Arquivo do mês de julho 2013
Nova maneira de medir o tempo poderia redefinir o segundo
Alguma vez usamos a rotação da Terra para medir o tempo, onde um giro equivalia a um dia. Mas já que nosso planeta cambaleia em seu eixo enquanto gira, alguns dias podem ser mais curtos ou mais longos do que outros. O relógio atômico que utilizamos atualmente provou ser um método bem mais preciso de medir os segundos, mas testes feitos com um cronômetro atômico alternativo, chamado relógio atômico de grade óptica, revelou ainda mais precisão. Estes só perdem um segundo a cada 300 milhões de anos, provando ser três vezes mais precisos do que os relógios atômicos atuais.
Vídeos de raios X de alta velocidade revelam como voam os morcegos
Uma equipe de biólogos liderados pelo doutor Nicolai Konow da Universidade Brown conseguiu captar desde uma perspectiva única o vôo dos morcegos, no que supõe uma nova tentativa de esclarecer as particularidades destes mamíferos, os únicos capacitados para voar.
Para isso utilizou uma técnica denominada Reconstrução com Raios X da Morfologia em Movimento (XROMM), que com a ajuda de umas câmeras de alta velocidade, permite obter vídeos em 3D dos esqueletos dos animais enquanto estes se deslocam.
Os cães são capazes de entender até 200 palavras
Segundo o pesquisador canino Stanley Coren, da Universidade de British Columbia em Vancouver (Canadá), alguns cães são capazes de chegar a entender até 200 palavras. Já pesquisadores alemães do Instituto Max Planck conseguiram com um Border Collie chamado Rico, ainda que o habitual é que em média os mais "inteligentes" entendam umas 160.
Ademais, estes animais têm a capacidade de contar até quatro ou até cinco, e possuem conceitos básicos de aritmética que lhes permite detectar erros em somas simples como 1+1=3.
Para poder medir a inteligência numérica do cão, este pesquisador desenhou alguns teste singelos. Coren é autor de mais de uma dezena de livros sobre comportamento e inteligência canina, entre o que destaca seu manual "A inteligência dos cães".
Na atualidade existem quase 400 raças de cães domésticos, mas todos pertencem à mesma espécie: Canis familiaris. A adaptação do cão como acompanhante dos seres humanos não é bem conhecida, apesar de que existam suposições e teorias de que foram eles os que se aproximaram de nossos lixos e perderam o medo progressivamente. Assim, alguns humanos teriam adotados filhotes de lobos e a seleção natural favoreceu os mais mansos.
Entretanto um famoso experimento de cria realizado pelo cientista Dmitry Konstantinovich Belyaev na década de 1950 constatou que os lobos cinza só demoraram 20 anos em se transformar em cães domésticos.
100 anos do recorde de temperatura ambiente mais alta jamais registrada
Hoje, 10 de julho de 2013, estamos a 100 anos desde o registro de uma temperatura ambiente de 56,7 graus centígrados em Furnace Creek, no parque nacional do Vale da Morte, nos Estados Unidos. Durante muito tempo esse recorde correspondeu à localidade de Al'Aziziyah, na Líbia, onde em 13 de setembro de 1922 supostamente haviam registrado uma temperatura de 57,8 graus, ainda que tenha sido anulado em 2012 pela Organização Meteorológica Mundial já que haviam muitas dúvidas sobre ele.
Via | Telegraph.
Time-lapse do crescimento das plantas
Ver as plantas crescerem, às vezes, é bem mais divertido que ver determinados filmes sobre arte e ensaio, melhor ainda se observamos o desenvolvimento através deste time-lapse rodado pelo realizador alemão Daniel Csobot.
No vídeo é possível observar o crescimento de diferentes plantas e flores. Csobot utilizou uma Canon 7D com duas objetivas e uma macro de 100 mm. Depois condensou as imagens utilizando Adobe After Effects. A música, por sua vez, corre a cargo de Daniel Gautreau e Digital Heartbeat.
O que tem a ver neurociência com basquete?
Qualquer pessoa que pratique o basquete sabe que o mecanismo de lançar a bola está profundamente interiorizado, de maneira que se a pessoa tenta se concentrar e executar pensando em cada movimento, o mais provável é que falhe miseravelmente. Vários estudos assinalam que os jogadores de elite costumam bloquear a tensão em alguns momentos precisamente por isto.
Durante o processo de aprendizagem, enquanto realizamos uma nova tarefa recrutamos zonas do córtex cerebral, mas à medida que aprendemos o movimento com base em repetições, estas funções começam a passar ao cerebelo, onde não há um acesso tão direto a nível consciente. Um estudo com jogadores de basquete demonstra inclusive a plasticidade nesta área do cérebro e que, em jogadores profissionais, acontecem alterações macroscópicas e engrossamentos em determinadas zonas nas estruturas do cerebelo.
Todos somos DJs da informação, mas como é que uma ideia se torna contagiosa?
Estamos programados a querer compartilhar informação com outras pessoas. Disso não resta nenhuma dúvida. Mas o que não está muito claro é como é que algumas ideias são filtradas para chegar a milhões de pessoas, e outras não. Ao que parece algumas pessoas fincam o pé em questões de informação, como se tivessem uma fórmula infalível. No entanto, recentes pesquisas demonstraram que, enquanto a estratégia mercadológica é muito importante à hora de publicar uma ideia, digamos, em redes sociais, os impulsos cerebrais de quem a recebe participam da mesma forma.
Psicólogos da UCLA dedicaram-se durante algum tempo a identificar precisamente isto. Que regiões do cérebro estão associadas com o dispersão bem sucedido das ideias. E deram, sobretudo, um passo significativo para responder as seguintes perguntas: "Como as ideias se espalham?", "Que mensagens se tornam virais nas redes sociais?" e "Como predizer isto?"