Arquivo do mês de novembro 2015
O estudo que pode acabar com todas as dietas
Alguma vez você já se perguntou por que sua dieta não funciona? Um estudo realizado por pesquisadores israelenses indica que a maioria dos estudos nutricionais estão errados e que os alimentos têm um efeito muito diferente em cada pessoa. O trabalho, publicado na última semana na revista Cell, baseia-se no estudo detalhado dos níveis de açúcar de 800 voluntários durante uma semana e de suas reações ante diferentes alimentos. Inclusive quando comiam a mesma coisa, seu índice glicêmico reagia de forma muito diferente em cada pessoa.
O trabalho, realizado pela equipe de Eran Segal e Eran Elinav, se centrou especialmente na análise do nível de açúcar no sangue depois da ingestão de alimentos, um fator de vital importância em doenças como a obesidade e a diabetes. Os cientistas do Instituto Weizmann registraram análise de sangue e de fezes, medidas corporais e analisaram um total de 46.898 alimentos que os voluntários registraram meticulosamente durante o estudo através de uma aplicação móvel. E uma vez analisados os resultados, os pesquisadores asseguram que demonstram que o índice glicêmico não é um valor fixo e que depende de cada indivíduo.
Teste de sangue pode indicar tempo de recuperação pós-operatório
Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, dizem que um exame de sangue pode prever o tempo de recuperação dos pacientes após a cirurgia.
As amostras de sangue colhidas pouco antes de um procedimento feito pelo paciente poderiam ser úteis para o planejamento do tratamento médico pós-cirurgia.
Os pesquisadores descobriram que as amostras de sangue cirúrgicas correlacionavam com o perfil individual de recuperação clínica de 25 pacientes submetidos à cirurgia de quadril.
Os investigadores estão agora preparando um estudo maior com 80 pacientes cirúrgicos para testar sua teoria. Se o experimento for bem sucedido, a equipe espera identificar as proteínas ativadas mais críticas no sangue para desenvolver uma análise que pode ser feito com máquinas de análise de células que a maioria dos hospitais já têm.
Via | Anesthesiology.
Apesar de todos os avanços tecnológicos o ser humano ainda faz guerra à ciência
Apesar dos avanços científicos muitos seguem achando que vacinas causam dano, que a mudança climática não existe e que é melhor desperdiçar milhões de dólares em armamento que em educação ou pesquisa científica. No século XVI o astrônomo Giordano Bruno foi queimado na fogueira por dizer que a terra não era o centro do universo e Galileu Galilei teve que enfrentar muitas vezes à Inquisição. Após vários séculos e ainda, pese que saibamos que contribuíram muitíssimo à humanidade, seguimos fazendo a guerra contra a ciência. Este vídeo acima explicará por que.
A ignorância parece ser algo que caracterizou a humanidade. Tal e qual disse Carl Sagan certa vez:
- "Vivemos em uma sociedade completamente dependente da ciência e da tecnologia, em que quase ninguém sabe sobre ciência e tecnologia".
Uma mensagem para dar-nos conta da importância que tem o conhecimento para o ser humano e é algo que deveríamos exigir de nossos líderes e governos. É preciso maior investimento em educação e pesquisa. Ao final beneficiará todo o mundo.
Um grupo de biohackers está tentando criar insulina genérica e livre de patentes
Todas as variedades conhecidas de insulina que uma pessoa diabética pode encontrar na farmácia têm uma coisa em comum: estão protegidas por sua própria patente. Um grupo de cientistas quer acabar com esse oligopólio e para isso está desenvolvendo a primeira insulina totalmente livre e genérica.
Desenvolver uma insulina genérica suporia libertar o mercado de um composto caro, mas vital para mais de 370 milhões de pessoas no mundo. O processo, no entanto, não é nada fácil. A insulina é uma substância orgânica complicada de produzir em laboratório. O projeto para criar a versão livre deste fármaco chama-se Open Insulin, e corre por conta de um laboratório farmacêutico chamado Counter Culture Labs.
O excesso de álcool aumenta em até 70% o risco de insuficiência cardíaca
Segundo o último estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia em San Francisco, e que foi apresentado na reunião da American Heart Association em Orlando, o abuso de bebidas alcoólicas pode aumentar drasticamente o risco de insuficiência cardíaca inclusive se a pessoa é jovem e saudável.
Para levar a cabo o estudo, analisaram os registros de mais de 858.000 pacientes tratados na Califórnia entre 2005 e 2009 com uma faixa de idades entre os 30 e 70 anos.
Os médicos diagnosticaram abuso do álcool em 4% dessas pessoas. Em geral, ao redor de 12% contraíram insuficiência cardíaca congestiva, descobriram os pesquisadores. Segundo explica Isaac Whitman, líder do estudo:
- "No caso do álcool, não acho que seja prudente dizer que posso abusar do álcool porque sou jovem e estou saudável. Você pode estar causando mais dano a seu corpo mesmo em comparação com outras pessoas mais velhas".
A explicação é que se você é uma pessoa saudável, seu coração é desproporcionadamente mais susceptível aos efeitos tóxicos do álcool já que, se seu coração está doente, a toxicidade acrescentada pela bebida pode não ter um excessivo impacto.
Via | Health Day.
O Reino Unido quer banir a homeopatia
Ministros do Reino Unido estão considerando uma decisão inteligente: banir de vez a homeopatia dos tratamentos que podem ser prescritos por médicos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (NHS). No momento, o NHS gasta 4 milhões de libras (23 milhões de reais) em receitas médicas homeopáticas a cada ano. Mas uma consulta deverá ser realizada no próximo ano para considerar a proscrição.
O movimento começou com uma campanha da Good Thinking Society, que pedia para adicionar a homeopatia na lista negra da NHS, e ameaçou levar o caso aos tribunais. A lista negra, também conhecida como Anexo 1, já proíbe a prescrição de mais de 3.000 produtos, incluindo fitoterápicos inócuos, protetores solar, e vinho.
A gordura da barriga em pessoas com peso normal pode ser mais perigosa do que a obesidade
Um novo e extenso estudo descobriu que pessoas com um IMC normal, mas com volume extra em torno de sua barriga podem ter menores probabilidades de sobrevivência a longo prazo do que as pessoas obesas.
Para entender a conexão entre o tamanho da cintura e mortalidade, os pesquisadores analisaram dados de mais de 15.000 adultos entrevistados entre 1988 e 1994 e depois monitorados até agora.
Os pesquisadores americanos dizem que os homens com peso normal com grandes barrigas tinham duas vezes mais chances de morrer em comparação com os homens obesos. Já as mulheres com peso normal e grandes barrigas mostraram 32% mais probabilidades de morrer durante o estudo do que as suas homólogos com excesso de peso.
- "Nós precisamos de falar sobre a perda de peso da cintura e não de peso em geral. Quando você perde peso através de exercícios e alimentação adequada, a primeiro gordura a ser eliminada é a da linha da cintura", disse o Dr. Francisco Lopez-Jimenez, responsável pelo estudo.
Os resultados do estudo fornecem ampla evidência sugerindo que os médicos devem olhar para além de apenas o IMC para identificar as pessoas que sofrem maior risco devido ao excesso de peso. Medir IMC é um bom começo para a identificação de pacientes com maior risco cardiovascular, mas não é suficiente para identificar todas as pessoas em risco.
Via | Independent.