Arquivo do mês de dezembro 2014
O que são esses vermezinhos que flutuam em nossos olhos?
Pare só um momento e olhe para o céu ou uma parede branca luminosa, para ver esses vermes e pontinhos mais escuros que nadam dentro do olho. Todos temos (principalmente as míopes), mas ainda que pareça que estão vivas, as miodesopsias, também chamadas "moscas esvoaçantes", são glóbulos vermelhos ou grânulos de proteína que flutuam na frente do olho.
Mas este vídeo TED explica muito melhor. Machael Mauser explica que, quando as miodesopsias se aproximam à parte de trás do olho, fazem uma sombra sobre a retina, a mesma que podemos ver em contraste com um fundo uniforme.
O segundo fenômeno que explica -que não é tão usual como o primeiro- é o de pontos de luz flutuando ao redor, que a ciência chama fenômeno entóptico do campo azul, ou fenômeno Sheerer. Estas luzes são causadas por glóbulos brancos que atravessam as diminutas capilares da superfície da retina. Como são quase do mesmo tamanho que as pequeninas veias, provocam tráfego e os glóbulos vermelhos ficam a lenta velocidade.
Estes são os dois fenômenos entópticos mais comuns, e saber por que acontecem é uma boa maneira de recordar que muitas vezes o que vemos está mais dentro de nós do que fora.
O tempo não cura tudo: pesquisadores descobrem que não existe tratamento para a “síndrome de coração partido”
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Aberdeen, na Escócia, que durante 4 anos estudaram a síndrome de cardiomiopatia de Takotsubo, comumente conhecida como "síndrome do coração partido", determinaram que ainda não existe um tratamento para dito transtorno que, pensavam, podia ser curado com a passagem do tempo.
Descoberto pela primeira vez no Japão em 1990, sabe-se que a "síndrome do coração partido" é causada por um aumento no nível de hormônios relacionadas com a adrenalina provocadas por circunstâncias alarmantes ou lamentáveis tais como o estresse, a perda de um ser querido, as rupturas sentimentais, uma briga ou em realidade qualquer emoção intensa que possa nos deixar com o "coração destroçado".
Os pacientes que sofrem deste transtorno experimentam dores fortes no peito, clinicamente associados com um ataque do coração. No entanto, haviam comprovado clinicamente que estes sintomas não afetam as veias coronárias como em geral acontece em um infarto, senão unicamente o músculo cardíaco.
A realização de estudos importantes como a ressonância magnética e a espectroscopia tornaram possível detectar que as pessoas que possuem a síndrome sofrem alterações contínuas em seus corações, como a capacidade para gerar a energia necessária para produzir a ação de bombeamento do fluxo sangüíneo.
Os pesquisadores afirmam que precisam mais provas exatas sobre as causas que originam os sintomas antes que possam falar de um possível tratamento ou cura. Enquanto isso, seria melhor pensar com mais cuidado se precisamos carregar essa angústia lamentável, antes de provocar uma catarse de adrenalina desnecessária que nos parta, literalmente, o coração.
Via | RT.
Paciente amputado consegue mover prótese só com o pensamento
Graças a uma prótese com dois braços robóticos desenvolvida por pesquisadores do Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos, a esperança de um futuro melhor para pacientes amputados observa-se como algo real: pela primeira vez conseguiram que um paciente sem braços lograsse mover a prótese só com o pensamento.
Les Baugh, que perdeu ambos braços em um acidente em que recebeu fortes descargas elétricas, foi submetido a uma cirurgia prévia como preparação para usar o sistema criado pelos cientistas. Albert Chi, médico pesquisador do Hospital Johns Hopkins, explica:
"É um procedimento cirúrgico relativamente novo que reassocia nervos que alguma vez controlaram o braço e a mão. Ao reassociar nervos existentes, podemos tornar possível que as pessoas que foram amputadas na parte superior do braço controlem sua prótese só com o pensamento na ação que desejam realizar [...] Usamos algoritmos de reconhecimento de padrões para identificar os músculos individuais que estão se contraindo, como se comunicam entre si e sua amplitude e frequência. Tomamos toda essa informação e a traduzimos em movimentos reais em uma prótese."
Após apenas 10 dias com o sistema, que inclui uma espécie de colete plástico com os dois braços robóticos integrados, Baugh conseguiu impressionantes avanços e atingiu uma meta com este tipo de prótese.
A faixa de movimentos que Baugh pode executar ainda é um tanto limitada, mas para os cientistas, o seguinte passo da pesquisa será fazer com que a variedade de ações com estas próteses seja suficiente para que Baugh use o sistema dentro de sua casa durante todas as atividades diárias.
As caras tradicionais suscitam maior confiança
Todos temos distorções e preconceitos, e resulta difícil erradicá-los. Um destas distorções mais poderosas se centra em tudo quanto tenha relação com o rosto das pessoas: sua beleza, sua cor, sua regularidade, etc.
O estudo mais recente ao respeito, realizado pela Universidade de Princeton (EUA) e a Universidade de Radboud Nijmegen (Países Baixos), tem a ver precisamente com a familiaridade dos rostos que nos rodeiam. Os mais tradicionais, ao que parece, são os que nos suscitam maior grau de confiança. O estudo foi publicado na revista Psychological Science.
Os efeitos deste tratamento contra o Parkinson são mais que extraordinários
Andrew foi diagnosticado com a doença de Parkinson em 2009 quando tinha 35 anos. Ele vive com sua esposa e dois filhos em Auckland, Nova Zelândia. Em novembro de 2012 e fevereiro 2013 submeteu-se a um procedimento cirúrgico chamado estimulação cerebral profunda para ajudar a controlar seus sintomas motrizes. Isto foi muito benéfico para sua qualidade de vida como poderão notar no vídeo.
Andrew é o autor do blog Young and Shaky, que foi criado para divulgar e conscientizar sobre os efeitos da doença de Parkinson. Esta é sua experiência de como a estimulação cerebral lhe ajuda e proporciona uma qualidade de vida quase normal.
O açúcar é pior que o sal para a pressão arterial
Conquanto, ante sintomas de hipertensão, recomenda-se a redução do sal nas refeições, um novo estudo publicado na revista Open Heart sugere que o mais efetivo é reduzir o consumo de açúcar, sobretudo frutose, derivada do açúcar das frutas e do xarope de milho, que contém frutose concentrada e é o adoçante mais empregado nos alimentos processados, sobretudo bebidas de frutas e refrigerantes.
Inclusive doses moderadas de açúcar em curtas durações podem causar danos. Pelo contrário, o consumo de açúcares de origem natural, como o da fruta, não resulta prejudicial, e inclusive é benéfico.
Por que as pessoas que fumam maconha não se lembram de seus sonhos?
Ainda que algumas pessoas utilizam cannabis como ajuda para dormir, os efeitos do THC sobre os ciclos de sono podem ser contraproducentes. Isto é explicado ao compreender que o sono ocorre em várias fases, sendo as mais importantes são o sono profundo (ou sono de onda lenta) e a fase REM (rapid eye movement ou movimento ocular acelerado).
A fase REM é aquela onde o cérebro se encontra mais ativo, e também onde ocorrer a vida onírica. Alguns estudos mostraram que a cannabis aumenta o tempo que passamos na fase de sono profundo, mas diminui o tempo que passamos na REM. Em outras palavras, a cannabis pode ajudar algumas pessoas a dormir melhor, mas ao custo de experimentar sonhos menos vívidos.