Arquivo do mês de abril 2016

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O atlas dos significados no cérebro

LuisaoCS

O atlas dos significados no cérebro

Uma equipe de pesquisadores identificou as zonas do encéfalo que são ativadas com diferentes campos semânticos. Uma mesma palavra pode ativar um amplo leque de regiões cerebrais em função do que signifique.

Quando uma pessoa escuta a palavra "lula", por exemplo, é possível que seu cérebro maquine diferentes áreas em função do significado. Se lula for o calamar cefalópode, os neurônios ativados são muito diferentes dos disparados quando se trata do ex-presidente poltrão. A equipe de Jack Gallant realizou um meticuloso trabalho de medida de sinal cerebral para identificar as diferentes zonas de atividade em função da informação semântica.


A faísca da vida: captam luz que é liberada quando um esperma encontra com um óvulo

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A faísca da vida: captam luz que é liberada quando um esperma encontra com um óvulo

Uma das analogias que melhor evidenciam a representação da vida poderia ser a de uma faísca. Isto sobretudo se considerarmos que entre os atributos do ato de "ser" se incluem aspectos como a contundência, a nitidez e a fugacidade.

Ademais, obviamente, existe uma sincronia de fatores que raiam no milagroso, tanto para que a vida como a faísca emirjam do estado original das coisas. E talvez seja por isto que o fato de que a vida humana comece, literalmente, com uma faísca de luz, resulte tão comovente quanto espantoso.

Ainda que já sabiam do sugestivo fenômeno lumínico que ocorre no instante pontual em que um espermatozoide entra em contato com um óvulo, pela primeira vez na história os homens de ciência conseguiram capturar o arquetípico momento.


A probabilidade de sofrer um acidente cardiovascular aumenta com a solidão

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A probabilidade de sofrer um acidente cardiovascular aumenta com a solidão

Este é o resultado de um estudo muito inquietante e desagradável para aqueles que escolhemos a solteirice por conveniência. Os acidentes cardiovasculares -infarto agudo do miocárdio, doença vascular periférica e acidente vascular cerebral- são a primeira causa de mortalidade no mundo, e ademais este fator é incrementado se a pessoa mora sozinha, com escassos vínculos sociais, segundo um recente estudo, publicado na revista Heart e realizado por pesquisadores da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de York, em Heslington, no Reino Unido.

Em concreto, as pessoas que vivem desconetadas de seu meio social têm 30% mais possibilidades de sofrer um AVC e outras cardiopatias.

Para chegar a esta conclusão revisaram 23 estudos envolvendo quase 200.000 pessoas onde já tinham comprovado que a solidão tem relação com a tensão ou alta pressão arterial, alterações do sistema imunológico e com um maior risco de morte prematura. O incremento de incidência de AVC, cardiopatia isquêmica, infartos do miocárdio e anginas de peito associadas à solidão eram comparáveis às do estresse trabalhista.

Ainda resta esclarecer se estamos ante uma correlação ou uma causalidade, e daí entender exatamente se isto ocorre por estar sozinho, ou sentir-se só apesar de estar rodeado de pessoas. Contudo, é bom que você ermitão tenha em conta estes fatores daqui por diante, ou arrumando alguém pra chamar de seu (sua) ou se cuidando muito com a sua pressão alta. Me sinto tão mal escrevendo isso... é como se eu estivesse puxando a minha própria orelha!


Dinossauros estavam condenados muito antes do impacto com o asteróide

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Dinossauros estavam condenados muito antes do impacto com o asteróide

Um estudo recente revelo que certas espécies de dinossauros estavam em declive milhões de anos antes de que o meteorito se chocasse contra a Terra e os exterminasse por completo.

Vivemos uma mentira? Os resultados poderiam finalmente pôr fim a um dos debates mais longos da paleontologia, e nos ajudaria a entender de uma vez por todas o que aconteceu nos últimos anos de vida dos dinossauros na Terra.

- "Uma das maiores discussões a respeito da evolução dos dinossauros é se estavam reinando até o momento do impacto de um meteorito, ou se existiu uma diminuição lenta e gradual antes desse tempo", explicou Chris Venditti, da Universidade de Reading, no Reino Unido.


Estudo científico revela por que a voz de Freddie Mercury era inigualável

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Estudo científico revela por que a voz de Freddie Mercury era inigualável

Um grupo de pesquisadores austríacos, tchecos e suecos examinou o alcance e a forma de cantar do eterno líder do Queen e oficializou o que já era evidente: a especial e sem igual voz de Freddie Mercury.

Escutar Freddie Mercury cantando sempre será um prazer musical. Sua voz não tem outra igual e sua forma de cantar sempre foi admirada por fãs e críticos da música. O Queen chegou ao sucesso em grande parte pela forma em que Mercury interpretava suas canções. Mas o que ele fez para conseguir tal qualidade vocal? Um novo estudo revelou que a voz da banda britânica era a de um barítono que cantava como tenor com um excepcional controle sobre sua técnica de produção de voz levada ao limite.

O objetivo do estudo foi analisar a voz de Mercury e revelar detalhes desconhecidos sobre o que fora qualificado como "uma força da natureza com a velocidade de um furacão". É verdade que Mercury recusou mais de uma vez cantar como barítono em duo com a cantora de ópera Montserrat Caballé, porque ficava preocupado que seus fãs, que o conheciam só como um cantor de rock, não reconhecessem sua voz atuando como barítono.


Os golfinhos têm uma linguagem especial para resolver problemas juntos

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Os golfinhos têm uma linguagem especial para resolver problemas juntos

Um recente estudo mostra que os golfinhos nariz-de-garrafa "conversam" entre si para facilitar a resolução de um problema, algo que sugere que eles desenvolveram uma linguagem cooperativa.

No experimento os animais receberam um frasco selado com comida no seu interior, que só podia ser aberto ao puxar simultaneamente uma corda de cada lado. Apresentaram este frasco a diferentes casais de golfinhos e só aqueles que trabalharam juntos conseguiram ter acesso a recompensa. Um inteligente casal conseguiu em apenas 30 segundos, em repetidas ocasiões.

Logo os cientistas escutaram as gravações do experimento e descobriram que a equipe de cetáceos que mostrou proficiência tinha empregado uma maior quantidade de vocalizações. Os pesquisadores conseguiram demonstrar que a conversa estava diretamente relacionada com abrir o frasco e não só com a interação social normal dos golfinhos.

O experimento demonstra pela primeira vez que os golfinhos utilizam vocalizações para resolver tarefas de maneira cooperativa; isto sugere que os "apitos" da linguagem destes animais têm diferentes usos e matizes e em geral implicam uma utilização relativamente complexa da linguagem, ao menos capaz de resolver problemas, o que é um dos fundamentos da inteligência.

Um estudo de 2013, realizado por cientistas da Unidade de Pesquisa de Mamíferos da Universidade de St. Andrews, na Escócia, revelou que os golfinhos de nariz-de-garrafa manifestam nomes específicos para seus congêneres mais próximos, que são utilizados para chamar os amigos através de apitos e que cada um tem um silvo diferenciado possibilitando que ele proclame sua identidade e anuncie sua presença, permitindo, dessa forma, aos demais animais reconhecerem-se entre eles a longas distâncias.

Via | NewSci.


A fascinante história do primeiro encontro sexual no planeta

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A fascinante história do primeiro encontro sexual no planeta

Pode imaginar o primeiro ato sexual no planeta? Talvez imagine um prototípico Adão e uma Eva no Éden, em um ardente abraço carnal debaixo da árvore da vida. Não: o abraço informático e biológico de duas bactérias em uma remota origem.

Assim descreve Jill Neimark o primeiro ato sexual (que ademais, para acender a candura biológica, foi sexo mutante) em um interessante artigo sobre a função evolutiva do sexo:

Ao redor de 2 bilhões de anos atrás, dois procariontes -duas bactérias germinado na sopa primordial da vida- uniram-se no que deve ter sido o ato sexual original. Uma invadiu à outra. Uma comeu, a outra foi comida, e ambas viveram para contar a história. Fundiram-se e com o tempo, criaram algo assombrosamente novo. A invadida -a que foi comida- evoluiu a ser uma pequena, mas poderosa mitocôndria ao longo de poucos milhões de anos. A outra evoluiu a ser um núcleo bem maior.

Esta é a endosimbiose que está na origem da vida dos eucariontes. Não só estamos conformados por 90% de células bacterianas que formam nosso microbioma; as células animais também têm esta origem dual bacterial. As bactérias que agora são as mitocôndrias produzem a energia que permite a explosão da vida complexa neste mundo

As mitocôndrias, que são os motores biológicos, tendem a uma série de mutações erráticas, que no entanto é compensado pela reprodução sexual, que em um princípio não parece ser uma forma eficiente de se reproduzir, mas que permite a mais rápida recuperação nos erros genômicos das mutações. O sexo é um mecanismo de adaptação. O sexo e o amor são certamente duas coisas diferentes, mas compartilham talvez uma remota origem, em um ato, primeiro, e em um desejo, depois, de converter no ser que se deseja, de fazer que dois sejam um.

Via | Nautilus.


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