Arquivo do mês de outubro 2013
Um estudo explica por que não há cura para o resfriado comum
O resfriado comum é uma doença viral das vias respiratórias, na maioria dos casos causada pelos rinovirus A, B e C. E o curioso é que, apesar de tratar da doença infecciosa mais frequente nos seres humanos, por enquanto não existe cura conhecida.
Um estudo da Universidade Wisconsin-Madison (EUA), publicado na revista Virology, parece ter descoberto o motivo de porque o resfriado seja "incurável". Usando sequências genéticas de genomas de 500 rinovirus, conseguiram criar um modelo topográfico em três dimensões do invólucro protetor (capsídeo) do vírus do resfriado, concretamente do rinovirus C. E asseguram que os medicamentos antivirais usados até agora não surtem nenhum efeito sobre esta estrutura. No entanto, agora que descobriram como é, poderiam desenvolver fármacos específicos para que este vírus não consigam evadir o sistema imunológico.
As drogas antivirais atuam atacando e modificando as características superficiais do vírus, mas para ser efetivas devem encaixar como um peça de um quebra-cabeças. Daí que conhecer com exatidão a estrutura tridimensional do rinovirus C seja o melhor ponto de partida para desenvolver tratamentos farmacológicos eficazes sem ter que atirar para todos os lados esperando acertar o que não viu, segundo esclarecem os autores.
Via | Reddit.
Ensaios clínicos mostram um promissor tratamento contra o vício à cocaína
Um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Maryland com a colaboração do Departamento de Saúde e Serviços Sociais dos Estados Unidos revelou que o topiramato, um medicamento utilizado há anos para tratar, entre outros, a epilepsia, as enxaquecas e o alcoolismo, poderia se converter também no primeiro fármaco para ajudar a combater o vício à cocaína de maneira efetiva.
De acordo aos dados manejados pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Delito, na atualidade há 16,22 milhões de pessoas viciadas nesta droga em todo mundo. Um problema de enorme magnitude já que seu uso continuado aumenta o risco de sofrer infartos, trombose, derrames cerebrais, complicações no sistema nervoso, acelera a arteriosclerose e também causa episódios de paranoia transitória.
Testam com sucesso em macacos uma nova vacina contra o HIV nos EUA
Um grupo de pesquisadores americanos experimentou com sucesso uma nova vacina que impediu em 90% dos casos que macacos contraíssem o vírus da AIDS. No ano que vem iniciaram o ensaio clínico da vacina em humanos. A equipe de médicos do Beth Israel Deaconess Medical Center, encabeçados por Dan H. Barouch, anunciou a criação de uma nova vacina contra o HIV. Segundo os cientistas, ainda que a vacina não supere integralmente a doença, sim conseguirá reduzir o risco de contágio.
Trata-se da primeira estratégia eficaz contra o HIV global em primatas não humanos, afirmam os pesquisadores. A fase seguinte é testá-la em humanos.
Hackeiam a terceira lei de Newton acelerando a luz por si própria
A terceira lei de Newton diz basicamente que para toda ação há uma reação. Por exemplo, se golpeia uma parede com o punho, seu punho receberá exatamente a mesma quantidade de força contra si mesmo (o que implica que não é muito inteligente fazê-lo). Um estudo realizado na Universidade Erlangen-Nuremberg da Alemanha assegura ter encontrado uma forma de "hackear" esta asseveração, utilizando luz. Este hack depende de dois conceitos que tentarei explicar: massa efetiva e massa negativa.
Os fótons são partículas que se movem à velocidade da luz e que não possuem massa, mas podem chegar a ter massa efetiva -um efeito que é observado quando um fóton atravessa um cristal-. Dependendo do cristal, os fótons podem perder velocidade proporcionalmente à perda de energia, ou simplesmente rebater completamente com o impacto, que é como se nessas condições tivessem massa. A massa efetiva é criada por efeitos de campos magnéticos e elétricos.
Asseguram que nosso cérebro desfruta ver inimigos sofrendo
Uma equipe de pesquisadores publicou um artigo na revista Frontiers in Psychology onde afirmam que descobriram um estranho fenômeno depois de observar como o cérebro humano processa a dor de terceiros: a seção de nosso cérebro associada à empatia, também conhecida como a "matriz da dor" ("pain matrix"), reage de forma diferente entre quando vemos sofrer alguém que gostamos ou alguém que nos desagrade.
O estudo consistiu em 19 voluntários judeus que em sua primeira seção viram oito "protagonistas" (atores), dos quais a metade interpretava pessoas amigáveis e a outra metade neo-nazistas.
Pode parecer algo meio cru, mas é porque os pesquisadores queriam minimizar o estigma social associado ao ódio de um grupo de pessoas, pois se um judeu afirma odiar um neo-nazista não é mau visto socialmente falando (ainda que as ações atuais de Israel na Palestina mostram que não são nada diferentes), o que permitiu aos voluntários poder se expressar sem complexos.
Reconhecer este aroma poderia ser prova de que não tem Alzheimer
O método para detectar Alzheimer mais barato e menos invasivo parece achar no creme ou manteiga de amendoim. Segundo um comunicado da Universidade da Flórida, a habilidade para sentir o cheiro está associada ao primeiro nervo cranial e é com freqüência uma das primeiras coisas que são afetadas com o declive cognitivo.
Os pacientes de Alzheimer, ademais, têm uma curiosa característica que envolve o olfato: sua fossa nasal esquerda torna-se mais afetada do que a direita. Em um experimento pediram aos pacientes de Alzheimer que cheirassem um potinho da deliciosamente calórica manteiga de amendoim e mediram a distância em que o cheiro era percebido por cada fossa nasal. A fossa direita, em média, detectava o cheiro 10 centímetros mais longe do que a esquerda.
O creme de amendoim foi utilizada porque é um "odorizador puro". Para explicar isto há que entender que o olfato se compõe de duas sensações diferentes: por um lado o olfato é o sentido trigeminal, que é uma sensação física do sabor. A manteiga de amendoim não contém um elemento trigeminal, e ao ser um elemento olfatório puro é ideal para detectar de maneira bem antecipada quem poderá contrair esta doença neurodegenerativa, antes de proceder os exames neurológicos e mentais.
Via | Quero Saber.
Em Júpiter e em Saturno chove diamantes
Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do sistema solar, ambos com anéis têm algo em comum: em sua atmosfera acontece uma chuva de diamantes líquidos. Experimentar esta chuva parece ser pelo momento humanamente impossível, ao menos que alguém pratique a visão remota como um dos supostos agentes psíquicos da CIA. Mas de qualquer forma vale imaginar experimentar essa paisagem insuperável de diamantes líquidos caindo sobre nossos olhos, talvez molhando nossos rostos, irisando um tempestuoso céu de metano.
Cientistas acham que raios detonam moléculas de metano que liberam átomos de carvão nas altas atmosferas de Júpiter e Saturno. Enquanto as partículas caem através de camadas cada vez mais densas de hidrogenio, são compactadas em grafite e depois em diamantes sólidas até chegar a temperaturas de 8.000 °C, nas quais os diamantes derreten, formando gotas de chuva de diamante. Saturno geraria 10 milhões de toneladas de diamates desta forma. Um robô poderia recolher esta chuva de diamantes nestes planetas. Em uma visão antecipatória, Kevin Baines da Universidade de Wisconsin-Madison sugere que em 2469 se poderiam minar enormes quantidades de diamantes. Um tesouro para nossa visão terrestre da estética e de valor monetário.
Via | Disinfo.