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Casualidade versus causalidade - Ou porque as fraudes pseudocientíficas parecem funcionar

LuisaoCS

Casualidade versus causalidade - Ou porque as fraudes pseudocientíficas parecem funcionar

É bastante habitual que os crentes nas mais diversas fraudes pseudocientíficas, como curas milagrosas e pseudo-medicamentos holísticos, apresentem como provas irrefutáveis de sua particular verdade a existência de casos nos quais um indivíduo depois de rezar, tomar água (ou qualquer outra substância) benta, ter limpado o karma, feito um descarrego ou alinhado os chacras adequadamente, se curou de uma doença mais ou menos grave. Mas este tipo de curas são provas válidas que demonstram a eficácia do milagroso tratamento?

Em primeiro lugar o que estas pessoas costumam esquecer é que ainda que apresentem como prova o caso de um ou vários indivíduos curados com o mencionado "tratamento", há que se levar em conta o conjunto dos indivíduos que fizeram uso do mesmo para tentar curar suas afecções. Assim é muito normal que em um determinado momento uma quantidade enorme de pessoas (milhares ou milhões) estejam fazendo algo inútil como por exemplo rezando ou tomando bolinhas de sacarose -em forma de medicamento homeopático- para curar uma doença. Motivo pelo qual para estudar adequadamente o problema é necessário ter uma simples noção básica: compreender o conceito de probabilidade e entender a diferença existente entre casualidade e a causalidade.


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