Arquivo do mês de julho 2016
Cientistas descobrem que “leite de barata” é altamente nutritivo
Em anos recentes descobriu-se que os insetos têm um alto valor proteínico, que, no entanto, não os tornou o suficientemente populares na dieta da humanidade, salvo algumas escassas culturas (como a chinesa, por exemplo), em boa medida porque por causa de seu aspecto ou seu habitat, usualmente associado com coisas desagradáveis. Contudo, certas pesquisas recentes mostraram que diversos vermes ou coleópteros bem pode ser equiparados a uma boa bisteca ou uma pedaço de frango quanto ao valor alimentício e, em contraste, com um impacto ambiental de produção muito menor.
Em relação a isto, faz alguns dias um grupo de cientistas publicou uma pesquisa realizada sobre uma espécie de barata, a Diploptera punctata, que segrega um líquido com o qual alimenta suas crias e que segundo as análises é três vezes mais nutritivo que o leite de búfalo, que foi tomado como referência por causa de seu maior conteúdo calórico e proteínico.
Além desta descoberta, os pesquisadores do Instituto de Biologia de Células Mãe e Medicina Regenerativa (com sede na Índia) ficaram espantados também pelo fato de que esta espécie de barata produza essa substância, pois em geral os insetos não costumam alimentar suas crias dessa maneira.
Em particular, esse "leite" distingue-se por ser conformado de cristais, que, por sua vez, contêm proteínas, gorduras e açúcares em altas concentrações. Suas proteínas ademais são integradas por sequências de todos os aminoácidos básicos, segundo declarou Sanchari Banerjee, líder do estudo.
Com esta descoberta, é possível que no futuro próximo alguém produza um leite de barata similar que possa suprir as necessidades alimentares do gênero humano?
Via | India Times.
O segredo de Carl Sagan como divulgador científico
Além de meus pais e alguns amigos, são poucas a pessoas pelas quais guardo admiração de ídolo. Carl Sagan com certeza é uma dessas pessoas que respeito e cultuo tanto por sua faceta de cético convencido quanto pela de divulgador científico. Por isso me chamou muito a atenção uma frase sua que encontrei em "Why Carl Sagan is Truly Irreplaceable" em que fala a respeito de sua capacidade como tal:
"Acho que sou capaz de explicar coisas porque entendê-las não foi muito simples para mim. Algumas coisas que os estudantes mais inteligentes eram capazes de ver no mesmo instante eu tinha que bater cabeça para entendê-las. Sou capaz de lembrar o esforço que tinha que fazer para aprender. As pessoas muito brilhantes descobrem as coisas tão rápido que nunca se dão conta da importância dos mecanismos que os levam a entendê-las."
Como podemos inferir, o adolescente Carl Sagan não foi o aluno mais inteligente da sua sala, mas foi o que melhor assimilou seu aprendizado para inculcar novas ideias em toda uma geração ávida para aprender os segredos do Universo.
Há um ditado grotesco que diz "Quem sabe faz, quem mal sabe ensina!", que guarda lá sua verdade de forma tortuosa e que confirma uma situação do dia a dia: professores são geralmente péssimos empreendedores e é por isso que são tão bons (alguns são realmente fantásticos) em ensinar mentes brilhantes que se converterão em grandes empreendedores. O progresso e o desenvolvimento passa pelo ensino e educação.
São nossas preferências musicais biológicas ou aprendidas?
Se há algo que distingue a todas as culturas da Terra é nosso amor pela música. Os seres humanos temos gosto pelos padrões repetitivos e criamos todo tipo de expressões culturais a partir do som, mas temos todos as mesmas preferências quanto aos sons consonantes e dissonantes? A discussão sobre se o gosto pelos sons consonantes é biológica ou cultural vem de longe e há provas para apoiar a tese de qualquer dos dois lados.
Por um lado, a disposição de nossas células receptoras no ouvido faz com que determinadas freqüências resultem desagradáveis, algo que se viu em bebês de poucos dias e em diferentes espécies animais. De outro, há provas bastante sólidas de que a apreciação da música tem muito de cultural. Em 1958, por exemplo, as emissoras de rádio dos Estados Unidos censuraram o tema instrumental do Link Wray "Rumble" porque consideravam que aquelas insuportáveis dissonâncias da guitarra incitavam à violência, quando hoje é um som que nos parece perfeitamente harmônico.
Neurocientistas explicam por que correr pode te deixar “chapado”, de maneira natural
Sair para correr ou dar altas voltas de bike pode renovar a mente, o corpo e o ânimo das pessoas e por esta razão há os que recorrem a uma corrida ou uma boa pedalada antes de tomar uma decisão importante, como parte de um hábito regular e uma forma de manejar as tensões físicas e psicológicas da vida contemporânea.
Correr é uma atividade vigorosa que na proporção adequada não desgasta o praticante senão que o revigora. Entre uma pedalada e outra os atletas com freqüência experimentam uma sensação de clareza, bem-estar e luminosidade que se assemelha a um "barato" provocado por drogas. Este efeito chamou a atenção dos neurocientistas e, depois de décadas de pesquisas, conseguiram identificar que há uma forte conexão entre o exercício aeróbico e a clareza cognitiva.
Assim soam as auroras de Saturno
O som deste vídeo corresponde aos sinais de rádio emitidos pelas auroras de Saturno recolhidas pelo instrumento Radio and Plasma Wave Science da sonda Cassini, convenientemente tornadas audíveis dividindo sua freqüência por 44. Também estão aceleradas, de tal modo que os 73 segundos deste vídeo correspondem a 27 minutos reais.
Pessoalmente recordam muito à trilha sonora de qualquer filme da série B (ou Z) de ficção científica dos anos 50 ou 60.
Os cientistas filtrarão um monte de informação dos dados reunidos por Cassini, mas, além disso, poder escutá-los, por pouco útil que seja na prática, nos leva a pensar uma vez mais em como as sondas que enviamos nas últimas décadas a percorrer o sistema solar são nossos sentidos enquanto não possamos chegar lá por nós mesmos.
Fomos desenhados para colaborar, empatizar e ser boas pessoas
Nosso cérebro está pré-instalado para viver em sociedade. Nesse sentido, o egoísmo ou a maldade não resultam evolutivamente eficazes -a não ser que um meio particular o favoreça de forma particularmente intensa-. Isso não significa que o ser humano seja colaborativo com o próximo no sentido mais flower power (nem que todos sejamos cooperadores no mesmo grau), senão que em caso de poder evitar, não apresentará sede de sangue. Algo que também acontece com outros hominídeos.
A violência não é como a fome, o sexo ou a necessidade de dormir. Constitui uma resposta de nosso cérebro em função do meio social. Na literatura científica, o primeiro indício desta realidade foi descoberta em 1958, em um experimento de laboratório realizado pelo psicólogo Harry Harlow na Universidade de Wisconsin.
Acham evidência de que alguma vez humanos e hobbits coexistiram no planeta
Ainda que pareça mais um delírio pseudo-antropológico que uma descoberta formal, ao que parece, há uns 50 mil anos os humanos coexistiram com uma raça particular que corresponde às características dos hobbits. Isto é o que indica uma descoberta recente, realizada por uma equipe internacional de antropólogos e especialistas em outras disciplinas.
O achado de vestígios de lareiras, na gruta de Liang Bua, na ilha Flores, da Indonésia, sugere que os humanos modernos conviveram com os hobbits ao menos durante 11.000 anos. Há 13 anos, em 2003, descobriram restos ósseos de pequenos humanos, que foram nomeados Homo floresiensis, mas até agora não tinham provas de que ambas espécies teriam coexistido.