Arquivo do mês de agosto 2015
Macacos podem estar mais próximos da fala do que pensávamos
Um novo estudo realizado por um pesquisador da Universidade de Wisconsin, diz que os grandes macacos estão mais perto de desenvolver uma linguagem verbal como a nossa do que alguma vez imaginamos.
Markus Perlman passou vários anos observando a famosa gorila Koko, que mostra impressionantes habilidades de linguagem de sinais e é capaz de interagir com seres humanos. Ela às vezes produz um som controlado -meio que grunhindo- fingindo falar em um telefone de brinquedo.
- "Ela não produz um som reconhecível, periódico, quando pratica estes comportamentos, como nós fazemos quando falamos. Mas ela pode controlar sua laringe o suficiente para produzir um gemido controlado", diz Perlman.
Via | Tech Times.
Por casualidade descobrem uma proteína que poderia combater todos os cânceres
Por casualidade, graças à aerendipidade -os pesquisadores toparam com esta molécula enquanto pesquisavam ratos com mutações genéticas-, um grupo de cientistas britânicos do Imperial College de Londres afirma ter descoberto uma nova proteína, LEM ("lymphocyte expansiona molecule", molécula de expansão de linfócitos), que é capaz de produzir grandes quantidades de linfócitos T, que combatem o câncer. O estudo foi publicado recentemente na revista Science.
Segundo Philip Ashton-Rickardt, da Seção de Imunologia do Departamento de Medicina do lmperial College:
- "Pode ser um ponto de inflexão para tratar um grande número de cânceres e vírus".
O autor do estudo, realizado junto a pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres, a Harvard Medical School e o ETH Zurique, explica que se trata de uma forma completamente nova de tratar o câncer, e o próximo passo deve ser desenvolver uma terapia genética baseada na produção de dita proteína.
Os pesquisadores acham que poderão começar a testar este método em humanos dentro de três anos. Uma futura terapia genética baseada na produção de mais linfócitos T pode ser mais efetiva e muito menos devastadora que os tratamentos atuais, como a quimioterapia.
- "Ninguém a tinha visto antes ou nem sequer era consciente de que existia. Não se parece a nenhuma outra. As células cancerígenas têm formas de suprimir a atividade dos linfócitos T, o que lhes permite escapar do sistema imunológico. Desenhar de forma genética células T para que aumentem sua habilidade para combater o câncer é um objetivo antigo e as técnicas para modificá-las já existem".
Via | Science Daily.
Extenso estudo conclui que a consciência persiste para além da morte clínica
A consciência é um sistema inerente ao corpo e ao cérebro? Se não há vida cerebral, então a consciência se extingue? A resposta é NÃO: a consciência perdura para além do corpo e do cérebro. Existe um estado de consciência durante os curtos momentos entre a morte clínica (parada do ritmo cardíaco e respiração) e a ressuscitação artificial. Em outras palavras, a consciência permanece inclusive após a morte.
Estas foram as conclusões de um estudo realizado pela equipe do Dr. Sam Parnia (Reino Unido), envolvendo mais de dois mil pessoas que sofreram uma parada cardíaca e responderam de forma bem sucedida à reanimação cardiorrespiratória, em quinze diferentes hospitais do Reino Unido, Estados Unidos e Áustria.
Até o momento, este estudo é o mais importante dentro do campo, devido à rigorosidade da metodologia empregada e pela análise dos dados puramente físicos.
- "Este estudo merece reconhecimento por abrir portas dentro da pesquisa científica a respeito do que acontece quando morremos", expressou o editor da revista científica Resuscitation Journal.
Os saguis ensinam seus filhotes a “falar”
Os saguis, nome com o qual se conhece várias espécies de pequenos primatas do Novo Mundo, não são apenas adoráveis por seu aspecto senão também por seu sistema de vocalizações. A equipe de Daniel Takahashi, que estuda o tema há anos, comprovou que enquanto os adultos emitem uma série de chamadas agudas parecidas a um apito, as crianças mal emitiam uns chiados parecidos a um pranto.
Para tratar de explicar este trânsito, os pesquisadores mediram a atividade respiratória de adultos e crianças e comprovaram que a mudança nas vocalizações podia ser explicada em parte pela amadurecimento do sistema respiratório. Mas analisando os padrões acústicos viram que não era o suficiente.
Cientistas descobrem que esta fruta é o melhor remédio para a ressaca
A ressaca é um dos males mais ancestrais que podem acometer o ser humano; um, ademais, que implica um importante sentido simbólico, pois ao ser a conseqüência das bebidas alcoólicas em excesso parece ser o custo devido pelo desfrute obtido, como se a sanção moral que às vezes é imposta sobre os "vícios" tivesse também seu correlato fisiológico.
Por esta mesma antiguidade, os remédios para a ressaca são tão velhos quanto a mesma. Cada país desenvolveu os seus, e também existem algumas fórmulas colocadas a prova por bebedores lendários como Hemingway ou Zelda Fitzgerald.
Contudo, parece que nenhum desses preventivos ou soluções são definitivos nem efetivos, pois inevitavelmente algum bebedor termina por acordar no dia seguinte com os temíveis efeitos da ingestão desmedida de álcool e aquele gosto horrível de cabo de guarda-chuva na boca, acompanhado, por outro lado, por uma recuperação demorada sem importar as medidas tomadas.
Perder peso sem fazer exercício? Talvez seja possível
Todos sabemos que não há atalhos para perder peso: é questão de comer bem e de forma saudável, exercitar-se e dormir o suficiente. Mas... e se tivesse um método rápido para ficar em forma? Se existisse uma cápsula mágica que substituísse o exercício?
Um grupo de cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, crê estar perto da solução. Segundo um estudo publicado na revista Chemistry and Biology, estes pesquisadores conseguiram sintetizar uma molécula que imita os efeitos do exercício e faz com que as células achem que ficaram sem energia.
A nova molécula, chamada composto 14, inibe o funcionamento de uma enzima denominada ATIC, o que por sua vez leva ao acréscimo de uma substância chamada ZMP. O aumento nos níveis de ZMP é o que engana à célula e faz com que esta ache que ficou sem energia ao ativar um sensor denominado AMPK. Como resposta, as células estimulam o metabolismo e a absorção de glicose.
Cientistas relacionam a longevidade com consumo frequente de comida picante
Meio milhão de voluntários chineses respaldam a mais recente pesquisa da Universidade de Pequim, publicada na nova edição da revista inglesa British Medical Journal, na qual concluíram que em realidade, contrário ao que poderia pensar seu gastroenterologista, uma dieta composta por um alto consumo de comida picante poderia ser um fator positivo e determinante para ter uma vida mais longa.
Os estudos sobre longevidade não são coisa nova, são realizados desde praticamente qualquer ângulo concebível, mas desta vez a abordagem resulta surpreendente. Para o estudo, monitoraram 500.000 pessoas durante anos, comprovando que aqueles que consumiam alimentos picantes uma média de 6 a 7 vezes por semana reduziram em 14% seu risco de morrer de forma prematura, se comparado com aqueles indivíduos que só comiam produtos picantes uma vez à semana ou não.