Arquivo do mês de março 2014
A máquina que não faz nada
...ainda que para não fazer nada, é bastante elaborada. Seu criador é Lawrence Wahlstrom, um relojoeiro aposentado, que precisou de 15 anos até 1948 para completá-la interconectando mecanismos, rodas dentadas, correntes e eixos.
Décadas depois foram necessários outros sete anos para recuperar a máquina original, com a qual a passagem do tempo se mostrou implacável. Assim como no primeiro dia, a máquina não faz nada de nada, e ainda que o resultado seja precioso, só serve para maravilhar.
A máquina pode ser vista em ação ao vivo e à cores no Museu Craftmanship, onde há todo tipo de artefatos mecânicos similares.
As serpentes que regressaram para casa
Um experimento demonstra que as pítons birmanesas são capazes de orientar no espaço e regressar a seu lugar de origem. Durante a prova, cinco de seis serpentes percorreram mais de 20 quilômetros para regressar a seu lugar de captura. O conhecimento desta habilidade pode ser primordial para lutar contra a praga de serpentes em lugares como Flórida.
A píton-da-Birmânia (Python molurus bivittatus) é o inimigo mais temível dos pântanos da Flórida. Calcula-se que esta espécie invasora se instalou em uma extensão de 1.000 quilômetros quadrados, incluindo o Parque Nacional dos Everglades, onde há 150.000 exemplares que devoram os pequenos mamíferos e causam estragos entre as aves. A sua mítica capacidade de mimetizar-se com o terreno e passar despercebidas, soma-se agora uma nova arma: são capazes de se orientar no espaço como se tivessem uma bússola interna.
O amor eterno pode ser calculado com uma fórmula matemática
Os números podem predizer o tempo que uma relação vai durar? Um grupo de matemáticos diz que sim e assegura ter chegado a fórmula do amor eterno. O cálculo tem a ver com a compatibilidade e com as expectativas de um futuro juntos, além de ter em conta alguns dados do passado.
Na pesquisa levaram em conta estudos realizados com 2.000 homens e mulheres. 25%, tanto de homens quanto de mulheres, acha que seu casal não deveria superar o número de quatro casais sexuais no passado. Mais chama a atenção que um de cada cinco homens se aferra à crença tradicional de que ele deveria ser o primeiro de sua mulher ideal. A pesquisa também revela que os homens dão prioridade às paqueras (olhadas) sobre a inteligência e dão o dobro de importância ao sexo para garantir uma relação duradoura e feliz.
Patos selvagens saindo do ninho pela primeira vez
Estes patinhos têm pouca consideração por meras preocupações mortais, como medo de altura, por exemplo. Eles seguem cegamente a sua mãe para fora da árvore em seu primeiro voo. Só que tem um problema: suas asinhas ainda não se desenvolveram o bastante e só lhes servem para manter o equilíbrio antes de se espatifarem pela relva seca. As imagens em câmera lenta vão surpreender você.
Diferentemente da maioria dos patos, o ninho do pato-carolino sempre é feito em buracos de árvores, exatamente por isso ele é conhecido como pato de árvores. Quando os patinhos já estão bem saudáveis e fortes eles devem saltar para o chão de grandes alturas. Estes patinhos parecem dublês e com certeza devem ser dotados anatomicamente de algum sistema de proteção para sobreviver a grandes quedas. Veja que incrível.
Fumantes têm mais propensão à depressão e ansiedade
Ainda que não seja necessário que nenhum estudo científico afirme que um fumante tem maiores dificuldades para subir uma escada do que um não fumante, uma pesquisa da doutora Karina Furlanetto da Universidade Estadual de Londrina no Paraná mostrou que os fumantes têm maiores dificuldades também para mudar de estilo de vida e melhorar seus hábitos.
O estudo publicado na revista Respirology consistiu em fazer que 60 fumantes e 50 não fumantes utilizassem um pedômetro durante ao menos 12 horas ao dia (pedômetro é um aparelhinho digital que mede a distância percorrida a pé por uma pessoa) durante seis dias. Sem muita surpresa, os registros mostraram que os fumantes caminham menos que os não fumantes.
Os macacos podem aprender a ler?
O ser humano não pode desvincular-se dos primatas com os quais compartilhamos ancestrais, e assim um estudo publicado na revista Science nos mostra que suas capacidades chegam mais longe do que cremos.
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Marselha (França) conseguiu com que um grupo de babuínos reconhecesse certas palavras inglesas, como resultado concluíram que o reconhecimento visual das palavras pode ser aprendido sem a necessidade prévia de ter conhecimento sobre a fala.
O estudo consistiu em um treinamento com macacos de um mês e meio, um período no qual aprenderam a identificar palavras dentre sete mil sequências de letras diferentes. Os primatas reconheciam as palavras com 75% de exatidão.
Logicamente os babuínos equivocavam-se mais quando as sequências de letras errôneas eram muito parecidas às das palavras reais.
Como conclusão devemos saber que é possível reconhecer palavras sem saber nada sobre fonética e que nossos antepassados, os macacos, não só extraem informação das letras senão que também as relacionam entre elas.
Mas os cientistas não pretendem parar aqui e querem seguir praticando com os babuínos para que associem palavras a seu significado.
Via | Nature.