Arquivo do mês de abril 2022

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Este é o animal mais longo do mundo e contém um interessante inseticida

LuisaoCS

Este é o animal mais longo do mundo e contém um interessante inseticida

Com comprimentos que atingem até 55 metros, os vermes cordão de bota (Lineus longissimus) fazem parte de um grupo de nemertinos marinhos com uma química pouco conhecida. Segundo um pesquisador da Universidade de Queensland, Johan Rosengren, uma família de potentes neurotoxinas protéicas está presente nesses vermes e que poderiam ter uma ampla faixa de aplicações comerciais. Seu estudo foi publicado na Scientific Reports.

A toxina da "minhoca" cordão de bota, conhecida como nemertida alfa-1, foi identificada nas grandes quantidades de moco espesso produzido pelo verme quando é fustigado. Segundo Rosengren, as proteínas de caracóis marinhos, serpentes, aranhas e o veneno de escorpião são utilizados como fármacos, ferramentas farmacológicas e dentro da biotecnologia e agricultura.

No entanto, a mais potente das novas toxinas identificadas produz efeitos em invertebrados similares à tetrodotoxina, uma conhecida toxina proveniente do baiacu que causa paralisia. Isto o converte em uma toxina inseticida potencialmente ideal.

Resta muito trabalho para caracterizar completamente estes peptídeos, mas os estudiosos esperam averiguar se poderão utilizar as moléculas de defesa dos vermes cordão de bota para controlar as pragas de insetos que destroem os cultivos e propagam doenças.


Como os caracóis obtêm suas conchas?

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Todos os moluscos constroem suas próprias conchas, quer vivam na água ou na terra. Criaturas como caracóis, mariscos, ostras e mexilhões usam um órgão chamado manto para secretar camadas de carbonato de cálcio, que cristalizam e endurecem.

Os moluscos têm uma inclinação física para a direita, assim como a maioria dos humanos é destra, e isso faz com que suas conchas espiralem no sentido horário. Mas mutações muito raras podem produzir moluscos "canhotos", cujas conchas espiralam no sentido anti-horário.

Os moluscos permanecem nas mesmas conchas por toda a vida e nunca param de aumentar, embora acrescentem cada vez menos à medida que envelhecem. É como se cada concha fosse a autobiografia de um caracol e não existe uma igual a outra na natureza.


Por que tão poucas flores e frutas são azuis?

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Na verdade, não há pigmento azul verdadeiro na natureza. Um pigmento cria cor absorvendo certos comprimentos de onda de luz e refletindo outros. A clorofila, por exemplo, faz com que as plantas pareçam verdes, o caroteno as faz parecer vermelhas ou laranjas e a xantofila as faz parecer amarelas.

As plantas fazem frutas e flores parecerem azuis mudando os níveis de acidez, adicionando moléculas ou misturando pigmentos. Mesmo assim, é raro ver uma planta azul sem tonalidade avermelhada: um mirtilo é levemente roxo.

Então, por que as plantas ficam azuis? Pela maior probabilidade de atrair polinizadores específicos. O azul é altamente visível para as abelhas.


Como um nautilus é diferente de uma lula?

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Os nautilus são criaturas incríveis. Eles sobreviveram a cinco extinções em massa e podem aprender e lembrar, como demonstrado em experimentos de labirinto. Eles também são cefalópodes, mas fazem muitas coisas de maneira diferente dos polvos, lulas e chocos.

Neste vídeo do Museu Americano de História Natural, o curador e paleontólogo Neil Landman lista sete maneiras pelas quais esses cefalópodes são únicos entre seus vizinhos evolutivos. Além disso, damos uma boa olhada em seus cirros semelhantes a tentáculos e dentro de suas conchas.


A pobreza pode determinar a capacidade cognitiva de uma pessoa?

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A pobreza pode determinar a capacidade cognitiva de uma pessoa?

O cérebro humano não aparece de uma vez no panorama fetal, senão que suas estruturas se incorporam pouco a pouco umas a outras em um processo que começa no ventre e continua até a primeira parte da idade adulta. Mas tivemos que aguardar até os anos 90 do século passado para que começassem a pesquisar os efeitos de certas drogas e comportamentos sociais (como a violência intra-familiar ou o abuso sexual) no desenvolvimento do córtex cerebral.

Uma pesquisa de Pat Levitt, neurologista pediátrico do Hospital Infantil de Los Angeles, passou 20 anos estudando condições de crescimento fetal extremo, como uso de crack e pobreza em zonas urbanas marginalizadas. Foi um dos especialistas que entrou em polêmicas ao dizer que na realidade os bebês são mais fortes do que se pensava, pois podem atravessar o período de gravidez sem graves consequências apesar dos hábitos da mãe.


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