A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) começou nesta semana a discutir internamente se permitirá realizar testes de um controverso procedimento que busca criar bebês do DNA de três pessoas diferentes.

Enquanto os que apóiam o procedimento afirmam que seria possível prevenir numerosos problemas hereditários como a cegueira ou a falha de órgãos, outros expressam sua preocupação ao afirmar que isto implica o desenvolvimento dos chamados "bebês projetados".

A ideia do procedimento -até o momento testado em cinco macacos- é tomar o DNA defeituoso de uma parte da célula chamada mitocôndria, encarregada de gerar energia para a célula e cujo DNA só é transferido através da mãe; e substituir com o DNA dos óvulos de uma doadora saudável. Assim, o bebê resultante herdaria o DNA do núcleo da mãe (que contém características como a cor de cabelo e a altura), mas com o genoma mitocondrial saudável da doadora.

Outro dos problemas que adiantam os especialistas é que em caso do procedimento ser aprovado, demoraríamos décadas em conhecer os resultados.

Via | The Verge.

A vida tem surpresas, muitas. Por exemplo, quando estavam inspecionando os cones dentro do sistema ocular de uma galinha, um grupo de pesquisadores Universidade de Princeton terminaram encontrando com uma disposição da matéria jamais antes observada em um tecido biológico.

Hiperuniformidade desordenada é o nome desta disposição de partículas, na qual estas aparecem desorganizadas, a curta distância, mas denota uma espécie de ordem oculta, e através de distâncias espaciais maiores, mantém uma densidade de partículas consistente. Isto faz com que este estado se comporte, simultaneamente e de forma estranha, como cristal e líquido.

Até agora a hiperuniformidade desordenada só havia sido registrada em sistemas físicos, por exemplo em hélio líquido ou em plasmas simples, motivo pelo qual o fato de que agora apareça em um tecido biológico é certamente representativo, e abre a possibilidade de nos familiarizarmos mais com este peculiar estado.

Via | Live Science.

Recém reportou-se na Austrália uma descoberta que repercutirá nas teorias que existem ao redor de como nosso planeta se formou. Trata-se do fragmento mais antigo de matéria que já encontrado na Terra: um cristal com mais de seis mil anos quatro bilhões de anos. A idade do formoso mineral foi avaliada pelo jornal Nature Geoscience, onde a descoberta foi publicada.

Mediante uma inovadora técnica de datação, topografia atômica, pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison com base no pequeno cristal achado no oeste da Austrália, calculam que nosso planeta se formou há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, e levando em conta que esta amostra tem ao redor de 4,4 bilhões, isso então sugere que o processo de esfriamento da Terra foi bem mais rápido do que se calculava, pois "só" teria demorado cem milhões de anos para solidificar-se.

Por agora, uma vez confirmada a idade deste fragmento, os teóricos já começam a reformular suas apostas sobre o processo de conformação do planeta, e seguramente logo a hipótese oficial será afinada.

Via | Live Science.

Pesquisadores alemães recém anunciaram um importante êxito no campo da informação: conseguiram congelar luz durante um minuto. Para dimensionar grandiosidade desta conquista, basta saber que geraram as condições específicas para deter à entidade mais veloz do universo, enquanto em um plano mais técnico, isto poderia ter importantes repercussões para o armazenamento de memória quântica e no processamento de informação.

Ao suspender a trajetória da luz, assegura-se que mantenha suas propriedades de coerência quântica, tornando possível a construção da memória quântica baseada na luz. O caso é que quanto mais tempo a luz for mantida estática, melhor será o poder de processamento para a computação quântica. Dessa forma, a técnica poderia permitir comunicações quânticas mais seguras e mais rápidas em longas distâncias.

Pesquisadores da Universidade Estatal da Pensilvânia (EUA) conseguiram pela primeira vez introduzir e controlar nanomotores em células humanas vivas. As minúsculas obras de engenharia utilizam sondas ultra-sônicas como método de propulsão e são manejadas com ímãs criados a tal efeito. Trata-se de um avanço significativo já que os nano-robôs que tinham desenvolvido até a data só forma estudados em condições muito controladas em laboratório, mas não em células humanas vivas.

Para seus testes utilizaram células HeLa, que podem se dividir um número ilimitado de vezes em um cultivo de laboratório e que, por suas qualidades, são utilizadas frequentemente em pesquisa científicas. Uma vez que estas células ingeriam os nanomotores, estes podiam se mover pelo interior das mesmas, interagir com os organelos que continham e perfurar as membranas celulares. No vídeo logo após o nano-salto é possível ver nano-robôs (em tons dourados) no interior de uma célula HeLa:

Em 12 de fevereiro de 1809 nasceu Charles Darwin, o naturalista britânico que mudou por completo nossa visão da vida, baseada até então na criação divina. Há 200 anos não se sabia nada sobre a origem dos primeiros organismos vivos e de que forma tinham assentado as bases da exuberante riqueza biológica de nosso planeta.

Charles Darwin postulou que todas as espécies de seres vivos evoluíram com a passagem do tempo a partir de um antepassado comum mediante um processo denominado seleção natural. A seleção natural baseia-se em que determinados organismos apresentam variações hereditárias que lhes capacitam para viver mais e deixar maior descendência do que outros, de forma que a longo prazo, geração após geração, acontece um acúmulo de características favoráveis que melhora a adaptação da espécie a seu meio.

Existe certa controvérsia na comunidade científica a respeito de se o ser humano continua evoluindo, e portanto, experimentando mudanças em seu genoma que o tornem irreconhecível em matéria de séculos. Alguns pesquisadores mostram-se convencidos de que a seleção natural deixou de afetar a humanidade graças aos avanços tecnológicos, que permitem, por exemplo, a manipulação genética. No entanto, a maioria sugere que o homem segue em constante evolução e que as seleções natural e sexual se mantêm ainda vigentes em nossa espécie, já que não atingimos em absoluto o grau máximo de adaptação ao meio, cada vez mais mutável devido, precisamente, a dito desenvolvimento tecnológico.

Se estivesse em nossas mãos, provavelmente faríamos todo o possível para que nossa descendencia não tivesse certos genes de nossos antepassados, os que os predispõem para o câncer, a calvicie, a depressão ou inclusive aos vícios; outros talvez tratariam que seus filhos fossem mais altos, tivessem a pele mais clara ou um nariz bonito. Para a maioria das pessoas, a modificação genética em humanos é um relato de ficção científica que vemos em um futuro distante que, precisamente por distante, não notamos em nosso espectro temporário. Mas no Instituto de Medicina Reproductiva e Ciência de San Bernabé, em Nova Jersey, a modificação genética é coisa corrente.

O pioneiro em pesquisa da fertilidade é o professor Jacques Cohen. Sua experiência é tal que, segundo diz, clonar um bebê humano representaria somente "uma tarde de trabalho para um de meus estudantes".