à dos seres humanos.
Segundo o estudo publicado pela revista Nature, os pesquisadores analisaram sequências do genoma que mostram claro diferenciação entre ambos animais, e chegaram à conclusão de que os cães evoluíram para adaptar seu sistema digestivo a uma dieta rica em amido -o carboidrato mais importante da alimentação humana-, que o intestino canino é capaz de fragmentar em açúcares que circulam por seu sangue.
- "O gene da amilase, a primeira enzima que intervém na digestão do amido, tem muitas mais cópias nos cães que nos lobos", explica Erik Axelsson, coautor do trabalho. - "Isto foi crucial para que os primeiros cães subsistissem a base de vegetais e cereais", acrescenta. De acordo com os cientistas, os resultados mostram que a domesticação canina estaria ligada com o desenvolvimento da agricultura, e que foi nos primeiros assentamentos humanos onde apareceram também os cães.
Além da adaptação no sistema digestivo, os cientistas acharam diferenças em genes que afetam o desenvolvimento do cérebro do cão, e que poderiam explicar por que o comportamento do melhor amigo do homem é tão diferente ao de seus parentes mais próximos, os lobos selvagens.
- "Para adaptar uma vida próxima do ser humano, para estes animais foram tão importantes as mudanças na dieta quanto as mudanças no comportamento", sublinha Axelsson.
Via | Science Now.
Ser monógamo e fiel tem vantagens biológicas
Os macacos-da-noite (Aotus) que possuem um casal estável e são fiéis ao parceiro se reproduzem mais do que os que têm múltiplos casais, segundo um estudo da Universidade de Pensilvânia (EUA), publicado na revista Plos One. O trabalho revela como a monogamia e o emparelhamento, relativamente raros entre mamíferos, podem beneficiar centenas de indivíduos. E poderia ajudar a entender como evoluíram os padrões de relações nos seres humanos, tal e qual assinalam o antropólogo Eduardo Fernández-Duque e seus colegas, que desde 1997 monitoram uma população destes macaquinhos na região do Chaco na Argentina.
Suas observações a respeito do comportamento, a demografia e a fisiologia de 18 grupos de macacos-da-noite (154 animais ao todo) durante 16 anos, mostra que habitualmente estes primatas vivem em grupos monogâmicos que consistem em um macho adulto, uma fêmea adulta e sua descendência. Os jovens dispersam-se do grupo familiar ao redor dos 3 ou 4 anos.
Em 2008, Fernández-Duque e seus colegas publicaram um artigo que informava, pela primeira vez, a presença de um Ricardão, que atacou o macho de um casal e, essencialmente, o substituiu como parceiro e provedor de cuidados infantis. Depois de quase 30 casos documentados a equipe agora demonstrou que esta usurpação de seus colegas é um fato meio comum. As substituições com frequência acontecem com brigas dramáticas, que costumam acabar mal -inclusive fatal- quase sempre para o "expulsado". E segundo revela a pesquisa, ter um parceiro ou um colega expulso prejudica o sucesso reprodutivo do casal que fica.
- "O que concluímos é que os arranjos para permanecer com o mesmo casal em longo prazo pode produzir mais descendência do que quem se vê obrigado a mudar de casal", expõe Fernández-Duque. - "A monogamia faz sentido para estes primatas, porque nos casais fiéis os machos estão seguros de sua paternidade e investem em cuidar das crianças", acrescenta.
Segundo o pesquisador, existe verdadeiro consenso entre os antropólogos a respeito de que a formação de casais devem ter tido um papel importante na origem das sociedades humanas.
- "Podem chamar de amor, amizade ou casamento; mas há algo em nossa biologia que conduz a este vínculo emocional duradouro entre duas pessoas e que está muito estendido entre as sociedades humanas".
Via | NBC News.
Por que o queijo é um alimento viciante?
Um dos alimentos qualificados como um dos "mais desejados" é o queijo, sobretudo em Minas. E não importa se é queijo mineiro, frescal, suíço, provolone, roquefort, brie, cheddar, gruyere, parmesão ou gorgonzola; colocou um queijo na mesa tem que distribuir irmanamente para todo mundo presente, discussão por causa de queijo por lá pode acabar em morte.
Grande parte de seu atrativo, segundo os especialistas, deve-se a que contém casomorfina, uma substância estruturalmente parecida às endorfinas, presente também no leite materno, e que gera uma agradável sensação de bem-estar.
Seu efeito viciante, ainda que potente, é dez vezes inferior ao de sua irmã maior, a morfina.
Só por hoje, procurarei viver este dia apenas, sem colocar um só naco de queijo na boca... só por hoje, uai!
Via | Health Kismet Blog.
Por que mostramos a ponta da língua quando estamos muito concentrados?
Quase todos já observamos alguma vez nossa tendência de colocar a ponta da língua para fora quando estamos totalmente imersos em uma tarefa. Há várias hipóteses que tratam de explicar este gesto inconsciente. Desmond Morris, famoso zoólogo e etólogo inglês, defende que se trata de um gesto hereditário e universal que informa aos demais de que alguém está concentrado. Segundo esta ideia, mostrar a ponta da língua significaria:
- "Sai fora. Não enche o saco que estou muito ocupado".
Outros especialistas, no entanto, sugerem que mostrando a língua e deixando a quietinha entre os lábios conseguimos eliminar o número de estímulos que chegam ao cérebro, deixando mais neurônios disponíveis para executar corretamente outras atividades que requeiram toda nossa atenção.
Via | The Naked Ape.
Será que a solidão predispõe a doença?
Uma nova pesquisa vincula a solidão a problemas na resposta do sistema imunológico. Entre outras coisas, as pessoas que vivem na solidão mostram níveis muito elevados de proteínas relacionadas com a inflamação, indicadoras de doenças crônicas como patologias coronárias, diabete tipo 2, artrite ou doença de Alzheimer. Ademais, aqueles que passam a maior parte de sua vida sem companhia mostram maior reativação do vírus herpes latente, que está associado com o estresse, o que indica que o sistema imunológico das pessoas solitárias tem menos defesas às agressões externas e das situações de estresse crônico.
A metade das pessoas infectadas pelo vírus da herpes nunca manifestam a doença, mas o vírus se mantém "adormecido" dentro do corpo e pode reativar a qualquer momento.
- "Este tipo de pesquisa é importante porque permite entender de que maneira a solidão e as relações humanas afetam à saúde, e combatê-la, se possível", esclarece Lisa Jaremka, pesquisadora do Instituto de Medicina do Comportamento da Universidade Estatal de Ohio (EUA) e co-autora do trabalho.
Via | Eureka Alert.
Dieta e exercício não funcionam? Descubra outros segredos para perder peso
Se está fazendo dieta e seguiu as recomendações de praticar exercícios, mas inclusive assim não conseguiu eliminar esses quilos que enchem o pneuzinho, talvez seja necessário algo a mais para conseguir seu objetivo: dormir bem e dar um tempo nas bebidas alcoólicas.
O problema é que muitas pessoas não levam em consideração o valor calórico das bebidas enganando-se só porque é algo que não precisam mastigar. Mas vale a pena lembrar que cada grama de álcool tem 7 calorias, bem mais que o carboidrato e a proteína que fornecem 4 calorias por grama. Só para que se tenha uma idéia, cada tulipa de chopp contém 130 calorias, o mesmo valor de um pãozinho francês. Agora imagine só a quantidade de pães que você consome na balada ou no happy hour com os amigos. Vai gostar de pão assim lá longe. Veja abaixo as calorias de algumas bebidas:
Com quantas elásticos é possível manter um carro no ar pendurado por um guindaste?
A resposta é que basta umas 180, tal e qual demonstram empiricamente Vsauce e os garotos de Fast, Furious and Funny em um vídeo ao estilo Caçadores de mitos. O carro em questão é um pequeno Nissan Micra que pesa em torno de 900 kg; uma barra metálica cruza a carroceria de lado a lado pelas janelas para usá-lo como ponto de equilíbrio. O elásticos (de 8 cm de circunferência e 8 mm de largura) são normais e correntes e vão atados a outra barra conectada a grua de 30 toneladas que eleva o carro.
Como é possível ver com 90 elásticos de cada lado, o carro se mantém no ar não sem certa dificuldade. Isso corresponde a dizer que cada elástico aguenta uns 5 ou 6 quilos de peso, mais ou menos, como já haviam calculado de antemão.
Identificados os genes da liderança
Uma equipe internacional de cientistas britânicos e estadunidenses descobriu uma sequência de DNA que está associado com a tendência de uma pessoa a ocupar uma posição de liderança, seja como um administrador em postos de responsabilidade de uma empresa, dirigente no esporte ou uma referência no terreno político. O estudo, publicado na revista Leadership Quarterly, sugere que possuir estirpe de líder seria um traço hereditário de pais para filhos.
O novo genótipo, identificado a partir da análise de amostras de DNA de 4.000 voluntários, chama-se rs4950. E ainda que não restam dúvidas de que para ser cabeça em qualquer aspecto da vida influem muito certas habilidades adquiridas, estimam que esta sequência genética seria responsável aproximadamente por até 1/4 da variação individual observada na tendência dos indivíduos a dirigir ou supervisionar um grupo de pessoas.
Jan-Emmanuel de Neve, pesquisador da University College Londone autor do trabalho, sugere que a partir dos resultados se propõem algumas questões éticas, como se "usar teste genéticos para escolher líderes poderia constituir um novo tipo de discriminação genética no mercado trabalhista".
Via | Daily Mail.
Os críticos contumazes são infelizes
O que diz a respeito dos demais também fala de ti. Uma pesquisa coordenada pela Universidade Wake Forest (EUA) demonstrou que ver com bons olhos aos demais é um indicador de que pode se considerar feliz, entusiasta, nobre e emocionalmente estável. No entanto, se é do tipo que costuma criticar e julgar a todos de forma negativa, é provável que viva a contragosto.
"Uma percepção positiva do restante das pessoas indica satisfação com nossa própria vida", sugere Dustin Wood, psicólogo e autor do estudo, publicado na revista Journal of Personality and Social Psychology. Pelo contrário, aqueles que percebem negativamente o resto de pessoas com as quais se relacionam, costumam ser narcisistas, infelizes, com tendência à depressão, neuróticos, anti-sociais e afetados por outros transtornos da personalidade.
A partir desses resultados, os pesquisadores sugerem que quando fazemos com que um indivíduo valorize seus colegas de trabalho ou seus conhecidos, obtemos abundante informação não só da pessoa avaliada, senão também (e sobretudo) do avaliador e de sua situação emocional.
Via | Science Daily.
Confiamos mais nas pessoas com olhos castanhos
Por que algumas pessoas, inclusive sem conhecê-las, nos inspiram mais confiança que outras? Esta é a pergunta que uma equipe de pesquisadores da Universidade Charles de Praga tentou resolver. Os resultados da análise mostram que a cor dos olhos e a forma do rosto são importantes em nossa percepção de confiança.
Os cientistas recrutaram mais de 200 voluntários aos quais mostraram retratos de 80 homens e mulheres europeus. Os participantes deviam atribuir a cada retrato uma pontuação de 1 a 10 segundo o grau de confiança que lhes inspirava. Os resultados, publicados na revistaPlos One, revelaram que, tanto para homens como para mulheres, os olhos castanhos inspiram mais confiança que os azuis. Ademais, os homens com caras arredondadas, queixo duplo e boca grande também eram uma fonte de confiabilidade. Por outro lado, em geral os rostos de mulheres transmitiam mais confiança aos participantes.
Os pesquisadores descobriram também que, no geral, as pessoas de olhos escuros têm o rosto mais largo, e sugerem que seja precisamente a forma da face o traço que determina a confiança transmitida por alguém. Outros estudos análogos observaram que os rostos arredondados, com sobrancelhas mais juntas e olhos grandes, parecidos aos de um bebê, inspiram mais confiança que as faces angulares de olhos pequenos.
O seguinte passo será repetir a pesquisa com outros grupos étnicos para ver se esta é uma tendência universal ou varia em função da raça ou região de procedência.
Via | Wired.