Pensar em dinheiro poderia provocar pensamentos imorais
Um novo estudo sugere que o simples fato de pensar em dinheiro faz com que nos comportemos de maneira imoral, no sentido em que mentir ou enganar os demais é visto como um ingrediente necessário na tarefa de produzir mais dinheiro. Pesquisadores da Universidade de Harvard e da Universidade David Eccles School of Bussiness de Utah publicaram esta descoberta no mês passado, onde afirmam que mesmo que nossas intenções sejam boas, inclusive se pensamos que podemos distinguir o bem do mal, poderiam existir fatores que influem em nossas decisões e comportamentos dos quais não somos conscientes.
O estudo foi baseado em pedir a um grupo de estudantes de administração que fizessem orações a partir de palavras relacionadas com o dinheiro, antes de responder a diversas perguntas e participar de diferentes jogos. As frases iam das neutras "Ela pisou na grama" a outras que explicitamente se referiam a fatores econômicos, como "Ela gastou muito dinheiro".
Segundo os pesquisadores, aqueles estudantes que estiveram mais expostos às frases de conteúdo econômico e financeiro mentiram mais nas atividades subsequentes. Ainda que seja difícil argumentar racional e simplesmente que pensar no dinheiro nos faz más pessoas -inclusive definir o que "má pessoa" significa em todos os contextos-, podemos pensar que efetivamente as decisões relativas ao dinheiro nos fazem razoar de maneira mais eficiente, subordinando a moralidade à obtenção de capital econômico.
Via | Disinfo.
Comer em um prato vermelho aumenta a saciedade
Um estudo levado a cabo por cientistas da Universidade de Oxford, Inglaterra, revelou uma série de truques psicológicos que tem a mente humana no momento de realizar uma das ações mais importantes para a sobrevivência: comer.
Assim, se valendo de uma série de experimentos, os pesquisadores informam que servir a comida em pratos vermelhos ou/e menores faz com que o comensal se sinta saciado com menos comida do que a servida em um recepiente de outra cor ou/e maior.
Também concluiram que comer iogurte com colher plástica faz com que este pareça ter melhor qualidade, e que utilizar uma faca para se alimentar aumenta o sabor salgado dos alimentos, algo muito útil para -por exemplo- os que sofrem de hipertensão.
A pesqusa, publicada no jornal Appetite, se destaca dentro do estudo dos vínculos emocionais com a comida, os quais passam a ser muito importantes se considerarmos que por estes uma pessoa poderia chegar a desenvolver transtornos como anorexia ou bulimia.
Flor-de-papagaio, a flor com forma de pássaro
A flor-de-papagaio (Impatiens psittacina) é uma das espécies botânicas mais estranhas que existem. Esta flor, originária do norte da Tailândia, é prima de flores muito conhecidas no Brasil como o beijinho e a maria-sem-vergonha, que por sinal crescem espontaneamente no Brasil, mas são originárias da África.
A raridade da espécie incrementa-se porque, além das restrições impostas pelo governo tailandês sobre seu tráfico, o formato de suas pétalas tem a aparência de um mini papagaio ou periquito voando. Na verdade, uma das pétalas tem o formato de uma plataforma para o pouso de insetos que são direcionados ao interior da flor para coletar grãos de pólen e levá-los a outras flores para a sua fecundação e mais tarde frutificação.
Artista controla água e sons através de ondas cerebrais
Mediante um sensor que transmite suas próprias ondas cerebrais, a artista coreana Lisa Park realizou uma demonstração controlando e movendo água através das ordens enviadas diretamente de sua mente.
O sistema baseado em um auricular EEG (Eletroencefalografia) foi desenhado para rastrear as diferentes freqüências de atividade cerebral, delta, teta, alfa e beta, bem como também os movimentos oculares. Estes dados são convertidos em ondas sonoras e transmitidos através de cinco altofalantes que atuam como suporte dos recipientes de água mostrados no vídeo.
Dorme dorme, dormideira, que amanhã é...
Para quem mora na área rural é uma bobagem, mas quem é do asfalto fica encantado ao se deparar com uma plantinha que tem vários nomes segundo a região: dormideira (Mimosa pudica), sensitiva, dorme-dorme, não-me-toque, envergonhada, etc. Este pequeno arbusto perene da América tropical, pertence à família das ervilhas e tem movimentos rápidos muito característicos.
Ainda que seja originária da América, hoje pode ser encontrada em várias zonas do planeta como invasora. Seus diversos nomes são referências à forma como os folíolos das folhas se juntam quando ela é tocada ou exposta ao calor, em um movimento conhecido como sismonastia.
Este movimento ou sensibilidade é explicado como uma defesa da planta em relação ao calor muito forte ou a sues predadores, pois, ao que parece, os herbívoros não gostam muito de comê-la enquanto se mantém dobrada.
Como boa Fabaceae, fixa muito bem o
nitrogênio atmosférico ao solo, melhorando sua qualidade para outras plantas.
...sexta feira!
Uma foto que evidencia um engarrafamento na escalada do Everest
Em maio de 2012, o montanhista alemão Ralf Dujmovits abortou sua tentativa de escalar o Everest sem oxigênio. Durante a descida encontrou com uma enorme fila de excursionistas -90% deles não profissionais- que subiam caminho ao cume (foto acima). Entre 600 e 700 pessoas se acotovelam a cada semana do mês de maio no Everest, depois de pagar entre 80 e 350 mil reais para que uma equipe de Xerpas lhes leve em caravanas até a cimeira.
Desde que Edmund Hillary conquistou o cume da montanha mais alta do mundo em 1953, 5.644 pessoas atingiram o topo e 210 morreram na tentativa, segundo os dados recopilados pelo montanhista polonês Eberhard Jurgalski.
O número de tentativas multiplicou-se desde as 100 ascensões diárias na década dos 90 às 500 em média que acontecem desde 2005. Ademais, a maioria concentra-se quando chega o bom tempo -em torno de maio- de maneira que chegam os temidos engarrafamentos. No dia que Dujmovits fez a famosa foto, 234 montanhistas atingiram o cume.
Dois truques psicológicos para que outras pessoas concedam o favor que busca
A mente admite ser metaforizada como um teatro, um cenário no qual acontecem as personagens e os atos, "um conto narrado por um idiota, cheio de ruído e fúria", um espaço, em suma, cuja presença é gerada apenas através da existência cotidiana. Assim como a peça teatral é escrita e modificada, improvisada e renovada em cada interpretação, não seria possível atribuir outro tanto à mente?
Em psicologia existem um par de técnicas para pedir um favor, que foi amplamente estudadas, as quais diferem no tipo de favor que se busca obter: um grande ou um pequeno.
Já podemos ficar invisíveis?
Um físico da Universidade de Rochester (Estados Unidos), John Howell, e seu filho de 14 anos, Benjamin, criaram uma capa de invisibilidade que é capaz de ocultar objetos grandes em todo tipo de espectro óptico. O sistema é formado por três dispositivos. O primeiro, a base de plexiglás e cubos de água em forma de L. O segundo utiliza quatro lentes para conseguir um camuflagem óptica, e o último emprega um conjunto de espelhos, utilizado pelos mágicos em seus truques.
Por que o caminho de volta parece mais curto que o caminho de ida?
Quem nunca notou que o caminho de volta costuma parecer mais curto que o de ida? Segundo demonstrou Niels van de Ven, psicólogo da Universidade de Tilburg (Holanda), trata-se de uma ilusão originada por nossas expectativas que acontece tanto quando percorremos um trajeto a pé quanto se viajamos de carro ou avião.
Concretamente, quando iniciamos uma viagem temos uma atitude otimista de chegar ao local que faz com que nos resulte mais longo que o previsto. Ao voltar para casa, pelo contrário, costumamos pensar que o trajeto se prolongará mais e, de novo, nos equivocamos.
Em um estudo publicado na revista Psychonomic Bulletin and Review, Niels van de Ven e seus colegas estimaram que no trajeto de regresso percebemos que o caminho é entre 17% e 22% mais curto que durante a ida, independente de se seguimos ou não a mesma rota. Este fenômeno explica por que quando em 1969 o astronauta Alan Bean foi e voltou da Lua a bordo da Apollo 12 da NASA afirmou que a viagem de volta à Terra tinha parecido bem mais breve.
Via | NPR.
A moral humana pode ser rastreada evolutivamente? (Sobre o humanismo nos primatas)
A moral humana não deveria buscar nos legados religiosos nem filosóficos das culturas antigas: segundo o primatologista Frans de Waal e seu novo livro, "O bonobo e o ateu", a moral como diretora do comportamento social está muito presente nos primatas, que tomam decisões sobre hierarquias e comportamentos para assegurar a sobrevivência da ordem da comunidade, e não a uma imposição divina ou filosófica.
Segundo Frans, a reciprocidade, a justiça, a empatia e a compaixão são comportamentos presentes nos símios, segundo dois tipos de moral: a que é "um para um" (como um indivíduo espera ser tratado segundo seu grau hierárquico; uma classe de consciência dos próprios direitos na ordem social), e o de "preocupação social", que tem a ver com o sentido de harmonia da comunidade ou grupo.