Arquivo do mês de agosto 2017
Doses elevadas de suplementos de vitamina B relacionadas ao risco de câncer de pulmão
A suplementação com vitamina B6 e B12 a longo prazo, em altas doses, pode aumentar o risco de câncer de pulmão em fumantes do sexo masculino, sugerem novas pesquisas da Universidade Estadual de Ohio. Você pode estar pensando: outro dia, outro item adicionado à lista de possíveis agentes cancerígenos. Mas qualquer informação adicionada às resmas de pesquisas sobre este flagelo global vale a pena, ainda que complicada e às vezes contraditória.
O câncer de pulmão, em particular, é a principal causa de morte por câncer nos EUA. Muitos destes são o resultado do tabagismo, o que significa que qualquer coisa para aumentar esse risc, como tomar altas doses de suplementação de B6 e B12, deve ser avaliada e diminuída.
Isso não significa que os suplementos B sejam ruins, apenas para um certo grupo de homens as doses elevadas podem ser perigosas. Para o estudo, publicado no Journal of Clinical Oncology, a equipe analisou dados de mais de 77.000 adultos que participaram do estudo. Todos tinham entre 50 e 76 anos, e recrutados entre os anos 2000 e 2002.
É importante notar que estudos anteriores encontraram resultados conflitantes. Um desses estudos descobriu que a vitamina B6 reduzia o risco de câncer de pulmão, enquanto que outro indicou que a B12 não tinha influência alguma. Esta discrepância pode ser devido a vários fatores, como a forma como as vitaminas foram medidas ou, possivelmente, porque o câncer de pulmão aumenta essas vitaminas nos pacientes.
A maneira mais eficaz de reduzir o risco de câncer de pulmão é, então, parar de fumar. Está ligado entre 80 a 90% dos casos de câncer de pulmão, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
Via | IFLScience.
As pessoas muito religiosas são menos analíticas, segundo estudo
Um estudo recente no campo da religião, feito pela Universidade Case Western Reserve, chegou a conclusão que as pessoas muito religiosas costumam ser menos inteligentes. Cabe ressaltar que o resultado desta análise pode ser aplicada tanto para os muito religiosos como para os ateus militantes, já que muito deles professam o ateísmo como se fosse uma religião extremista.
Em ambos os grupos, habilidades de raciocínio crítico superiores foram associadas com níveis mais baixos de dogmatismo. Mas esses dois grupos divergem em como a preocupação moral influencia seu pensamento dogmático.
Isso sugere que os religiosos podem se apegar a certas crenças, especialmente aquelas que parecem estar em desacordo com o raciocínio analítico, porque essas crenças ressoam com seus sentimentos morais.
Os voluntários da pesquisa foram analisados com ressonância magnética a partir de estímulos com perguntas ou informação diversa. Fizeram parte deste estudo 209 cristãos, 152 pessoas não religiosas, 9 judeus, 5 budistas, 4 indianos, 1 muçulmano e 24 de outras religiões.
Segundo os pesquisadores as pessoas poderiam ser divididas em 2 tipos: emocionais e analíticas. As radicais religiosas (ou os ateus) são pessoas que se relacionam mais com o tipo emocional. Por sua vez, as pessoas menos radicais no religioso são mais analíticas.
Segundo Anthony Jack, pesquisador deste estudo, a ressonância emocional ajuda as pessoas muito religiosas a sentirem-se mais convencidas. Quanto mais corretas moralmente são as coisas que vêem, mais se afiançam de seu pensamento.
As diferenças na visão de mundo do dogmatismo religioso versus o não-religioso influenciam muito, já que o dogmatismo aplica-se a qualquer crença central, desde hábitos alimentares --seja de um vegano, vegetariano ou onívoro- até opiniões políticas e crenças sobre evolução e mudanças climáticas.
Os terroristas, por exemplo dentro de sua bolha, acham que o que fazem é moralmente correto. Acham que estão combatendo algo de errado e projetando uma ação sagrada. O mesmo vale para os correligionários de políticos que não conseguem enxergar o que seus corruptos de estimação fazem, por mais claro e evidente que isto seja.
Junte-se aí o tema das notícias falsas, por meio da ressonância emocional, que apela aos membros de sua base a ignorar os fatos reais e basear sua crença nas Fake News.
Os autores esperam que esta e outras pesquisas ajudem a melhorar a divisão em opiniões que parecem cada vez mais prevalecentes.
Via | Science Daily.