Arquivo do mês de setembro 2015
Pessoas com a bexiga cheia mentem melhor
Mentir é relativamente fácil, mas também podem flagrar nos nas mentiras, pois há alguns sinais externos que as denotam. Uma solução para resultar mais convincentes com nossas mentiras é reter nossa vontade de desalojar a urina de nossa bexiga. Ao menos é o que sugere Íris Blandón-Gitlin e seus colegas da Universidade do Estado da Califórnia em um estudo publicado no jornal Consciousness and Cognition.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores submeteram um grupo de voluntários a um questionário sobre temas sociais ou morais controversos. A seguir, dividiram em dois grupos, e 45 minutos antes de entrevistar cada grupo, eles fizeram com que os integrantes do primeiro tomassem 700ml de água e do segundo 50ml. Ambos não podiam usar o banheiro até o término da mesma.
Cada participante tinha que mentir sobre dois temas sobre os quais tinham uma opinião muito definida, e aqueles que tinham a bexiga mais cheia foram mais convincentes. Ao que parece, este resultado concorda com a chamada teoria do "contágio do efeito inibitório", na qual os benefícios do autocontrole em um área se estendem a outras, se ambas ações ocorrem de forma simultânea. Segundo Blandón-Gitlin:
Embora que nesse caso as atividades que requeriam autocontrole eram subjetivamente diferentes, mas no cérebro não. Não há um domínio específico. Quando a gente ativa a rede de controle inibitório em um domínio, os benefícios se estendem a outras tarefas.
Via | PopSci.
A NASA confirma que há água líquida em Marte
A nave espacial Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que orbita Marte desde setembro de 2006, descobriu a presença de sais hidratados em os sulcos lineares que aparecem de maneira regular nas ladeiras das crateras durante o verão marciano.
Estes sulcos de tonalidades escuras e larguras que variam entre os 0,5 e 5 metros surgem quando a temperatura supera os -23 °C e voltam a desaparecer quando as temperaturas diminuem por baixo desse ponto. Ainda que já sabiam de sua existência há algum tempo, ainda não podiam determinar sua origem.
Alguns cientistas consideravam que podiam ser correntes de água fluindo pela superfície de Marte, mas para que esta explicação pudesse ser considerada plausível era necessário resolver antes a questão de como podia ter água líquida no planeta tendo em conta as gélidas temperaturas que registradas.
E aqui é onde entra em jogo o achado destes sais hidratados (perclorato de sódio e clorato de magnésio, para ser mais precisos), que têm a capacidade de absorver o vapor da água da atmosfera e formar água líquida em condições de temperatura de até -70 °C.
A NASA confirmou que estes sais supõem uma evidência de que os sulcos que aparecem nas ladeiras inclinadas de Marte são produto de pequenas correntes de água fluindo em estado líquido.
A descoberta foi possível graças às medidas realizadas com o espectrômetro CRISM, um instrumento incorporado na Mars Reconnaissance Orbiter que mapeia continuamente a superfície do planeta em busca de minerais e compostos químicos que indiquem a presença presente ou passada de água.
O que ainda não sabem é se esta água se forma unicamente a partir do vapor de água da tênue atmosfera marciana ou se também poderia ter pequenas concentrações de água nas camadas subterrâneas do planeta.
Via | NASA.
Voando por um rio
Simpático vídeo que dá vontade de sair por aí à toa em um wanderlust aéreo sem destino, apenas seguindo as curvas de um rio. Evidentemente que não é para qualquer um e o responsável pelo vídeo, Ranch Pilot, recomenda que as crianças não devem repetir isto em casa, pois há que ter destreza atrás de um manche para chegar inclusive a tocar a superfície do rio com as rodas. Toda uma homenagem à liberdade de voar.
Como funciona uma caneta, versão super-ampliada
Ao desenhar com um caneta a pequena esfera que há na ponta -que é quase tão dura quanto um diamante- gira suavemente para distribuir a tinta que recolhe do interior em uma finíssima camada que é a que fica impregnada na fibra do papel. É uma preciosa dança combinada de metal, tinta e fibras que visto com zoom e com calma é todo um espetáculo visual. O vídeo é da NRK, a televisão pública norueguesa.
Você tem um cérebro racional ou um cérebro emocional?
Agora que já sabemos que evidentemente todos temos um cérebro que é ambos, racional e emocional (independentemente de hemisférios), certos pesquisadores começam a formular novas teorias com base em diferenças físicas notáveis que permitem que uma pessoa seja considerada "emocional" ou "racional" e segundo eles existe uma clara distinção destas duas polaridades fundamentais.
Um recente estudo da Universidade de Monashm, em Melbourne, Austrália, descobriram diferenças fisiológicas entre pessoas que respondem emocionalmente aos sentimentos de outras e pessoas que o fazem de maneira racional.
Segundo o doutor Robert Eres, as pessoas que mostram mais empatia afetiva (emocionais) - "são aquelas que se assustam quando vêem um filme de terror ou choram em uma cena triste. Aquelas que têm maior empatia cognitiva são mais racionais, por exemplo um psicólogo clínico aconselhando um paciente". Isto é obviamente uma aproximação a um modelo para poder determinar que tipo de cérebro temos.
O estudo pôde predizer a densidade de massa cinzenta em diferentes partes do cérebro seguindo estes parâmetros iniciais; resultados de um exame de empatia cognitiva comparada com a afetiva. As pessoas emocionais têm maior densidade de massa cinzenta na insula, uma região à metade do cérebro; aqueles mais racionais mostraram maior densidade no córtex cingulado médio, acima do corpo caloso que liga os dois hemisférios do cérebro.
Via | PsyPost.
Técnica de maquiagem que duplica sua beleza natural
Talvez não seja adequado para o dia a dia, mas para ocasiões especiais como Carnaval ou morte da sogra sim pode ser uma boa ideia. O conceito, obra da maquiadora Taman Phang, parte do pressuposto de que é melhor ter quatro olhos bonitos em vez de dois, melhor dois narizes que um, melhor duas bocas que uma, etc. Acho que, basicamente, trata-se de multiplicar por dois as coisas que nós encontramos pelo rosto. Vejam o processo no vídeo que encabeça estas linhas.
Recorde mundial de patinho (fazer pedra quicar na água)
Todos já experimentamos uma vez lançar pedras na água para fazê-la ricochetear ou fazer patinhos. Este passatempo já era praticado há milhares de anos em tempos da Antiga Grécia. Por exemplo o poeta Homero descreve uma aposta entre Jasão e Hércules para ver quem consegue quicar mais vezes uma pedra sobre a água. Também os romanos competiam, mas com conchas marinhas. Inclusive Shakesperare escreveu sobre "fazer patinho" na versão original de "Enrique V".
No século XVIII artilheiros navais utilizavam esta técnica com as balas de canhão, uma táctica militar conhecida como ricochete no jargão da marinha de guerra. Mudavam o ângulo de lançamento para assim obter o melhor rebote e chegar mais longe para conseguir afundar os barcos inimigos.