Após um mês alojado na área de trânsito do aeroporto de Moscou, Edward Snowden obteve um documento que lhe permite abandonar o lugar, segundo informam os meios russos. O documento foi outorgado depois que o ex servidor público de inteligência solicitou asilo nesse país em 16 de julho passado.

Segundo os meios, Snowden se encontrará com o advogado que lhe ajudou a fazer a solicitação, no próprio aeroporto de Sheremetyevo, que lhe entregaria roupas limpas e o acompanharia a sair do local.

Não há informação oficial sobre o documento que teriam entregado, e que segundo os rumores, confirmaria que sua solicitação de asilo está sendo considerada e que será permitido que entre no território russo.

Ainda que muitos países da América Latina ofereceram asilo a Snowden, o jovem precisa primeiro o asilo russo para poder viajar, já que os Estados Unidos cancelou seu passaporte. Snowden vazou informação com respeito a que a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA estava coletando dados telefônicos dos americanos, além de contar com um grande plano de vigilância através de Internet, espiando tanto a cidadãos como governos estrangeiros.

Via | BBC News.

Escritórios centrais da NSA em Fort Meade, Maryland

O escândalo de PRISM, destapado por Edward Snowden‎ -que agora está em paradeiro desconhecido- segue dando muito que falar. A União Européia parece que não para de se surpreender que uma agência de espionagem como a NSA espione, e pediu explicações oficiais aos EUA, ainda que responderão mediante via diplomática. Mas o diário alemão Der Spiegel publicou um novo artigo no qual assegura que a NSA está espionando as comunicações na Alemanha de forma intensiva. Em documentos vistos pelo editorial, mas não publicados, concluíram que a agência americana espionou em torno de 500 milhões de chamadas telefônicas, e-mails e mensagens de texto a cada mês na Alemanha.

Já sabemos que PRISM é algo mais elaborado do que nos pensávamos, capaz inclusive de fazer espionagem em tempo real, mas que exista documentação real citada pelo Spiegel que certifique esta invasão à privacidade de cidadãos alheios aos EUA abre uma importante brecha diplomática entre duas grandes potências.