Arquivo do mês de fevereiro 2016
Criam um antiviral que poderia eliminar completamente o HIV das células infectadas
Com 37 milhões de pessoas infectadas com HIV e mais de dois milhões de novas infecções a cada ano, o vírus da AIDS continua sendo um problema de saúde mundial. Apesar dos enormes avanços feitos quanto a seu tratamento, uma cura completa da doença ainda não é possível. De fato, hoje em dia a propagação do vírus no organismo pode ser mantida sob controle, mas não o provírus, isto é, o DNA do vírus que permanece presente às células do paciente.
Uma equipe de cientistas do departamento de estratégias antivirais do Instituto Heinrich Pette e da Faculdade de Medicina da Universidade Técnica de Dresden, Alemanha, desenvolveu uma enzima capaz de extrair com precisão, em mais de 90% dos casos, o provírus da maioria do HIV alojado nos seres humanos.
Vídeo da NASA diz que é possível viajar até Marte em poucos dias
Desde que a NASA anunciou seus planos de enviar uma missão tripulada a Marte em 2030 e que "Perdido em Marte" fez grande sucesso, o planeta vermelho voltou a ter grande importância no nosso imaginário coletivo. Agora, graças a um vídeo lançado pela NASA, podemos adicionar um pouco de calor para a febre com a ideia de que poderíamos chegar ao planeta em apenas alguns dias (ou horas).
- "Há avanços recentes que fazem com que esta ficção científica seja uma realidade para a ciência", disse o cientista Philip Lubin no vídeo, intitulado "Going Interstellar". - "Não há razão conhecida de por que não possamos fazer isso."
Comecemos por esclarecer que Lubin não é nenhum maluco gritando suas ideias tresloucadas em vídeos conpiracionistas no Youtube. Ele é um professor de física que trabalha na Universidade da Califórnia, no Grupo Experimental de Cosmologia, de Santa Bárbara. No ano passado, ele e sua equipe foram premiados com uma bolsa de prova-de-conceito da NASA para investigar o uso de propulsão fotônica para abastecer naves interplanetárias.
Uma curiosa desordem mental levou este homem a assegurar que seu gato era um espião
A mente humana é um labirinto de resquícios que por sua vez são, em potencial, um outro labirinto, e assim sucessivamente. E como parte desta particularidade dinâmica existem centenas de desordens mentais, desde as mais previsíveis até as mais improváveis. Um exemplo é a síndrome de Capgras, que em poucas palavras faz com que a pessoa suponha que algum ou vários de seus seres queridos foram suplantados por impostores e conspiram contra ela.
Um estudo publicado na revista científica Neurocase, documenta o caso de um homem que levou esta desordem a um nível peculiar: ficou obcecado com a ideia de que seu querido gato tinha sido substituído por um gato impostor, obra do FBI, e agora exercia meticulosos trabalhos de espionagem em sua casa.
Os seres humanos e neandertais cruzaram mais cedo do que se pensava
De acordo com novos dados do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, os neandertais e os humanos modernos cruzaram muito antes do que se pensava anteriormente.
- "Nós agora encontramos evidências de uma contribuição humana moderna no genoma Neanderthal. Este é provavelmente o resultado de cruzamentos que aconteceram muito mais cedo", diz o co-autor do estudo Sergi Castellano.
Várias técnicas de análise de DNA sugerem que começamos a nos miscigenar com nossos parentes já extintos há cerca de 100.000 anos. Pesquisadores pensavam que as duas espécies se encontraram pela primeira vez quando os humanos modernos deixaram a África, cerca de 65.000 anos atrás.
Você pode tornar-se alérgico a carne se for picado por este carrapato
Austrália é um mixórdia quanto a diversidade de bichos capazes de matar o ser humano (ou provocar algum grave dano), como é o caso da vespa-do-mar, que já falamos faz um tempo e que é capaz de proporcionar a dor mais profunda e intensa que alguém pode sentir.
O que resulta ainda mais original é o efeito deste carrapato australiano, o Ixodes holocyclus: ele torna suas vítimas alérgicas à carne, o sonho dourado de todo vegano.
E o pior é que quando o ser humano é picado por ele não nota coceira nem irritação na pele, pois o veneno é inócuo para o homem, ainda que resulte fatal para alguns mamíferos, como os coalas. No entanto, a pesquisadora Sheryl van Nunen, do Hospital Royal North Shore de Sidney, achou que ocorria algo mais que até então tinha passado despercebido.
As vítimas humanas dessa picada desenvolviam uma alergia à carne porque, ao que parece, a saliva do carrapato pode conter proteínas animais que, misturadas com sua própria toxina, propiciam que o sistema imunológico reaja contra qualquer proteína de mamíferos que não seja própria do ser humano. Ainda não conhecem os detalhe de como este processo é desencadeado, nem por que afeta algumas pessoas e outras não.
Via | BBC.
Dormir pouco aumenta a probabilidade de confessar uma mentira
Segundo um novo estudo, a probabilidade de confessar uma mentira foi 4,5 vezes maior para os participantes que tinham ficado acordados durante 24 horas que os que tinham dormido a noite anterior. Dito estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Michigan e foi publicado na revista PNAS.
Por isso acreditam que a tortura psicológica e a privação do sono dos suspeitos não é boa para esclarecer a verdade: entre 15% e 25% das declarações em Estados Unidos são errôneas.
No estudo, um total de 88 participantes voluntários completaram diferentes testes cognitivos e trabalhos no computador durante um período de oito semanas. Segundo Kimberly M. Fenn, autora principal do estudo:
- "Uma confissão falsa de culpabilidade pode ter consequências desastrosas em um sistema legal já carregado de falhas. Temos a esperança de que nosso estudo seja o primeiro de muitos por descobrir os fatores relacionados com o sono que influem nos processos declarativos."
Uma prova a mais de que dormir convenientemente é imprescindível para manter nossa saúde, e que patologias do sono como a apneia estão diretamente relacionadas com doenças como o câncer e a hipertensão.
Via | Science Daily.
Robin Hood da ciência libera 48 milhões de artigos científicos para download livre
Uma pesquisadora cazaquistaneza, em um fato heroico e desafiante, liberou nos últimos anos mais de 48 milhões de artigos científicos e disponibilizou em seu site Sci-Hub, desfiando assim autoridades e comunidade científica em uma cruzada de uma mulher só pelo conhecimento livre.
A neurocientista Alexandra Elbakyan montou o site em o 2011 ante sua frustração pelos altos custos que precisava liquidar para ter acesso aos famosos papers que os cientistas convalidam. Muitos destes sites pedem valores entre 30 e 40 dólares para acesso a apenas uma publicação, e como a ciência é feita a partir da conjunção de numerosas outras publicações isto faz com que os custos sejam insustentáveis e se convertam em um sério obstáculo para o avanço do conhecimento.