Arquivo do mês de setembro 2015

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A NASA confirma que há água líquida em Marte

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A NASA confirma que há água líquida em Marte

A nave espacial Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que orbita Marte desde setembro de 2006, descobriu a presença de sais hidratados em os sulcos lineares que aparecem de maneira regular nas ladeiras das crateras durante o verão marciano.

Estes sulcos de tonalidades escuras e larguras que variam entre os 0,5 e 5 metros surgem quando a temperatura supera os -23 °C e voltam a desaparecer quando as temperaturas diminuem por baixo desse ponto. Ainda que já sabiam de sua existência há algum tempo, ainda não podiam determinar sua origem.

Alguns cientistas consideravam que podiam ser correntes de água fluindo pela superfície de Marte, mas para que esta explicação pudesse ser considerada plausível era necessário resolver antes a questão de como podia ter água líquida no planeta tendo em conta as gélidas temperaturas que registradas.

E aqui é onde entra em jogo o achado destes sais hidratados (perclorato de sódio e clorato de magnésio, para ser mais precisos), que têm a capacidade de absorver o vapor da água da atmosfera e formar água líquida em condições de temperatura de até -70 °C.

A NASA confirmou que estes sais supõem uma evidência de que os sulcos que aparecem nas ladeiras inclinadas de Marte são produto de pequenas correntes de água fluindo em estado líquido.

A descoberta foi possível graças às medidas realizadas com o espectrômetro CRISM, um instrumento incorporado na Mars Reconnaissance Orbiter que mapeia continuamente a superfície do planeta em busca de minerais e compostos químicos que indiquem a presença presente ou passada de água.

O que ainda não sabem é se esta água se forma unicamente a partir do vapor de água da tênue atmosfera marciana ou se também poderia ter pequenas concentrações de água nas camadas subterrâneas do planeta.

Via | NASA.


Prêmios Ig Nobel 2015: quando a ciência é motivo de riso

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Prêmios Ig Nobel 2015

Por fim chegou um dos momentos do ano que com mais ansiedade esperamos, o da entrega dos prêmios Ig Nobel, aqueles mediante os quais o Instituto de Pesquisas Improváveis divulga as decobertas e pesquisas científicos que primeiro fazem com que a gente ria e depois pense (ou chore de rir). De modo que sem mais dilações aqui estão os agraciados na edição de 2015 dos prêmios Ig Nobel:

  • Química: Callum Ormonde e sua equipe por inventarem uma receita química que permite descozinhar parcialmente um ovo.
  • Física: Patricia Yang, David Hu e assistentes, por comprovarem o princípio biológico de que todos os mamíferos esvaziam suas bexigas em 21 segundos (mais ou menos 13 segundos).
  • Literatura: Mark Dingemanse, Francisco Torreira e Nick J. Enfield, por descobrirem que a palavra né? (ou seus equivalentes) parece existir em todas as linguagens humanas e não conseguiram chegar a uma conclusão do por quê?.
  • Gerenciamento: Gennaro Bernile, Vineet Bhagwat e P. Raghavendra Rau, por descobrirem que muitos diretores de empresas e negócios desenvolveram uma tendência por aceitar riscos quando experimentaram desastres naturais (como terremotos, erupções vulcânicas, tsunamis, e incêndios florestais) que para eles não tiveram conseqüências pessoais.
  • Economia: Polícia Metropolitana de Bangkok, Tailândia, por oferecer aumento de salário aos polícias se estes recusassem aceitar subornos.
  • Medicina: outorgado ex-aequo aos grupos de Hajime Kimata e de Jaroslava Durdiaková por experimentos para estudar os benefícios ou conseqüências biomédicas de beijar intensamente (e outras atividades íntimas e interpessoais).
  • Matemática: Elisabeth Oberzaucher, da Áustria, e Karl Grammer, por tentar usar técnicas matemáticas para determinar como Mulai Ismail do Marrocos fez para engendrar 888 filhos entre 1697 e 1727 nas suas 500 esposas.
  • Biologia: Bruno Grossi e equipe, por observarem que quando a gente coloca um pau com um peso na parte traseira do lombo de uma galinha, então a ave caminha de uma forma similar àquela em que pensamos que os dinossauros caminhavam.
  • Diagnóstico médico: Diallah Karim, Anthony Harnden e plantel, por determinarem que uma apendicite aguda pode ser diagnosticada pela quantidade de dor que sofre um paciente quando anda de carro que passa sobre quebra-molas.
  • Fisiología e entomología: ex-aequo para Justin Schmidt, por criar o Índice Schmidt de Dor de Picadas, que avalia a dor relativa sofridas pelas pessoas quando saõ picadas por diferentes insetos; e para Michael L. Smith, por experimentar picadas de abelhas repetidas vezes em 25 lugares diferentes de seu corpo para ver em quais dói menos (crânio, ponta do dedo médio do pé e parte superior do braço) e em quais dói mais (fossas nasais, lábio superior e a base do pinto).

Pesquisa revela que acordar tarde aumenta nosso rendimento: mostra para sua mãe

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Pesquisa revela que acordar tarde aumenta nosso rendimento: mostra para sua mãe

Ou então para o seu chefe... Muitos de nós vivemos privados de sono, mas o que aconteceria se pudéssemos colocar o sono em dia com uma solução bastante simples como levantar tarde? Nesta semana, em um discurso no British Science Festival, o doutor Paul Kelley, sócio e pesquisador clínico no Sleep and Circadian Neuroscience Institute da Universidade de Oxford, fez um chamado às escolas para modificar seus horários de início de atividades para trabalhar com o ritmo biológico natural dos estudantes. Isto ajudaria a melhorar o desempenho cognitivo, os resultados dos exames e da saúde dos estudantes (a privação do sono já foi relacionada com diabetes, depressão, obesidade e alterações do sistema imunológico).

Paul já havia publicado um documento no ano passado, no qual assinala que quando as crianças estão ao redor dos 10 anos seu alarme biológico está programado aproximadamente às 6:30 da manhã, em jovens de 16 anos este alarme passa para às 8:00, e em jovens de 18 anos o alarme biológico está programada para as 9:00. A hora de início da escola convencional funciona para crianças de 10 anos de idade, mas não em jovens de 16 nem 18 anos.


Cachalotes aprendem dialetos locais e mostram que cultura não é coisa apenas de seres humanos

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Cachalotes aprendem dialetos locais e mostram que cultura não é coisa apenas de seres humanos

Em julho de 2014, durante uma das expedições da associação CIRCE no Estreito de Gibraltar, um grupo de baleias piloto perseguia um cachalote ferido pelo choque com um barco. O animal tinha uma raspadura no focinho e os globicéfalos mordiscavam suas barbatanas e empurravam o grande animal como forma de expulsá-lo de seu território.

Ao cabo de alguns instantes, outro cachalote veio nadando na superfície a toda velocidade e ajudou seu colega pondo os caldeirões em fuga. A cena, que surpreendeu os próprios biólogos, é uma amostra mais da sociabilidade destes cetáceos e sua grande capacidade para se comunicar a grandes distâncias.

Quando são acossados por outros animais, ou pelos baleeiros que descrevia Melville em sua novela Moby Dick, os cachalotes também entram em acordo para juntar suas cabeças e se proteger de seus atacantes mediante uma formação "em pétalas".


Alimentos orgânicos? Não são mais saudáveis, ainda que sim mais caros

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Alimentos orgânicos? Não são mais saudáveis, ainda que sim mais caros

A popularidade dos produtos orgânicos cresceu consideravelmente nos últimos anos pese a que, muitas vezes, o preço destes alimentos chega a ser o dobro que o dos convencionais. Vale a pena a maior despesa? Segundo um estudo científico da Universidade de Stanford, cujas conclusões foram publicadas no Annals of Internal Medicine, os alimentos orgânicos não parecem mais saudáveis. Especificamente a pesquisa indicou que "A literatura científica atual não tem nenhuma evidência, sequer, para sugerir que os alimentos orgânicos sejam mais nutritivos do que os alimentos convencionais."

O estudo consistiu em analisar 240 artigos científicos relacionados com esta matéria, que também indica que não existem diferenças entre ambos tipos de alimentos. A pesquisa sintetizou os resultados de 17 estudos realizados com humanos com alimentação orgânica e convencional e 223 que comparavam os níveis de nutrientes, bactérias ou contaminação por pesticidas em ambos os tipos de alimentos. Apenas um nutriente, o fósforo, aparece em maior medida nos alimentos orgânicos, algo que, segundo os pesquisadores, não tem muita relevância clínica.


Demorô! Cientistas britânicos criam sorvete menos calórico e que não derrete

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Demorô! Cientistas britânicos criam sorvete que não derrete

Uma equipe de cientistas das universidades de Dundee e Edimburgo na Escócia, descobriram características em uma proteína natural produzida por bactérias inócuas que permitiria que os sorvetes possuam maior resistência ao calor e desta forma prevenir que derretam antes do tempo.

A proteína, conhecida como BsIA, é capaz de unir os ingredientes básicos do sorvete (ar, gordura e água), o que gera uma textura mais fina e suave, sem cristais de gelo arenosos, justo como deve ser um bom sorvete, mas com uma resistência ao calor muito superior à que têm atualmente.

Este novo ingrediente permitiria aos sorvetes não apenas serem mais resistentes ao calor, senão também permitiria gerar produtos com níveis mais baixos de gorduras saturadas e menor quantidade de calorias. Ademais, ao não necessitar de tanta refrigeração para manter seu estado original significaria uma economia energética para os vendedores.

Seus criadores estimam que este novo ingrediente poderia estar disponível para as companhias de sorvetes em 3 anos. Esperaremos pacientes.

Via | Phys.org.


Cães têm 93% de efetividade na detecção precoce de câncer

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Cães têm 93% de efetividade na detecção precoce de câncer

A intrigante especialidade canina para detectar tumores e câncer de próstata é resultado do super-desenvolvido senso do olfato canino, representado por mais de 220 milhões de receptores olfativos, surpreendeu o ser humano em inúmeras ocasiões, fazendo dos cães uma inestimável ferramenta de trabalho.

As histórias memoráveis giravam em torno do resgate de pessoas perdidas ou detecção de drogas e explosivos, no entanto, os cães têm outra fascinante capacidade relacionada com seu sublime sentido do olfato: detectam tumores.

Esta aptidão canina é um fato, e sua explicação se origina em que as células cancerígenas segregam compostos orgânicos voláteis capazes de ser percebidos pelos cães, através da urina ou o hálito humanos.

Segundo The Guardian, esta aptidão canina foi reconhecida pelo National Health Services, motivo pelo qual os cães treinados para este trabalho de índole médica serão utilizados em testes experimentais.


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