Arquivo do mês de janeiro 2015

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O que fez de Hitchcock um gênio do cinema de suspense? Este video nos dá algumas sugestões

LuisaoCS

Uma forma de entender ou explicar a arte pode ser quando a pensamos como a combinação do social e pessoal. Se isto soa muito simples, podemos então pensar no binômio do cultural e do subjetivo. Se acrescentamos um nível de complexidade podemos dizer, então, que na arte se conjugam os motivos e as obsessões. Por exemplo, quando a arte era exclusivamente ocidental, poetas, pintores, escultores e músicos tomavam temas da chamada Antiguidade clássica para desenvolver com os recursos de seu tempo. Assim, cada um a sua maneira (isto é, subjetivamente), adaptou um motivo dado culturalmente.

Esta introdução um tanto técnica serve-nos para apresentar um notável video em que por meio da seleção e edição de cenas nos fazem ver alguns dos motivos recorrentes nos filmes de Alfred Hitchcock, sem dúvida um dos diretores mais geniais da história do cinema em geral e especificamente no gênero de suspense. Hitchcock transitou com maestria pelo horror, intriga política, mistério policial e inclusive uma sorte de suspense metafísico como o de "Os Pássaros", de 1963.

Por que é importante a distinção entre o subjetivo e o cultural? Para dizer logo, porque parte da genialidade de Hitchcock consistiu em tomar elementos que em certa forma são expressivos por si mesmos (as escadas, a eloquência do olhar, o aparecer quase fantasmagórico por trás de uma cortina, etc.) mas, como todo grande artista, interpretando a sua maneira, somando sua própria expressividade subjetiva à vasta tradição cultural que há nas coisas.


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