Arquivo do mês de outubro 2016
Como foi feito o ciberataque da última sexta-feira que derrubou um monte de sites?
O ciberataque desta sexta-feira, 21 de outubro, foi um dos maiores da história e abre a porta a uma nova era da guerra cibernética. Antigamente os hackers serviam-se de computadores pessoais para injetar código malicioso (malware), mas agora estão utilizado a chamada "Internet das coisas", aparelhos eletrodomésticos e demais, que não costumam ter antivírus. Já que a cada vez teremos mais destes aparelhos inteligentes que são conectados à Rede, e isto seguramente criará uma faixa de oportunidade para criminosos digitais.
O ataque foi realizado utilizando um exército de zumbis, todos estes aparelhos que jazem como em estado coma e que podem ser animados. Para efetuar um DDoS desta magnitude, os criminosos cibernéticos primeiro milhares ou dezenas de milhares de equipamentos informáticos e instalaram um malware que, literalmente, ficou dormindo esperando instruções para começar a funcionar. Esta tarefa é complicada e lenta, já que há que infectar equipamentos pouco a pouco com um vírus bem desenhado para que fiquem latentes sem que sejam identificados.
Trabalhar a mais de 100 metros de altura em torres de ultra-alta tensão de 1.000 kV
As torres são muito altas. Começaram com torres de 70 metros para as linhas de transmissão de 500 kV. Agora foram crescendo até os 138 metros de altura. Sua própria altura já supõe um desafio físico direto para os técnicos de campo. São tão quentes que as mãos nuas se queimam quando tocam à torre. Uma pisada em falso em um degrau de uma torre poderia levar a um óbito irreversível, resultado da queda de grande altura.
Sem dúvida deve ser um trabalho interessante, apaixonante e estressante: técnico de campo escalando torres e trabalhando em linhas vivas de 1.000 kV, que superam às de 700 kV que eram até pouco tempo as maiores do mundo, muitas com mais de 100 metros de altura.
Se um arco dessa voltagem atingisse uma pessoa, ela simplesmente desapareceria. Mas alguém tem que fazer o trabalho de manutenção, certo?
Há também a possibilidade de que estes trabalhos sejam, literalmente, broxantes. Ainda que correlação não implique necessariamente causalidade, há relações reais de técnicos de manutenção de alta tensão com disfunção erétil.