Arquivo do mês de maio 2013
Uma fresadora doméstica para fabricar circuitos eletrônicos em minutos
Em meus tempos de estudante técnico e hobbysta aficionado de eletrônica, as placas de circuito impresso eram feitas no facão: desenhar o circuito no Tango PCB, cortar as plaquinhas de fenolite (fibra de vidro era muito caro), fazer as trilhas com letraset e/ou caneta de ponta porosa, corroer a placa no percloreto e usar o perfurador manual, que era a única coisa tecnológica que o dinheiro permitia comprar.
No dia que vi a caneta que permite escrever diretamente o circuito tentei imaginar a quantidade de horas da minha adolescência que perdi e hoje, vendo o The Othermill, selo todos os pregos no caixão de minha juventude: é uma pequena fresadora doméstica, que permite fazer circuitos impressos (entre outras coisinhas) diretamente sobre a placa, com rapidez e com grande precisão segundo um padrão CAD/CAM.
Em combinação com uma impressora 3D permitiria fazer protótipos e artigos eletrônicos sem levantar a bunda da cadeira. Literalmente. Quero minha juventude de volta.
Encontram pela primeira vez na Terra evidência biológica de uma supernova
Carl Sagan tinha muita razão quando afirmou que "parte de nós sabe de onde viemos. Almejamos voltar. E podemos. Porque o cosmos também está dentro de nós. Somos pó de estrelas. Somos o meio para que o Cosmos se conheça a si mesmo".
Pois se ainda restavam dúvidas com respeito a esta afirmação, agora uma equipe de cientistas da Universidade Técnica de Munique descobriu pela primeira vez evidência biológica de uma supernova na Terra.
Ao recolher sedimentos do leito oceânico no Pacífico, os pesquisadores encontraram restos de ferro-60 -um isótopo radioativo de ferro que é produzido quase que exclusivamente no interior de uma estrela quando está por se transformar em uma supernova- no interior de fósseis de microorganismos de 2,2 milhões de anos de antiguidade.
Já que a vida média do ferro-60 é 2,62 milhões de anos, a única explicação razoável é que uma supernova próxima à Terra explodiu e caíram restos da estrela ricos em ferro sobre nosso planeta, os quais afundaram no oceano onde foram consumidos pelas bactérias.
Os restos do isótopo eram tão pequenos que os cientistas alemães tiveram que realizar uma espectrometria de massas com aceleradores de partículas para detectá-lo, e agora que comprovaram a utilidade do método, os pesquisadores planejam buscar outras marcas de explosões de supernova no interior de microorganismos no sedimento do leito oceânico.
Via | Technische Universität München.
Para o hippie que vive em você: barraca de camping kombi
Barraca canadense ou iglu são coisas do passado o bom agora é acampar pelado em uma kombosa, ou melhor, em uma barraca em forma de kombi. Por alguma razão que desconheço, barracas criativas se tornaram muito populares durante o ano passado, mas esta supera todas em graciosidade e espaço. A kombi pode ser encontrada nas cores vermelho, verde e o azul icônico que todos nós conhecemos bem. O único problema é o preço, enquanto uma canadense simples não supera os 100 reais, essa ai custa milão.
Via | Me Wanty.
Já podemos saber se temos chulé ou bafo de bode sem pôr outro ser humano em perigo
Quando a Skynet por fim se rebelar e alçar armas contra a humanidade terá muitas razões para fazê-lo. Uma delas será a de vingar os robôs criados exclusivamente para cheirar pestilências. Os autores desta atrocidade pertencem ao CrazyLabo e ao Kitakyushu National College of Technology, ambos, lógico, japoneses.
Por um lado temos a Kaori-chan, esse busto de mulher que sofre pelo fato de que um montão de gente faça fila para lhe sufocar. Ela julga os cheiros, emite veredicto e suplica por uma morte rápida. Shuntaro-kun, no entanto, tem um trabalho mais atroz: julgar o cheiro dos pés. Suas reações vão de emitir um par de latidos em caso positivo a desvanecer-se se encontrar um wookie nos sapatos. Onde está a sociedade protetora que não vê isso? Que absurdo!
Logo após o salto é possível ver os dois trabalhando. Coitados!
Se formos enterrados vivos, morreremos pela falta de oxigênio?
Seguramente, muitas pessoas que viram filmes como Kill Bill ou Enterrado Vivo, ou que leram obras de terror gótico de Edgar Allan Poe, já devem ter se perguntado o que realmente aconteceria se por acaso acordássemos no interior de um caixão enterrado nas entranhas da terra. Morreríamos pela falta de oxigênio?
Sinto comunicar que morreríamos muitíssimo mais rápido do que contam as novelas góticas de terror, mas que não seria necessariamente pela falta de oxigênio, senão por outro motivo. Consegue adivinhar?
Nova evidência sobre os raios negros, a radiação mais poderosa -e breve- da Terra
Cientistas da Universidade de Bergen, Noruega, encontraram evidência de um tipo de radiação de alta energia chamado "raio negro" ("dark lightning"), força que precede dos relâmpagos brilhantes ou "normais". Apesar de que esta energia seja conhecida desde 1991, há nova evidência que relaciona ambos fenômenos.
- "Nossos resultados indicam que ambos fenômenos, os raios claros e os negros, são processos intrínsecos da descarga de um relâmpago", segundo Nikolai Østgaard, líder da equipe de pesquisa de Bergen.
O raio negro é uma descarga de raios gama produzida durante uma tormenta elétrica, constituído por elétrons de velocidade extremamente rápida, chocando com moléculas de ar. Os pesquisadores também se referem ao fenômeno como flash terrestre de raios gama, pois este fenômeno costuma ocorrer somente em estrelas distantes; ademais, os raios escuros são a radiação que contém mais energia produzida naturalmente no planeta.
Este fenômeno dura quase 300 milisegundos, e os dados mais confiáveis sobre ele foram coletados por acidente quando dois satélites atmosféricos de diferentes países orbitavam a 7 km/h sobre uma tormenta elétrica na Venezuela. Uma estação atmosférica em terra também captou a radiação, motivo pelo qual de repente encontraram a informação necessária para seguir pesquisando.
- "Os raios negros", afirma Østgaard, "podem ser um processo natural dos raios que ignorávamos a existência antes de 1991. Mas está bem em cima de nossas cabeças, o que o torna fascinante".
Via | Physorg.
Por que as baleias azuis são tão grandes?
Esta animação com marionetes ao estilo Muppets de Jim Henson me pareceu fantástica e explica alguns conceitos interessantes sobre o tamanho descomunal das baleias azuis. O melhor: tem legendas em português, permitindo a qualquer um assisti-lo.
As baleias azuis, como todos sabemos, são os maiores animais do planeta, mas o que contribui para que cresçam até o tamanho de uma quadra de basquete? Asha de Vos também explica porque o tamanho do krill faz com que seja o alimento ideal para a baleia azul, é como se a baleia azul tenha sido feita para comer krill e, por sua vez, o krill feito para ser alimento da baleia azul.
Via | TED.